Biologia do amor: tão celebrado em poesias e nas artes, o amor pode ser compreendido pela ciência. Entre hormônios, feromônios e circuitos cerebrais, revelam-se conexões invisíveis que unem os seres humanos e outros animais.
A biologia do amor: hormônios, feromônios e conexões invisíveis
28/8/2025 :: Marco Pozzana, biólogo
O amor, cantado em versos e retratado em obras de arte desde a Antiguidade, pode ser examinado pela lente da biologia. Emoções intensas, paixões arrebatadoras e vínculos duradouros não emergem apenas da cultura, mas também de processos fisiológicos intrincados. Assim, hormônios, feromônios e circuitos cerebrais colaboram em uma sinfonia invisível que conecta seres humanos.
Há muito tempo os estudiosos tentam decifrar o amor. Para a filosofia clássica, ele era visto como força cósmica ou impulso vital. Porém, com os avanços da neurobiologia, compreendemos que grande parte da experiência amorosa reside em substâncias químicas que modulam o comportamento.
Uma análise científica das paixões humanas — com pitadas de neurobiologia e evolução
A dopamina, por exemplo, eleva a sensação de prazer e reforça a busca pela pessoa amada. Já a ocitocina, apelidada de “hormônio do vínculo”, fortalece laços de confiança e intimidade (Carter, 2014).
"O amor é uma das experiências humanas mais estudadas — e ainda assim uma das menos compreendidas."
— Love and the Brain, Harvard Medical School