Veja Negócios

 

Saiba antes. Saiba Mais ­ ­ Notícias e análises da economia e do mundo dos negócios, diretamente da redação de VEJA.                                            Edição: Larissa Quintino

­

­

MEIO DO DIA MOMENTO DO MERCADO

O Ibovespa opera em queda, aos 130 mil pontos, e o dólar sobe, vendido a R$ 5,73 até o meio do dia. O mercado reflete as incertezas em torno da política tarifária de Donald Trump, que prometeu anunciar tarifas recíprocas no próximo dia 2 de abril. Esse cenário de instabilidade impulsiona a busca por "refúgios seguros", favorecendo o fortalecimento do dólar no mercado global. Os investidores mantêm no radar a questão fiscal brasileira, com a aprovação do Orçamento e do projeto de isenção do Imposto de Renda. A semana exige cautela, com atenção voltada a uma série de eventos importantes. Nos Estados Unidos, os destaques serão a leitura final do Produto Interno Bruto e o Índice de Preços de Gastos com Consumo de fevereiro, considerado um dos principais indicadores de inflação pelo Federal Reserve. No Brasil, o mercado acompanhará a ata do Comitê de Política Monetária e a divulgação do IPCA-15 de março, que será um indicador relevante para as expectativas inflacionárias. INFLAÇÃO O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 24, que o cenário inflacionário pode surpreender positivamente neste ano, contrariando projeções do mercado que indicam o estouro do teto da meta. A estimativa do Boletim Focus, que traz a mediana das projeções dos economistas e agentes do mercado financeiro, aponta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, referência para a inflação, encerre 2025 em 5,65%. O centro da meta de inflação para 2025 é de 3%, com margem de tolerância até 4,5%. Segundo o ministro, fatores como a safra abundante, o comportamento do câmbio e a geopolítica podem jogar a favor do Brasil neste ano. SINAIS MISTOS O repórter Diego Gimenes entrevistou Flávio Serrano, economista-chefe do Banco BMG, para o programa VEJA Mercado desta segunda-feira. O especialista afirmou que o novo consignado lançado pelo governo, destinado a trabalhadores CLT, é adequado e positivo a longo prazo, pois amplia o acesso ao crédito no Brasil. No entanto, ele teme que a medida gere pressões inflacionárias no curto prazo. Serrano diz que o programa vai "na contramão das ações do Banco Central para reduzir a inflação". O economista também comentou sobre a entrada de quase R$ 15 bilhões de recursos estrangeiros na bolsa de valores em 2025, a desvalorização do dólar e as novas falas do ministro Fernando Haddad sobre o projeto de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.

­

LEIA MAIS + Estados Unidos recorrem à importação de ovos do Brasil, em meio à gripe aviária + Neuza Sanches: Crédito consignado, juros mais baixos e o risco de endividamento em massa + Radar Econômico: Em recuperação judicial, WeWork deve anunciar mais uma reestruturação Por Tássia Kastner ABERTURA DE MERCADO Bolsas começam semana em alta com expectativas sobre guerra comercial de Trump  ­ Bom dia!   Os mercados financeiros globais começam a última semana de março em alta, em uma espécie de otimismo misturado com autoengano. Em 2 de abril, portanto na próxima semana, deve entrar em vigor uma nova fase da guerra comercial de Donald Trump. Investidores mais uma vez acreditam que, em vez de uma aplicação linear de acréscimo de alíquotas, o governo americano poderá adotar tarifas seletivas.   Nisso, os futuros americanos avançam com força nesta manhã de segunda, com destaque para o índice Nasdaq, que chega a ganhar mais de 1% no pré-mercado. As ações europeias acompanham a tendência positiva, assim como o EWZ, o fundo que representa ações brasileiras em Nova York.   A agenda econômica é fraca nesta segunda, o que acaba abrindo espaço para investidores analisarem indicadores em geral menos importantes. É o caso do PMI calculado pela S&P Global. Na Alemanha, o índice mostrou uma expansão da atividade econômica em março, a maior em dez meses, impulsionada pela expectativa de aumento dos gastos públicos com a aprovação de um alívio no freio da dívida do país, aprovado no parlamento na semana passada.    No Brasil, investidores analisam os dados do Boletim Focus, enquanto acompanham as medidas propostas pelo governo federal para a expansão do crédito. Bons negócios.       ­ Futuros S&P 500: 0,94% Futuros Nasdaq: 1,15% Futuros Dow Jones: 0,71% *às 7h25 ­ ­ Balanços, após o fechamento: Sabesp, Vamos 5h30: Alemanha divulga prévia do PMI de serviços, indústria e composto da S&P Global 6h: Zona do euro publica prévia do PMI de serviços, indústria e composto da S&P Global 6h30: Reino Unido anuncia prévia do PMI de serviços, indústria e composto da S&P Global 8h25: BC divulga Boletim Focus 10h45: EUA divulgam prévia do PMI de serviços, indústria e composto da S&P Global 14h45: Raphael Bostic (Fed Atlanta) discursa 15h: Andrew Bailey, do BoE, discursa 16h10: Michael Barr, diretor do Fed, discursa   ­ ­ Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,04% Londres (FTSE 100): -0,05% Frankfurt (Dax): 0,15% Paris (CAC): -0,05% *às 7h26 ­ ­ Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,51% Hong Kong (Hang Seng): 0,91% Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,18% ­ ­ Brent*: 0,51%, a US$ 72,53 Minério de ferro: 2,43%, a US$ 107,43 na bolsa de Dalian, na China *às 7h27 ­ ­ Menos calote e mais crédito A Serasa Experian, um dos maiores birôs de crédito do Brasil, afirma que empresas de crédito que usam o Cadastro Positivo – um dos seus serviços – conseguem emprestar 22% mais e reduzir a taxa de inadimplência em 12%. Leia os achados do levantamento nesta reportagem.