 | Por Luiz Müller em março 20, 2025 |
ESPECIALISTAS APONTAM QUE A TENDÊNCIA DE SE COMUNICAR COM FRASES CURTAS NAS REDES SOCIAIS AFETOU A CAPACIDADE DA GERAÇÃO Z DE ESTRUTURAR PARÁGRAFOS E DESENVOLVER ARGUMENTOS MAIS COMPLEXOSReblogado de ND+ Geração Z substituiu papel por dispositivos tecnológicos – Foto: Reprodução/ND O avanço da tecnologia e o uso constante das mídias sociais estão impactando a habilidade de escrita da Geração Z, apontam professores. Nascidos na era digital, muitos jovens enfrentam dificuldades para escrever à mão, manter uma caligrafia legível e construir textos mais elaborados. Especialistas apontam que essa mudança está ligada ao uso crescente de teclados e telas desde a infância, o que reduz a prática da escrita tradicional. Um estudo da Universidade de Stavanger, na Noruega, revelou que apenas um ano sem escrever à mão pode prejudicar significativamente a fluência caligráfica. Cerca de 40% dos estudantes pesquisados apresentaram dificuldades para escrever de forma legível e relataram fadiga ao usar papel e caneta. A pesquisadora e professora de linguagens da Turquia, Nedret Kiliceri afirma que a caligrafia dos alunos está piorando porque falta treinamento e prática. “A escrita dos estudantes inclina-se para baixo ou para cima na página, e muitas vezes fica ilegível. Antes, os alunos usavam papel e caneta com mais frequência, mas agora interagem com telas desde cedo, o que prejudica sua caligrafia no ensino médio e na universidade”, explica. Caligrafia dos alunos está piorando porque falta treinamento e prática – Foto: Reprodução/ND Além da dificuldade com a caligrafia, muitos jovens também enfrentam problemas na construção de textos. A tendência de se comunicar com frases curtas nas redes sociais afetou sua capacidade de estruturar parágrafos e desenvolver argumentos mais complexos. “A influência das redes sociais e a predominância de testes de múltipla escolha levaram os alunos a evitar frases longas. Muitos acreditam que juntar frases soltas já constitui um parágrafo, sem perceber a necessidade de conexão entre as ideias”, acrescenta Kiliceri. Cadernos substituídos pela Geração ZOutro fator preocupante é que muitos estudantes simplesmente deixaram de usar canetas e cadernos. “Eles chegam às aulas sem canetas e fazem tudo pelo teclado. Isso faz parte de um fenômeno maior sobre como a tecnologia está remodelando a linguagem escrita”, afirma a professora. Além da caligrafia comprometida, letras como “o” e “b” são frequentemente escritas de forma incorreta, demonstrando que o problema vai além da estética e afeta a alfabetização de forma mais ampla. Muitos estudantes deixaram de usar canetas e cadernos – Foto: Freepik/ND No Brasil, o filósofo e professor Robson Ribeiro aponta que desde o primeiro sistema de escrita, o cuneiforme – criado há cerca de 5.500 anos -, o processo evoluiu como um instrumento de preservação do conhecimento e expressão criativa. Para o especialista, a realidade atual apresenta, portanto, um paradoxo: enquanto a tecnologia amplia as possibilidades de comunicação, ela também molda um ambiente de relações efêmeras e imediatistas. “Reservar tempo para a prática da escrita manual é essencial. Uma abordagem híbrida, que combine o uso de ferramentas digitais e práticas tradicionais, pode ajudar a manter o equilíbrio entre eficiência e profundidade na comunicação”, destaca. Além disso, os especialistas alertam para a necessidade de mais pesquisas, principalmente no ensino médio, para entender melhor como a escrita digital está impactando a comunicação dos jovens e como equilibrar o uso da tecnologia com o ensino tradicional.
