A Polícia Federal (PF) aponta que o Jair Bolsonaro (PL) atuou de forma "direta e efetiva" para tentar um golpe de estado. O ex-presidente é citado mais de 500 vezes no inquérito que indiciou o político outras 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do estado democrático de Direito.
Sem sigilo. Nesta terça-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do relatório de mais de 800 páginas produzido pelos investigadores da PF. O material foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá ao procurador-geral Paulo Gonet decidir se vai denunciar os citados na investigação policial.
Sem apoio. No relatório, a PF afirma que comandantes do Exército e da Aeronáutica foram pressionados a aderir ao golpe de estado, mas rechaçaram o plano. Em dezembro de 2022, segundo o documento, Bolsonaro, já derrotado nas urnas, chamou os comandantes das Forças Militares e o ministro da Defesa para apresentar a minuta de um decreto presidencial para continuar no poder. Segundo a PF, a falta de apoio da alta cúpula militar fez Bolsonaro desistir de assinar o decreto.
Sem alarde. O relatório também aponta que Bolsonaro tinha conhecimento de plano para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. A PF agendou o depoimento um dos militares suspeitos de planejar os atentados contra as autoridades.