17 maio, 2024

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Mario Benedetti foi um poeta, escritor e ensaísta uruguaio. Wikipédia
Nascimento: 14 de setembro de 1920, Paso de los Toros, Uruguai
Falecimento: 17 de maio de 2009, Montevidéu, Uruguai


Especial “Algo de novo sob o sol?”

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Praça Venceslau, Praga, Tchecoslováquia, 1968. (Josef Koudelka/Magnum Photos/Fundação Josef Koudelka/Divulgação: IMS).


Koudelka: Ciganos, Praga 1968, Exílios no IMS Paulista


Josef Koudelka, um dos grandes representantes da tradição humanista e poética que dominou a fotografia europeia na segunda metade do século XX, terá três de seus mais icônicos trabalhos exibidos pelo Instituto Moreira Salles. A exposição Koudelka: Ciganos, Praga 1968, Exílios abre no próximo sábado (18) no IMS Paulista, em evento com participação de Koudelka.


Com curadoria do próprio artista e organização de Samuel Titan Jr. e Miguel Del Castillo, a mostra traz as séries de fotografias Ciganos (com 111 fotografias) e Exílios (74 obras). Também poderão ser vistas 11 fotografias da invasão da capital da então Tchecoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia, em 1968, evento que interrompeu abruptamente o período celebrado como Primavera de Praga.


Ciganos foi a primeira série que Koudelka dedicou a um único tema. Suas fotografias foram feitas entre 1962 e 1970, a maioria em acampamentos ciganos no leste da Eslováquia, mas também na Boêmia, na Morávia e na Romênia. Já as fotografias de Exílios, a outra série completa na mostra, começaram a ser produzidas a partir de 1970. Naquele ano, Josef Koudelka saiu da Tchecoslováquia, motivado pelas condições políticas em seu país. Para poder viajar e fotografar, vivia modestamente. Em suas viagens constantes – por Espanha, França, Portugal, Itália, Irlanda e Grã-Bretanha –, retratou o povo romani, as celebrações religiosas, as festas populares tradicionais e a vida cotidiana.


Por fim, entre as sequências de fotografias que se espalham entre dois dos andares do IMS Paulista, o visitante será apresentado a 11 fotografias da série Praga 1968.  As imagens da invasão soviética aconteceram por impulso: Koudelka nunca havia trabalhado antes como fotojornalista, mas pôs-se a documentar o que se passava nas ruas de Praga tão logo soube, na manhã de 21 de agosto de 1968, da invasão da Tchecoslováquia por exércitos do Pacto de Varsóvia. Consideradas um dos mais importantes trabalhos de fotojornalismo do século XX, as imagens feitas naquela ocasião se tornaram simbólicas de toda opressão militar e da luta por liberdade.


Saiba mais sobre a exposição no site do IMS.