Bom dia!
Você já viu esse filme. A partir desta quarta-feira, os Estados Unidos passam a taxar as importações de aço e alumínio, “sem distinção” de países. Medida semelhante já havia sido adotada no primeiro mandato de Donald Trump como presidente dos EUA.
A União Europeia já anunciou que vai revidar, impondo tarifas adicionais sobre produtos americanos, em uma sobretaxa que deve alcançar 26 bilhões de euros em importações. O Brasil também deve ser diretamente afetado, mas ainda não há retaliações anunciadas.
A escalada da guerra comercial chega junto com a divulgação dos índices oficiais de inflação nos EUA e no Brasil. Por lá, a expectativa é de que os preços tenham se estabilizado em 2,9% em doze meses até fevereiro, levemente abaixo dos 3% de janeiro e ainda distantes da meta de 2% do Fed.
A imposição de tarifas torna os importados mais caros e tende a dificultar o trabalho do banco central americano de levar a inflação para a meta.
Mas, após dois dias de queda, os futuros americanos tentam controlar a ansiedade e ensaiam, mais uma vez, uma recuperação. O mesmo ocorre com as bolsas europeias. O EWZ, fundo que representa a bolsa brasileira em Wall Street, também começa o dia no azul.
Já no Brasil a expectativa é de que os preços tenham acelerado da já alta inflação em doze meses, que estava em 4,56% em janeiro. A meta brasileira é de 3%, com tolerância de até 4,5%.
Com um problema adicional: em meio a uma Selic draconiana para conter a escalada de preços, o governo continua a estimular o crédito para consumo – o que funciona como um antídoto para juros altos. Nesta quinta, o presidente Lula lança, ao lado de Fernando Haddad, a renovação do consignado para trabalhadores com carteira assinada. Bons negócios.