 | Por Luiz Müller em março 21, 2025 |
ANÚNCIO FOI FEITO POR JOÃO PEDRO STEDILE DURANTE A 22ª FESTA DA COLHEITA DO ARROZ AGROECOLÓGICO Por Nara Lacerda e Kátia Marko no Brasil de Fato O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) planeja instalar fábricas de fertilizantes orgânicos no Rio Grande do Sul em parceria com a China. A iniciativa tem objetivo de impulsionar a agroecologia por meio da produção de insumos a baixo custo e com tecnologia inovadora. Em discurso na 22ª Festa da Colheita do Arroz Agroecológico, nesta quinta-feira (20), o líder do MST, João Pedro Stedile, afirmou que a possibilidade começou a ser avaliada a partir de uma visita de membros do movimento ao país asiático Na ocasião, segundo ele, o governo chinês demonstrou “vontade política” para realizar a transferência de tecnologia e capacitar organizações populares para operacionalizar, administrar e gerenciar a estrutura. Stedile ressaltou que a ideia é ampliar cada vez mais essa possibilidade. Mas, para isso, é preciso vencer o obstáculo da falta de recursos. “Nós queremos implementar dezenas dessas fábricas. Onde é que está o limite? No financiamento.” A primeira unidade fabril será construída no município de Nova Santa Rita (RS), para atender à cadeia produtiva de arroz agroecológico. A expectativa é de que o Banco do Brasil financie o empreendimento. SUPERAÇÃO DE GARGALOSStedile afirmou que a instalação da fábrica de fertilizantes orgânicos é um passo a mais na superação de diversos obstáculos para a ampliação da agroecologia, a efetivação da reforma agrária e, consequentemente, a preservação dos biomas brasileiros e a segurança alimentar da população. Ele também apontou a necessidade urgente de criação de um programa de produção de sementes, para que as famílias agricultoras não dependam mais das compras externas e das grandes indústrias, em sua maioria ligadas ao agronegócio. O líder do MST mencionou, inclusive, um projeto de cooperativa para esse fim Outro ponto crucial para o movimento é a modernização da produção por meio de máquinas agrícolas que proporcionem tecnologia e sustentabilidade a preços acessíveis. Stedile mencionou a possibilidade concreta de instalar fábricas de equipamentos chineses no Brasil “Nós vamos trazer duas fábricas de colheitadeira aqui pro Brasil do tamanho de uma Kombi, com preço de R$ 30 mil. Por que é tão barato? Porque não visa lucro”, ressaltou ele no discurso. De maneira estratégica, as estruturas serão instaladas próximas a assentamentos da agricultura familiar, seguindo o modelo chinês de produção distribuída. Uma forma de diversificar e ampliar a oferta de trabalho nas áreas rurais, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento local. Todas essas possibilidades de avanço, segundo o líder do MST, precisam contar com apoio governamental e um poder público menos burocratizado. Nas palavras dele, é necessário pressão popular para garantir que o governo Lula mantenha o compromisso com questões sociais e que garantam o desenvolvimento do povo brasileiro. “O Brasil tem dinheiro, o tesouro tem dinheiro. O que falta é pressionarmos para cumprir o que o Lula se comprometeu, que o pobre brasileiro seja colocado no orçamento. Essa é a nossa missão.” |
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 | Por Luiz Müller em março 21, 2025 |
Nesta 5ª Feira o MST promoveu a 22ª Festa de Abertura da Colheita do Arroz Agro Ecológico . Esta é a primeira colheita do arroz agroecológico do MST após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio do ano passado, e a 22ª safra do grão nos assentamentos gaúchos. ENQUANTO PREÇOS DE ALIMENTOS E GRÃOS SOBEM PARA O CONSUMIDOR BRASILEIRO, O AGRO NEGÓCIO EXPORTA SUAS "COMODITIES" EM FORMA DE GRÃOS A PREÇO DE DÓLAR.De parte dos grandes do Agro Negócio, não há nenhum interesse em atender a necessidade do povo se alimentar melhor, mas de ganhar muito dinheiro com as tais "comodities" que poderiam e deveriam ser sim comida mais barata para o povo. “É uma safra especial, porque é a primeira colheita depois da enchente, da tragédia ambiental, tem aqui a caracterização da esperança das famílias que remontaram parte da terra fértil que também foi embora, mas tem também a participação do governo do presidente Lula. Desde a semente que os assentados perderam na enchente, nós conseguimos comprar via Programa de Aquisição de Alimentos, 70% da semente utilizada nesta safra, foi via o PAA, programa que a Conab operacionaliza do governo federal”, destacou o presidente da Companhia Nacional de AbaEsta é a primeira colheita do arroz agroecológico do MST após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio do ano passado, e a 22ª safra do grão nos assentamentos gaúchos.stecimento (Conab), disse Edegar Pretto, Presidente da CONAB durante a 22ª Abertura da Colheita do Arroz Agro Ecológico. Em função das Enchentes a Conab forneceu cerca de 2,5 milhões de Kg de sementes e fez um aporte de R$ 350 milhões no ano passado para a reconstrução das estradas, casas, e cultivos para a Agricultura Familiar, incluindo os assentamentos do MST, que é o maior produtor de Arroz Agro Ecológico da América Latina. Em 2025 a colheita do arroz orgânico do MST deve render um total de 14 mil toneladas do grão. A produção envolve o trabalho de 290 famílias assentadas em sete municípios do Rio Grande do Sul. Segundo Edegar Pretto, "a maior colheita da histórica dos assentamentos gaúchos". “Com todo o estrago feito nas lavouras, na terra, principalmente terra fértil que foi embora, foi possível fazer essa recomposição pelas técnicas utilizadas para fazer germinar e produzir o arroz orgânico. São 14 mil toneladas de arroz, que significam a maior safra da história”, destacou. Esse arroz, seguiu Pretto, “vai chegar nos hospitais, nas escolas, nas creches, nos abrigos, nos asilos, vai para a rede socioassistencial, vai ser com comprado pelo PAA, vai ser entregue nas cozinhas solidárias, ou seja, é uma relação muito importante. O apoio dado para produzir e também agora o apoio dado na comercialização. A Conab, via o PAA, vai comprar boa parte desse arroz, não só para a rede essencial do Rio Grande do Sul, mas também do Brasil.” Pretto informou ainda que foram investidos R$ 4 milhões para a compra de sementes, sobretudo de arroz e feijão. “O Brasil vai se alimentar desse arroz bom de uma forma agroecológica, num prato na mesa de quem mais precisa”, declarou. |
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 | By blogdogersonnogueira on 21 de March de 2025 |
"74% dos brasileiros apoiam a isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000. 88% do Mercado Financeiro desaprova o governo Lula. A luta é de classes". Ricardo Pereira, jornalista e professor |
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