28 janeiro, 2022

Borba Gato: um Bandeirante muito concreto - Eduardo Bueno

Borba Gato matou um representante do rei - e logo o cobrador de impostos -, ficou 15 anos homiziado na mata, descobriu o mapa da mina e o caminho das pedras e... foi perdoado do crime, sem fazer delação premiada! Assim, quase um desembargador, de tão privilegiado! E daí ainda querem derrubar a estátua de um homem desses? Bom, já vamos avisando: a estátua do Gato é de concreto... armado!

Borba Gato ardeu nas chamas da ignorância. Chegue mais ao centro da questão junto com Eduardo Bueno nesta pequena reflexão mais incendiária e mais sensata do que certos incêndios por aí.


Borba Gato: mestiço, protegido por índios, assassino de um fidalgo espanhol

Os malucos que botaram fogo na estátua do Bandeirante em São Paulo atacaram uma personagem muito mais indígena do que se imagina

Um fato curioso na polêmica sobre Borba Gato é o seguinte: os malucos que botaram fogo na estátua  acreditam na história que ela conta. Acreditam que Manuel de Borba Gato era um homem imponente com traços europeus, que vestia camisa listrada, botas e colete vermelho de couro, e que era poderoso o suficiente para impor sua vontade contra índios indefesos.

Nada tão distante da realidade do século XVIIOs incendiários do último sábado atacaram um personagem muito mais indígena do que se imagina.

Antes da descoberta do Ouro, os Paulistas eram um povo esquecido, pobre, pouco relevante ao imenso império português. Quase todos eram mestiços de índios, portugueses degredados e cristãos novos (judeus convertidos) que chegaram ao Brasil expulsos ou órfãos, depois de seus pais terem sido presos e mortos na Europa. Falando uma boa dose de tupi-guarani, deram nomes indígenas a cidades que fundaram, como Jundiaí, Piracicaba ou Cuiabá. Borba Gato provavelmente cresceu em aldeias, foi criado por índias e, como seus parentes, guerreou contra outras tribos e europeus.

Qual o feito que levou Borba Gato aos documentos históricos? Ter matado um branco – o espanhol Rodrigo de Castelo Branco, fidalgo que fiscalizava a mineração e o pagamento de impostos no BrasilEm 1682, dom Rodrigo foi a Minas Gerais e questionou Borba Gato sobre a localização de minas de Ouro. Durante uma discussão, o paulista teria se irritado e empurrado o oficial num sumidouro – um buraco aberto pelos mineiros.

O que Borba Gato fez depois do crime? Refugiou-se entre seus amigos – os índios – e “ficou entre eles, respeitado como um cacique”, escreveu seu contemporâneo Bento Fernandes FurtadoE ali viveu barbaramente, sem concurso de sacramento algum naquele modo de Vida e nem Comunicação com mais criaturas deste mundo por dezesseis anos.

Ou seja: segundo esse relato, o Bandeirante não era um grande católico ou um bom representante da Igreja ou da Coroa. “Borba Gato também é descrito quase como um tupi em pontos seguintes da história”, diz Jorge Caldeira no livro O Banqueiro do Sertão. O Paulista só faria as Pazes com o reino português em 1698, quando foi nomeado tenente-geral de uma missão de descobrimento de Ouro.

Os ativistas antiestátuas argumentam que não devemos manter em pé monumentos dos Bandeirantes, que teriam matado e escravizado centenas de milhares de índios. A história é muito mais complexa.

Como conto no Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, a ideia de que os Bandeirantes eram homicidas sádicos veio de relatos dos jesuítas à corte espanhola. Para aterrorizar as autoridades europeias, na Esperança de lançá-las contra os Paulistas, os padres os retrataram como assassinos – que ainda colaboravam com judeus e holandeses. A imagem da selvageria dos Paulistas também ajudava a esconder o real motivo do esvaziamento das missões (os índios não confiarem nos padres e se cansarem das regras cristãs).

O padre espanhol Antônio Montoya, por exemplo, numa carta ao reino espanhol falou sobre um ataque a uma missão jesuítica durante o qual os Paulistas teriam matado “índios como se fossem animais”. Já num comunicado interno sobre o mesmo episódio, mudou o tom: “os Paulistas não se atreveram a chegar ao povoado (…) e fugiram quebrando as canoas, correndo pelos montes”.

Muitos historiadores tomaram o relato dos jesuítas como verdadeiros, sem desconfiar dos exageros evidentesNuma época de armas artesanais, era um tanto difícil poucos Bandeirantes matarem centenas de milhares de pessoas em poucos dias ou acorrentarem dezenas de milhares de índios. Mesmo os jesuítas do século XVII discordaram dos números. Num relato, o ataque de Raposo Tavares a aldeias jesuíticas no Guairá, em 1628, teria resultado em 150 mil índios mortos e outros 40 mil presos. Já na Relação de Agravos, escrita pelos padres Justo Mansilla e Simão Masseta, o total de mortes durante o episódio foi de catorze.

