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| Vale a pena investir em imóveis? Saiba quando e como compor uma carteira |
| | Com o ganho de popularidade dos FIIs (Fundos Imobiliários), o investimento direto em imóveis físicos perdeu espaço em detrimento dos fundos listados na Bolsa. No entanto, muitos investidores ainda apostam na aquisição de residências de maneira tradicional para aumentar os ganhos da carteira. Entenda quando comprar imóveis é uma estratégia interessante e como construir o patrimônio. Quando investir em imóveis? É uma alternativa se chance de retorno for suficiente para cobrir os riscos. De acordo com Otmar Schneider, analista da Nord Investimentos, se o retorno projetado neste momento for de 12% ao ano, não vale a pena, uma vez que a taxa básica de juros, a Selic, está em 13,25% ao ano. Esse cenário coloca os títulos de renda fixa, sobretudo aqueles que seguem a Selic, em vantagem sobre os imóveis. Mas cenário é diferente se ganho for expressivo com a venda . Como exemplo, Schneider explica que se a pessoa adquire um terreno por R$ 500 mil, investe outros R$ 500 mil na construção e negocia a venda por R$ 2 milhões em dois anos, é um negócio que vale muito a pena. Nesse cenário, a inflação tende a ser baixa, o que aumenta o ganho real. Investimentos em aluguéis devem considerar a rentabilidade. Segundo o analista da Nord, isso explica a preferência de investidores por estúdios. Esses apartamentos compactos, sem divisões internas, têm valores maiores pagos aos inquilinos por geralmente estarem localizados em regiões estratégicas das metrópoles brasileiras. Aspecto microeconômico pode ser mais importante que cenário macro. Maurício Muniz, sócio da Brio Investimentos, explica que apesar do cenário para a compra de residências ser mais favorável em determinados momentos, alguns imóveis localizados em regiões específicas, de alta demanda, ou com características que atendam diversas necessidades dos moradores, podem fazer sentido, mesmo em períodos adversos. Como construir a carteira no setor imobiliário? Diversificação de ativos. Para o CEO da Hike Capital, Jonas Carvalho, a análise antes de comprar um imóvel deve passar por novas construções de shoppings, estações de metrô e parques nas proximidades, aspectos são desejados pelos usuários para uma melhor qualidade de vida e geram uma valorização superior ao longo dos anos. Diversificação da carteira. Para quem tem um capital mais elevado, vale considerar comprar não apenas imóveis de varejo, assim como galpões logísticos, escritórios e áreas agrícolas. Segundo os especialistas, a dica também é não concentrar a maior parte do patrimônio apenas no segmento imobiliário. A carteira pode ser dividida entre pequenas partes na renda fixa, ações e mesmo FIIs, por exemplo. Taxa de vacância, tendências econômicas e perspectiva de crescimento das regiões selecionadas. Esses pontos são cruciais para entender qual a real possibilidade de retorno, diz Carvalho. "Regiões onde o histórico de vacância e a inadimplência é baixa costumam ser pontos focais para a valorização", afirma ele. Estratégia pode variar conforme o tipo de residência. O investimento em moradias de prédios mais antigos, mesmo que em regiões bem localizadas, podem requerer investimentos mais elevados em reformas, o que aumenta o risco e o tempo que o investidor precisará esperar para ter um retorno, afirma Muniz, da Brio. Quais os riscos? Juros elevam custo de capital e afetam inquilinos. Em outras palavras, em ativos comerciais e logísticos, as empresas que ocupam esses espaços podem sofrer para honrar os compromissos e levar à inadimplência dos contratos. Nos imóveis do varejo, a inadimplência costuma ser um problema em períodos de retração da economia. Custo de financiamento também sobe com aumento da Selic. Como muitos são atrelados à taxa básica de juros, esses contratos ficam mais caros. Neste sentido, o sócio da Brio Investimentos diz que há pouco tempo os juros pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) estavam entre 8% a 9% ao ano - hoje, esse patamar pode superar os 11% ao ano. Além disso, o crédito ofertado pelos bancos também fica mais restrito. Vale verificar se a estrutura do edifício é antiga ou recente. Os analistas ressaltam que muitos costumam olhar apenas para o preço nominal das residências no momento da compra. No entanto, sem considerar eventuais custos de reformas, o investidor pode ter um grande prejuízo. Vale considerar ainda os custos com documentação, impostos e comissões para a imobiliária. Quando é mais interessante comprar fundos imobiliários (FIIs)? FIIs saem em vantagem na maior parte do tempo. Schneider, da Nord, diz que a rentabilidade dos FIIs geralmente é superior à dos imóveis. É que além dos proprietários não considerarem a perda pela inflação