Destaques de inteligência artificialCORREÇÃO: Por um problema técnico, a newsletter desta semana foi distribuída com o conteúdo da edição anterior. O erro foi corrigido e segue agora a nova versão atualizada. IA nas eleiçõesOlá! Aqui estão os destaques da inteligência artificial (IA) dos últimos dias. Acomode-se e vamos às atualizações! Campanhas municipais recorreram pouco à IAO potencial da inteligência artificial (IA) generativa foi pouco explorado nas eleições municipais deste ano , mas a IA “promete acontecer, de fato, [na eleição presidencial] em 2026”, disse o diretor da Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas (FGV ECMI Rio), Marco Aurélio Ruediger. Na corrida eleitoral de 2024, o TSE determinou que os candidatos eram obrigados a informar, explicitamente, o uso de ferramentas de IA para produzir conteúdos. Além disso, vetou o uso de vídeos e áudios modificados digitalmente para simular a imagem ou voz de alguém, a fim de combater as chamadas “deepfakes”. Empresas buscam espaço para discutir regulamentação com Executivo e CongressoA organização da sociedade civil Movimento Brasil Competitivo (MBC), que integra a Frente Parlamentar Pelo Brasil Competitivo (FPBC), busca espaço nas agendas dos poderes Executivo e Legislativo para apresentar sua visão sobre políticas relacionadas à inteligência artificial (IA) no país nas próximas semanas. “Somos a favor da regulação, mas não como inibidor da inovação”, diz a diretora executiva do MBC, Tatiana Ribeiro. “Nossa preocupação no momento é acelerar uma discussão e um modelo que viabilize a inovação”, diz Ribeiro. Brasileiro é autodidata no uso de novas ferramentasA IA generativa, tecnologia que responde e escreve quase como um humano, já faz parte do dia a dia de boa parte dos profissionais brasileiros. Embora alguns ainda tenham desconfiança sobre seu uso e sintam falta de receber mais orientações e treinamento em suas empresas, boa parte está aprendendo e avançando como autodidata. Um treinamento específico na empresa, no entanto, pode fazer muita diferença e potencializar os resultados na aplicação da IA generativa para todo perfil de profissional. “É como alguém que dirige um carro manual, e pega um automático, sem nenhuma instrução”, diz Douglas Souza, CEO do MIT Sloan Management Review Brasil, sobre o estudo realizado pelo MIT Sloan Management Business Review, Talenses Group, Talent Academy e Crias. Não é por acaso que, nesse cenário, 65% das pessoas com menos de 55 anos estejam ansiosas com o potencial das novas tecnologias . Essa foi uma das conclusões do estudo "Workforce 2024", realizado pela consultoria Korn Ferry, que entrevistou mais de 10.000 profissionais distribuídos pelos EUA, Reino Unido, Brasil, Oriente Médio, Austrália e Índia. É por isso que o PhD em sociologia política e professor da Universidade de Oxford, Roman Krznaric, australiano radicado na Inglaterra, ressalta a importância de uma nova habilidade: a inteligência temporal. Isso significa buscar uma liderança de longo alcance, com a capacidade de pensar em múltiplos horizontes de tempo e modos temporais, tanto em relação ao futuro quanto ao passado. Efeitos da tecnologia para o campo trabalhistaO volume de ações trabalhistas envolvendo questões ligadas à automação e à inteligência artificial cresce ano a ano, e uma nova tese ganha força na Justiça do Trabalho: a “subordinação algorítmica” - relação controlada pelo algoritmo do aplicativo. As ações normalmente têm como partes as plataformas de transporte e entregas 99 Tecnologia, Uber, Rappi e iFood. Com a subordinação algorítmica, alegam os trabalhadores, eles estariam sujeitos às ordens do algoritmo, com risco de sanção disciplinar e até expulsão da plataforma devido à falta de assiduidade de conexão ao aplicativo e das notas atribuídas pelos clientes. A discussão, que envolve vínculo de emprego com plataformas de prestação de serviços, divide, porém, o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em paralelo, uma proposta de regulação do uso de tecnologias de automação e inteligência artificial tramita no Senado Federal desde o ano passado e, atualmente, está em debate na Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial no Brasil. Caso o Projeto de Lei (PL) nº 2338, de 2023, seja aprovado pode ter implicações no campo trabalhista. Advogados especialistas elogiam o PL. Para Leticia Ribeiro, da área trabalhista do Trench Rossi Watanabe, o Projeto de Lei nº 2338 “busca equilíbrio entre flexibilidade e segurança jurídica, seguindo os princípios da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] e da ONU [Organização das Nações Unidas]”. Revolução será maior do que a da internetA IA promete transformar não apenas negócios específicos, mas reconfigurar toda a estrutura da sociedade e da economia, em uma escala que supera a própria internet. Segundo o colunista Gustavo Pessoa, estamos entrando na Fase II dessa evolução tecnológica, na qual seu verdadeiro potencial começará a ser concretizado. Enquanto a internet nos conectou e nos deu acesso a um vasto oceano de informações, a IA promete transformar a forma como utilizamos esse conhecimento, tornando processos mais eficientes, decisões mais informadas e abrindo novas fronteiras para a inovação. Ainda assim, a única coisa que só você tem no mundo é a sua inteligência natural, lembra o colunista Nizan Guanaes. Para o estrategista da N. ideias, o moderno não é pensar fora da caixa, mas com sua própria caixa. Criar o seu caminho é o melhor caminho. Para ler mais sobre inteligência artificial, acesse este site, que reúne as notícias sobre a tecnologia. Abraços, Natália Flach |