Bem-vindo ao Direto da Faria Lima!
Não preciso te dizer que as últimas semanas foram agitadas no mercado financeiro. Aprendemos todos a falar e soletrar o nome de um advogado russo, homenageado (rs) por uma lei nos Estados Unidos que até então boa parte de nós nem conhecia, a Lei Magnitsky. Outros temas, mais batidos, vimos serem analisados e repetidos aos montes – passando pelo balanço do Banco do Brasil à dinâmica da taxa Selic.
Nesse turbilhão, pode ter passado despercebido por aí que o otimismo parece estar ganhando um pouco mais de espaço. E tem pouco a ver com o Brasil, na verdade.
Na última sexta-feira (22), o tom mais brando do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, impulsionou mercados pelo mundo, com investidores de todas as partes entendendo que os juros dos Estados Unidos vão (finalmente) começar a cair. Para nós do Sul Global, isso significa maior entrada de capital estrangeiro; que, cá entre nós, é o grande responsável pela alta de dois dígitos do Ibovespa no ano.
O IBOV até voltou a sonhar com os 140 mil pontos, recuperando o que perdeu desde que o Brasil virou alvo das tarifas incertas de Donald Trump.
Desde a nossa última edição, teve banco grande soltando relatório dizendo que enfim chegou a hora de comprar Brasil. Nas cartas de gestão, também dá para ver que o sentimento melhorou.