no momento da venda, tanto a negociação em definitiva quanto os aluguéis estão sujeitos ao Imposto de Renda (IR). Os fundos imobiliários têm a distribuição de rendimentos isenta pelo Leão. Fundos imobiliários têm mais liquidez. Diferentes dos imóveis, esses ativos são negociados em Bolsa e podem ser afetados tanto por condições do segmento quanto da economia. Por sua vez, os imóveis oferecem baixa liquidez, caso o investidor precise daquele dinheiro de forma imediata, e têm pouca flexibilidade. Mas imóveis residenciais podem proteger a carteira da inflação. Na comparação com galpões logísticos ou escritórios, as residências possuem uma demanda muito mais perene e contínua. |  | Palestinos deixam Beit Hanun, no norte da Faixa de Gaza | Bashar TALEB / AFP |
| Gaza corrige número de mortos; Israel inicia operação por terra |
| O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza disse ontem que houve um "erro técnico" no boletim que indicava a morte de 970 palestinos em 48 horas, durante os recentes bombardeios israelenses no território. Hoje, um porta-voz do ministério, Khalil al-Daqran, afirmou que o número de mortos desde a noite de segunda chegou a 710 e que há cerca de 900 feridos , mas os números devem aumentar porque muitas pessoas ainda estão presas nos escombros. Desde o início da atual campanha de Israel na Faixa de Gaza, em novembro de 2023, o total de mortos se aproxima de 50 mil, mais de 2% da população do território. A ofensiva israelense se seguiu à incursão de militares do Hamas que deixou cerca 1,2 mil mortos e capturou 251 reféns em Israel. ONU pede apuração de morte de funcionárioO secretário-geral da ONU, António Guterres, exigiu uma "investigação completa" da morte de um funcionário da organização em uma explosão em um prédio da entidade na Faixa de Gaza. Guterres também disse ter ficado "profundamente triste e chocado" com o episódio. Em nota, a secretaria-geral das Nações Unidas afirmou que "a localização de todas as instalações da ONU é conhecida pelas partes em conflito, que são obrigadas pelo direito internacional a protegê-las e manter sua absoluta inviolabilidade". Israel nega responsabilidade pelo ataque. Ainda ontem, as forças de Netanyahu retomaram as operações militares por terra na Faixa de Gaza, ampliando a presença no Corredor de Netzarim e isolando o norte do sul do território palestino. Hoje, soldados iniciaram operações na região de Beit Lahia, no norte. Trump quer as usinas da UcrâniaDonald Trump propôs ontem a Volodymyr Zelensky assumir o controle das usinas elétricas de energia nuclear da Ucrânia. "A propriedade americana dessas usinas seria a melhor proteção e o melhor apoio à infraestrutura energética ucraniana", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, após conversa telefônica entre os dois líderes. Zelensky não respondeu publicamente à proposta. A Ucrânia possui quatro usinas nucleares. Uma delas, a de Zaporizhzhia, a maior da Europa, está sob controle de forças russas. Durante a conversa, o presidente ucraniano disse aceitar a proposta de suspensão mútua, por parte de seu país e da Rússia, de ataques à infraestrutura energética dos dois países anunciada na terça-feira após conversa entre Trump e Putin. Bolivianos protestam contra falta de gasolinaMilhares de bolivianos foram às ruas ontem em protestos contra a falta de combustível e a alta do preço dos alimentos. Duas manifestações, uma de indígenas e outra convocada por motoristas, tomaram ruas da capital, La Paz, e da cidade de El Alto. O país enfrenta uma séria crise cambial desde 2023, o que limita sua capacidade de importar petróleo. Segundo a Defensoria do Povo, órgão de supervisão das políticas públicas, 60% dos postos do país estão sem combustível. "A falta de combustível nos prejudica bastante no campo", reclamou o líder indígena Leonardo Quispe. Na semana passada, em uma tentativa de contornar o problema, o governo de Luis Arce anunciou a adoção de aulas remotas e redução da frota de transporte público. Fed mantém juros e diz que tarifas devem elevar inflação O Fed manteve ontem a taxa básica de juros da economia americana inalterada, no intervalo entre 4% e 4,5%. O banco central americano também elevou as projeções de inflação deste ano de 2,5% para 2,7% e reduziu a previsão de crescimento, de 2,7% para 1,7%. Segundo Jerome Powell, presidente do Fed, "boa parte" do aumento da inflação esperado "vem das tarifas" impostas por Trump a produtos importados. O comunicado da decisão afirma que a "incerteza sobre as perspectivas econômicas aumentou", e na coletiva após o anúncio Powell acrescentou que essa incerteza é "incomumente alta". Onze dos nove diretores do Fed disseram acreditar que a taxa será reduzida duas vezes até o final do ano. O número é menor do que os 15 que pensavam dessa forma em dezembro.
