15 setembro, 2024

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Engelbert Kaempfer foi um médico e viajante alemão. Nasceu em Lemgo, principado de Lipa, na Vestfália, onde seu pai era pastor. Estudou em Hamelin, Luneburgo, Hamburgo, Lubeque e Danzigue, e após obter o doutorado em Cracóvia, passou quatro anos em Königsberg na Prússia, estudando medicina e história natural. Wikipédia
Nascimento: 16 de setembro de 1651, Lemgo, Alemanha

Falecimento: 2 de novembro de 1716, Lieme, Lemgo, Alemanha

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Cópia restaurada de Iracema, uma transa amazônica, de Jorge Bodanzky


IMS Paulista exibe ‘Iracema, uma transa amazônica’ em sessão seguida de debate com Jorge Bodanzky, Edna de Cássia, João Moreira Salles e Kleber Mendonça Filho

No dia 19 de setembro (quinta-feira), às 19h, o Cinema do IMS Paulista promove a primeira exibição pública da nova restauração digital em 4K do filme Iracema, uma transa amazônica (1975), de Jorge Bodanzky e Orlando Senna. Com entrada gratuita, a sessão será seguida de um bate-papo com Bodanzky, a atriz Edna de Cássia, que interpreta Iracema, o documentarista João Moreira Salles e mediado por Kleber Mendonça Filho.


Filmado em 1974, Iracema, uma transa amazônica expôs contradições que o regime militar pretendia manter escondidas. Em contraste com a propaganda que alardeava um país em expansão com a construção da rodovia Transamazônica, a câmera de Bodanzky apontava para os problemas que a estrada traria para a região: desmatamento, queimadas, trabalho escravizado, prostituição infantil.


A Amazônia foi um cenário frequente para os filmes e reportagens de Jorge Bodanzky e presente nas fantasias dos militares, que se referiam à floresta como “grande continente verde vazio”. Para o cineasta, os problemas envolvendo a região são internacionais e “pan-amazônicos”. Como resolver o garimpo no Brasil se os países vizinhos podem continuar garimpando e poluindo as águas que compartilhamos? “Se você não vê isso de uma forma holística, dificilmente vai gerar mudança”, afirma o cineasta em entrevista ao Le Monde Diplomatique Brasil.


Realizado para a emissora de TV alemã ZDF, o longa-metragem retrata uma viagem da inocência à desintegração, da comunidade indígena mais isolada à periferia das grandes cidades. O filme, que ficou proibido pela censura no Brasil durante seis anos, teve uma boa repercussão de público e crítica internacionalmente desde sua estreia, em fevereiro de 1975, na ZDF. Foi premiado em festivais internacionais e convidado para a Semana da Crítica do Festival de Cannes, em 2016.


As sessões integram a retrospectiva As câmeras de Bodanzky, em cartaz desde abril no cinema do IMS Paulista, com programas mensais ao longo deste ano. Saiba mais sobre a programação no site do IMS.