Bom dia!
A segunda-feira tinha tudo para começar tranquila, marcando o último dia de paz para investidores após um turbilhão de divulgações que ocorrem de amanhã até sexta-feira. O Ibovespa, porém, pode ficar para trás nessa história.
O petróleo começa a semana afundando mais de 6%, de volta ao patamar de US$ 71 o barril, isso com novos desdobramentos da guerra travada por Israel com os países da região. O tombo foi associado à notícia de que, ao bombardear o Irã, Israel decidiu atacar apenas unidades militares, poupando as áreas de produção da commodity.
A baixa na cotação do barril faz os papéis da Petrobras negociados em Nova York tombarem mais de 1% no pré-mercado e travam as negociações com o EWZ, o fundo que serve de referência para a bolsa brasileira em Wall Street. Trata-se de um problema adicional, já que a Petrobras estaria no radar de investidores de qualquer maneira nesta segunda. Após o fechamento, a estatal divulga os dados de produção do terceiro trimestre, uma espécie de prévia do balanço financeiro.
Isso num dia em que os futuros americanos amanhecem em alta, ansiosos pela continuação da temporada de balanços e por uma bateria de indicadores econômicos relevantes. Só entre as big techs, nesta semana saem resultados de Google, Apple, Amazon, Microsoft e Meta. Sem falar de outras gigantes da economia americana, como Ford (nesta segunda), McDonald's e a farmacêutica Eli Lilly, que também anunciam o lucro do terceiro trimestre nos próximos dias.
No campo dos indicadores, os EUA publicam a inflação medida pelo PCE no último dia do mês. Há ainda dados do PIB americano e, na sexta, os dados oficiais de emprego. O conjunto deve ajudar o Fed a determinar o tamanho do próximo corte de juros, estimado atualmente em 0,25 ponto percentual.
No Brasil, a semana também será agitada. Depois dos números da Vale, a temporada de balanços ganhará fôlego com os resultados de Santander e Bradesco. E, passadas as eleições municipais, a Faria Lima aguarda nova divulgação de corte de gastos do governo. Bons negócios.