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| BC eleva juros a 14,25% ao ano, e financiamentos ficam mais caros |
| | O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu ontem aumentar a taxa básica de juros da economia brasileira em mais 1 ponto percentual. A Selic passou para 14,25% ao ano, o maior patamar desde a crise econômica do governo Dilma, em 2015. A decisão foi unânime e o comitê sinalizou que os juros vão continuar subindo na próxima reunião, que será realizada em maio, mas em menor intensidade. O aumento da taxa de juros encarece principalmente o crédito e serviços financeiros, como empréstimos pessoais, financiamentos imobiliários e de veículos, além de linhas de crédito para empresas. Para justificar a decisão, o Copom citou incertezas no mercado global, principalmente pela conjuntura econômica dos Estados Unidos no início do governo Trump, que podem dificultar a queda da inflação. Entenda. Congresso deve votar hoje Orçamento para 2025. Na véspera da votação, o relatório final do texto ainda não estava pronto e deveria receber alterações nesta madrugada para poder passar hoje pela Comissão Mista de Orçamento e depois ir ao plenário. Nos últimos dias, o Ministério do Planejamento mandou diversos ofícios pendido o remanejamento de receitas e despesas no texto. A comissão pretende concluir a votação até sexta, mas para isso os líderes terão de aprovar, por acordo, a quebra de intervalos previstos no regimento. A votação do Orçamento está atrasada. Ela deveria ter acontecido no ano passado, mas a tramitação parou em meio à crise das emendas parlamentares e do pacote de corte de gastos enviado pelo governo no fim de novembro. Leia mais. Maioria do STF mantém Moraes, Dino e Zanin em julgamento de Bolsonaro. Oito ministros do Supremo já votaram - e formaram maioria - para rejeitar os pedidos das defesas de Jair Bolsonaro, Braga Netto e Mário Fernandes de afastar Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento da tentativa de golpe de Estado. A maioria acompanhou o entendimento do relator dos casos, o ministro-presidente Luís Roberto Barroso, em que ele diz que, para o recurso ser aceito, a defesa teria de apresentar "demonstração clara, objetiva e específica da parcialidade do julgador". A justificativa dos indiciados é que Moraes não poderia julgar o caso porque seria uma das vítimas, que Zanin já foi advogado do presidente Lula, e que Dino entrou com queixa-crime contra Bolsonaro enquanto era governador do Maranhão, em 2020. A Primeira Turma vai decidir no próximo dia 25 se torna réus os indiciados pela Procuradoria-Geral da República. Leia mais. Entregadores preparam 'maior greve da história' contra aplicativos. Entregadores de todas as regiões do Brasil vêm organizando uma paralisação, prevista para os dias 31 de março e 1º de abril, por melhores condições de trabalho. A mobilização promete paralisar os serviços dos principais aplicativos em operação, como iFood, Uber Flash e 99 Entrega. A greve tem quatro pautas principais: a definição de uma taxa mínima de R$ 10 por corrida; o aumento da remuneração por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50; a limitação da atuação das bicicletas a um raio máximo de três quilômetros; e o pagamento integral de cada um dos pedidos quando diversas entregas são agrupadas em uma mesma rota. Segundo o colunista do UOL Carlos Juliano Barros, o iFood enviou aos organizadores do movimento uma lista de medidas que já estão sendo tomadas gradativamente para melhorar a situação dos entregadores. Leia mais. Outono começa hoje e deverá ter temperaturas acima da média. O início da estação em São Paulo deve ser de temperatura agradável e sem chuva. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura, o dia será nublado, com mínima de 18°C e máxima de 25°C. Para o decorrer da estação, a previsão é de que os termômetros fiquem próximos ou um pouco acima da média, com pequenas quedas pontuais. Na cidade de São Paulo, as temperaturas médias para o período variam de 12,4ºC a 27,4ºC. Leia mais na previsão. |
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