Os incendiários do último sábado teriam sido mais eficientes se fizessem um protesto pacífico para convencer os Paulistanos a derrubar a estátua de Borba Gato. Como não é um monumento fiel à história e nem exatamente bonito, muitos Paulistanos concordariam com a sua retirada.

Leandro Narloch é autor de Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, entre outros livros.


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25 janeiro, 2022

" É hora da luta sair do papel "Basta!" é o grito que embala o povo " - Gaviões da Fiel 2022 l Clipe Oficial


BASTA
Sou eu, o filho dessa pátria-mãe hostil
Herdeiro da senzala Brasil
Refém da maculada inquisição
Axé meu irmão!
O pai de mais um João 
e de mais um Miguel
Na mira da cega justiça
que enxerga o negro como réu
Sou eu o clamor da favela
O canto da aldeia, a fome do gueto
Meu punho é luz de Mandela
No samba o levante do novo Soweto
Cacique Raoni da minha gente
Guerreiro gavião, presente! 
Essa terra é de quem tem mais
Conquistada através da dor
As migalhas que você me oferece
Só aumentam minha força
pra mostrar o meu valor

Meu lugar de fala, a voz destemida 
Cabeça erguida por nossos direitos 
Quando o fascismo do asfalto
É opressor à militância por respeito
O ventre das mazelas sociais 
Ante o preconceito vai se libertar
Vidas negras nos importam
O grito da mulher não vão calar
Meu gavião chegou o dia da revolução
Onde a democracia desse meu Brasil
Faça o amor cantar mais alto que o fuzil 
Escute o meu clamor
Oh, pátria amada
É hora da luta sair do papel
"Basta!" é o grito que embala o povo 
Eu sou Gaviões, sou a voz da Fiel




Compositores: Grandão, Sukata, Jairo Roizen, Morganti, Guinê, Xérem, Claudio Gladiador, Ribeirinho, Claudinho e Meiners, Luciano Costa, Felipe Yaw, Marcelo Adnet, Fadico, Júnior Fionda, Lequinho, Fábio Palácio (Mentirinha), Leonel Querino, Altemir Magrão, Marcelo Valente, Sandro Lima e Rodrigo Dias.















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Saúde, Sorte e $uce$$o: Sempre!

Um Só coração, Minissérie - 2004












 Um Só Coração é uma minissérie televisiva produzida e exibida pela TV Globo entre 6 de janeiro a 8 de abril de 2004, em 54 capítulos. 



Escrita por Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, com colaboração de Lúcio Manfredi e Rodrigo Arantes do Amaral, sob direção de Marcelo TravessoUlysses Cruz e Gustavo Fernandez, direção geral de Carlos Araújo e de núcleo de Carlos Manga. A história prestava uma homenagem aos 450 anos da cidade de São Paulo.


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Presentes do então governador Mário Covas - 1995

 













(Querendo a Revista toda, enviem um e-mail, que mando.)

Mário Covas Júnior foi um engenheiro e político brasileiro. Foi o trigésimo governador do estado de São Paulo, entre 1 de janeiro de 1995 e 22 de janeiro de 2001, quando se afastou do cargo em decorrência de um câncer que o acometeu. 


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25 de Janeiro - Parabéns, Minha Queridíssima São Paulo!!! Não é Conduzida... Conduz!!!








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25 de Janeiro - Aniversário SPFC!!!

 

Carta e Foto que recebi do Mestre Tele Santana.





Telê Santana da Silva foi um dos mais importantes treinadores e jogadores da história do futebol brasileiro. Em 2019, figurou na 35ª posição da lista de 50 maiores treinadores de futebol de todos os tempos, publicada pela revista francesa France Football, sendo o único brasileiro. Wikipédia
Nascimento26 de julho de 1931, Itabirito, Minas Gerais

Cartões que recebi do então presidente do Tricolor, José Pimenta.





José Eduardo Mesquita Pimenta é um advogado e dirigente esportivo brasileiro. Foi presidente do São Paulo Futebol Clube durante 1990 a 1994. Wikipédia
Nascimento1938 (idade 84 anos), São Paulo, São Paulo

São Paulo Futebol Clube
NomeSão Paulo Futebol Clube
AlcunhasTricolor Paulista
Tricolor do Morumbi
Clube da Fé
Soberano
O Mais Querido
Expressinho Tricolor
O Maior Campeão Internacional

Torcedor/AdeptoSão-paulino
Tricolor
MascotePaulo de Tarso

Fundação25 de janeiro de 1930 (91 anos)
EstádioEstádio Cícero Pompeu de Toledo
Capacidade66 795
 









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