|
Surpresa na França: a esquerda vence | MILAGROS PÉREZ OLIVA |
|
|
|
Olá. Muito bom dia!
Contra todas as probabilidades e contra a previsão das sondagens, a extrema-direita de Marine Le Pen viu ontem desaparecer a possibilidade de governar. Não só não alcançou a maioria absoluta que almejava, como acabou na terceira posição. A grande mobilização eleitoral deu a vitória à Nova Frente Popular. |
|
| | |
|
|
| | Apoiadores da Frente Popular comemoram a vitória na Place de la République, em Paris. EFE |
|
|
|
O pacto entre o partido de Emmanuel Macron e a esquerda plural agrupada na Nova Frente Popular deu muito mais frutos do que o esperado: levou à vitória da esquerda e salvou o macronismo. Com esta carambola, a convocação surpresa de eleições, que inicialmente foi vista como um grande erro de cálculo de Macron, não foi tanto: desmantelou a estratégia de Le Pen durante algum tempo e mostrou que a sua ascensão deslumbrante tem um limite.
A esquerda saiu às ruas para celebrar a vitória, enquanto a decepção se espalhava nas fileiras da extrema direitaNa UE, por outro lado, o que se espalhou foi um grande alívio. O pior cenário foi evitado.
O medo despertou do seu sono os bairros periféricos dos balieues de Paris, onde predomina a população de origem imigrante e a abstenção costuma ser a norma. Desta vez viram as orelhas do lobo, mobilizaram-se para deter a extrema direita. Carla Mascia nos conta.
O problema agora será articular uma maioria parlamentar. Jean-Luc Mélenchon reivindicou para a esquerda a responsabilidade de formar um governo. Dadas as diferenças entre aqueles que têm de concordar, pode ser complicado, mas nas primeiras intervenções todos apontaram a excepcionalidade do momento: não podem decepcionar a grande onda que se ergueu no país, com mais 20 pontos de participação do que nos últimos legislativos.
Macron terá de coabitar com a esquerda, escreve Máriam Martínez-Bascuñán. A Frente Republicana cumpriu o seu papel. Agora deve ser combinado com uma Assembleia Nacional que seja governável. Na mesma linha, Fernando Vallespín escreve: os cidadãos obedeceram, agora cabe aos políticos. Mas tenha cuidado, porque Daniel Bernabé avisa: mais do que uma vitória, é uma extensão: a agitação que alimentou a extrema direita ainda existe e devem desativá-la.
- O editorial do EL PAÍS também pede que as forças republicanas deixem de lado a inércia partidária e cheguem a um acordo sobre um programa de governo. Não devem esquecer que a extrema direita não alcançou o seu objectivo, mas a sua força não desaparecerá da noite para o dia.
|
|
| | |
|
|
Cimeira em Waterloo face ao fiasco da amnistia | |
|
| | |
|
|
| | Ex-presidente Carles Puigdemont, em imagem tirada em novembro de 2023 em Estrasburgo. EFE |
|
|
|
Sabiam que a lei de anistia teria dificuldades de aplicação, mas não achavam que uma interpretação tão distante da vontade do legislador como a feita pelo Supremo Tribunal deixaria a lei no papel vazio. Pelo menos para os principais líderes. Ontem, membros do Junts, ERC, CUP e entidades relacionadas como Omniun e ANC foram a Waterloo, residência de Carles Puigdemont na Bélgica, para discutir o novo cenário.
- O PSOE teme uma reviravolta no roteiro após esta reunião. A pressão dos Junts e a crise interna na gestão da ERC preocupa o governo. Crônica de Anabel Díez.
|
|
| | |
|
|
Ayuso sufoca universidades públicas | |
|
| | |
|
|
As universidades de Madrid vivem dias turbulentos. O Governo de Isabel Díaz Ayuso apresentará na quarta-feira o seu projeto de lei do ensino superior em meio a grande tensão devido à intenção de sancionar protestos e protestos nos campi e à grave situação económica das seis universidades públicas. Madrid tem o rendimento per capita mais elevado de Espanha (36,5% superior à média espanhola), mas é quem investe menos por aluno. Embora ainda restem milhares de vagas, em breve haverá 13 universidades privadas na comunidade. |
|
| | |
|
|
Trump começa a atacar Kamala Harris | |
|
| | |
|
|
| | Kamala Harris em evento a favor do direito ao aborto em Phoenix, Arizona, em 24 de junho. REUTERS |
|
|
|
O questionamento da capacidade de Joe Biden para governar dá novo vigor ao candidato republicano. Um presidente enfraquecido é o melhor cenário para Donald Trump , que já começa a atacar Kamala Harris caso ela acabe assumindo o poder. Com as eleições no Reino Unido concluídas com uma retumbante vitória trabalhista, e também as em França, com uma vitória da esquerda, todas as preocupações estão agora dirigidas para o outro lado do Atlântico. Resgato dois textos esclarecedores deste final de semana:
|
|
| | |
|
|
Protestos em Israel contra Netanyahu | |
|
| | |
|
|
Às 6h29 da manhã, horário em que o Hamas iniciou o ataque brutal de 7 de outubro, o Dia da Resistência começou ontem em Israel. Após nove meses de guerra, mais de 38 mil mortes em Gaza e uma escalada na fronteira com o Líbano, os protestos contra Benjamin Netanyahu ocorreram em todo o país. Crônica de Luis de Vega. |
|
| | |
|
|
|
- A Vox terá de pagar uma multa de 233 mil euros por financiamento irregular. O Tribunal de Contas decidiu que cometeu duas violações gravíssimas em 2019, uma delas relacionada com uma denúncia contra o então presidente da Generalitat, Quim Torra.
|
|
| | |
|
|
|
| | MILAGROS PÉREZ OLIVA | No El País desde 1982, trabalhou como repórter especializada em temas de sociedade e biomedicina, e desempenhou responsabilidades como editora-chefe, tarefas que combinou com a docência universitária na Faculdade de Jornalismo da Universidade Pompeu Fabra. Ele projetou e dirigiu o primeiro suplemento de Saúde do jornal. Foi Defensora do Leitor de 2009 a 2012, quando ingressou na Opinion como editorialista e colunista. Ela é responsável pelo boletim informativo matinal El País.
Cidad3: Imprensa Livre!!!
Saúde, Sorte e $uce$$o: Sempre!!!
|
|
|
|
|