Segunda-feira, 29/07/2024 | | |
| | Fabiana Galetol, diretora executiva de pessoas e responsabilidade social da Pluxee | Divulgação |
| "No combate à fome, a mulher está na linha de frente", diz executiva |
| | Mariana Sgarioni |
| No ano passado, cerca de 9 milhões de pessoas (incluindo crianças) estavam em estado grave de insegurança alimentar no Brasil. Em outras palavras: estas pessoas estavam literalmente passando fome. Este dado é mais do que impressionante: é suficiente para trazer a questão para o centro das iniciativas de uma das maiores marcas de vale-alimentação do país. A Sodexo, que agora se chama Pluxee, é uma empresa que está em 31 países e começou em 1962, quando seu criador, o francês Pierre Bellon, abriu um pequeno negócio de entrega de refeições pensando justamente nas pessoas que passavam por dificuldades. "Nosso foco sempre foi qualidade de vida. E não existe essa qualidade sem alimentação", afirma Fabiana Galetol, diretora executiva de pessoas e responsabilidade social da Pluxee. De acordo com Fabiana, a empresa foca na inclusão produtiva e na capacitação de jovens - principalmente de mulheres. "Investimos no empreendedorismo feminino porque são as mulheres que sustentam a casa, muitas vezes fazendo pequenos trabalhos informais. A ideia é capacitar essas mulheres principalmente no ramo da alimentação e depois investir para que elas possam começar seu próprio negócio e seguir em frente", afirma. *** Ecoa: Por que a empresa acredita ser mais eficaz investir nas mulheres quando se fala de insegurança alimentar?
Fabiana Galetol: No Brasil, temos uma população imensa que, quando almoça, não sabe se vai jantar. Trata-se de um estado de insegurança alimentar de milhões de pessoas. A maior parte dos lares que convivem com esta insegurança é chefiado por mulheres. O fenômeno pode ser explicado tanto pela diferença salarial, pela falta de oportunidades, de ganhos no mercado, assim como pelo alto número de mães solo no país. Ecoa: Qual a estratégia da Pluxee para atuar junto a este recorte social?
Fabiana Galetol: Escolhemos nossos focos: capacitação e educação. Tudo isso voltado ao empreendedorismo. Não adianta apenas colocar a comida no prato e oferecer a subsistência - isso também é importante, mas não se sustenta a longo prazo. Ecoa: A empresa atua em diversos países. Qual a particularidade de impactar este segmento no Brasil?
Fabiana Galetol: Existem realidades semelhantes nos países da América Latina. Porém, o Brasil é muito grande e vai além da fome. Quando pensamos em projetos, pensamos na diversidade e na equidade: levamos em conta que 56% da nossa população é formada por pessoas negras, por exemplo, e que muitas delas estão fora do mercado de trabalho por falta de oportunidades. Esta é uma dor brasileira. Então, entendemos que é preciso olhar além da fome e sim para a inclusão produtiva. Não basta entregar uma marmita, temos que sustentar este alimento para as próximas gerações. Isso é sustentabilidade. |
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| | Bruno Gagliasso e João Marcello Gomes Pinto, sócios da Pachamama, e Claudio Olimpio, da Greener | Divulgação |
| Empresas unem forças para zerar greenwashing em mercado de carbono |
| Como investir em créditos de carbono e projetos socioambientais sem correr o risco de cair no greenwashing? O Brasil ainda não conta com um sistema regulatório robusto e, por isso, o mercado está inseguro. As empresas de investimentos Pachamama e Greener decidiram juntar tecnologias e expertises para oferecer garantia de idoneidade com um sistema de blockchain especialmente pensado para impedir qualquer possibilidade de greenwashing. O primeiro passo é a tokenização de ativos ambientais. Isso ocorre com o registro de toneladas de carbono de forma numerada e individualizada. Quando uma empresa solicita a compra ou compensação desses ativos, é implementada uma segunda camada de segurança, chamada de "burn", ou queima, na rede blockchain. Essa é a chamada dupla tokenização. Ao adicionar uma camada adicional de segurança, a operação gera um certificado digital que carrega todas as informações desde o início do projeto, incluindo o comprador, auditorias, certificações, ano/safra, e os detalhes dos tokens adquiridos e removidos da rede. "Isso torna impossível qualquer possibilidade de dupla venda. Estes ativos chegam ao mercado financeiro de capitais com número de série como se fosse um chassi de carro. E não há como existir números diferentes", explica Claudio Olimpio, CEO e cofundador da Greener. Entre os clientes da empresa está a Fórmula 1, que adquiriu recentemente 50 mil toneladas de carbono. Segundo João Marcello Gomes Pinto, sócio da Pachamama, junto com o ator Bruno Gagliasso e Rodrigo Rivelino, o mercado está num momento de separar o joio do trigo. "Precisamos conversar com a Faria Lima. As empresas já entenderam que devem investir em projetos socioambientais, mas querem saber direito onde estão colocando seu dinheiro". |
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| | Camila Santos, head de projetos na B4People | Amanda Rod |
| Economia do cuidado pode mudar o PIB de países, diz especialista |
| O mercado de trabalho só existe como conhecemos porque ele conta com bastidores. Para que esta roda possa girar, milhares de pessoas ficam em casa cuidando de crianças, idosos, preparando refeições, e fazendo limpeza doméstica. Até pouco tempo, estas pessoas não eram contabilizadas em nenhum indicador. Porém, com o envelhecimento da população, especialistas apontam que a chamada economia do cuidado precisa de investimento, uma vez que ela é capaz de mudar os ponteiros dos cofres de empresas e nações. Segundo Camila Santos, head de projetos na B4People, consultoria especializada em estratégias de ESG, equidade, inclusão e gestão das diversidades nas organizações, além de ser um direito universal, o cuidado sustenta a economia. "Em 2023, um em cada quatro cuidadores empregados no mercado (mães, por exemplo) relataram ausência do trabalho formal para se dedicar aos cuidados de alguém. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), isso impacta R$5,6 mil dólares por pessoa por ano. Se não houver um regime de benefícios flexível, as empresas podem perder muito dinheiro, cada vez mais", observa. Camila mostra que, neste ano, o Fórum Econômico Mundial lançou o relatório "O Futuro da Economia do Cuidado" em que descreve caminhos para que governos e empresas possam tornar os cuidados uma prioridade econômica. Segundo o Fórum, se houvesse investimentos em empregos sociais, o que inclui os cuidados, o PIB global triplicaria. Nos Estados Unidos, os cuidados representam um mercado de US$ 648 milhões. |
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| | A Organização Dirigida por Valores
Autor: Richard Barrett
Editora: Alta Books Barrett é um dos pesquisadores mais respeitados do mercado. Sua metodologia é usada por consultorias como McKinsey, DBM Lee Hecht Harrison, Ziemer & Associados, entre outras. Neste livro, o autor mostra que a compreensão das necessidades dos funcionários é a chave para a criação de uma empresa bem sucedida. |
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| | - Bioeconomy Amazon Summit (BAS)
Promovido pelo Pacto Global da ONU - Rede Brasil e pela gestora de venture capital KPTL, será o maior evento de fomento ao empreendedorismo na Amazônia do país. Em 1º de agosto, em Belém, 70 startups da Amazônia vão apresentar seus negócios. Mais de dez fundos com teses de impacto e sustentabilidade estarão presentes, além de fundos de Corporate Venture Capital de grandes empresas. |
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