Olá, espero que você tenha passado alguns dias em família e de descanso. Esta semana vamos abordar um tema que precisávamos abordar. Recebo notícias editoriais semanalmente e há algum tempo me pergunto por que há tanto interesse editorial em livros sobre o estoicismo. Não há um mês em que não seja publicado um ensaio ou guia sobre esta escola filosófica do século III aC. O texto é do meu colega Jaime Rubio Hancock, autor do boletim Filosofia inútil , e uma das pessoas que conheço que melhor nos aproxima das correntes filosóficas. Este mês, entre as novidades editoriais, voltamos a ter vários ensaios sobre Estoicismo: Lições de Estoicismo, de Antonio Cascón Dorado (em Arpa); Ser Estóico, de William Mulligan (Paidós), que é YouTuber com mais de 400 mil seguidores, ou Guia Prático do Estoicismo, também de Pigliucci, de Ariel. O segredo do sucesso do estoicismo reside na sua recomendação de autocontrole e força mental, que são alcançados após refletirmos sobre os aspectos de nossas vidas sobre os quais temos controle. Embora devamos também mencionar como alguns influenciadores e empreendedores simplificaram a sua mensagem para oferecer uma versão cross-fit desta corrente filosófica.
Além disso, vamos com uma entrevista com um sociólogo brasileiro, especialista em economia política e desastres naturais, e com um texto sobre a coexistência de críticas profissionais e o desejo do público de documentar seu consumo de cultura e entretenimento. Qual é o papel da crítica neste novo contexto?
Vamos lá.
Por Carmen Pérez-Lanzac |
|
| | |
|
|
|
|
As razões do fenômeno do estoicismo | |
|
| | |
|
|
| | / GURIDI |
|
|
|
Para Massimo Pigliucci tudo começou com um artigo sobre os estóicos que publicou no The New York Times em 2015 e que se tornou um dos mais lidos e partilhados do jornal. O autor conta que no mesmo dia em que o publicou recebeu três telefonemas de editoras que queriam saber se ele tinha interesse em escrever um livro sobre o assunto. Ele nem tinha considerado isso. How to Be a Stoic foi publicado em 2017, tem uma dezena de traduções e mais de 300 mil exemplares vendidos em todo o mundo, e levou o autor a escrever outros cinco livros sobre o assunto. Da sua editora em Espanha, Ariel, confirmam a Jaime que as vendas da edição brochura, publicada em 2021, crescem há dois anos.
É apenas um exemplo entre muitos desta tendência editorial. Recomendo o texto, você pode lê-lo aqui. |
|
| | |
|
|
|
“Devemos voltar à utopia, que ser radical é um elogio” |
|
| | |
|
|
| | Foto de Lela Beltrão |
|
|
|
Sabrina Fernandes (Goiânia, 36 anos) é filha e neta de agricultores, cresceu em uma região do interior do Brasil que sofreu mutações com a produção em larga escala de milho e soja. Esta socióloga, economista política e activista ecossocialista defende uma transição ecológica muito diferente da actual, que considera dominada pela impostura das grandes multinacionais com políticas supostamente verdes que, salienta, apenas encobrem um padrão de produção insustentável. Nossa colega Naiara Galarraga Gortázar a entrevistou em São Paulo. “Com a calamidade climática habituámo-nos à distopia”, disse Fernandes. “Devemos voltar à utopia, que ser radical é um elogio”. |
|
| | |
|
|
|
|
O papel da crítica em tempos de Filmafinidade | |
|
| | |
|
|
| | / ILUSTRAÇÃO DE BEA CRESPO |
|
|
|
O que é mais confiável, a opinião de 5.000 usuários ou de um único crítico? Esse debate está nas ruas há cinco anos e ganha força. Filmaffinity, GoodReads, Tripadvisor, Letterboxd, Metacritic e IMDb abrigam milhões de opiniões. A crítica profissional e a opinião popular podem coexistir? Qual é o papel dos profissionais neste contexto? Nossa colega Natalia Marcos, que entrevistou diversos críticos profissionais, tenta responder a essas perguntas. Você pode ler o texto aqui. |
|
| | |
|
|
|
Poderiam os magistrados manter um pouco de reserva e discrição? | | Soledad Gallego-Díaz destaca em sua coluna dominical que são os juízes que devem ser obrigados a exercer discrição e reserva, mesmo que as ações que decidem não tenham sido expressamente declaradas “secretas”. “Só se pode exigir dos jornalistas que a informação que transmitem seja verdadeira e de interesse público. Ou seja, que não publiquem as fugas que lhes chegam pelo simples facto de serem fugas, mas que examinem cuidadosamente o seu conteúdo e determinem a sua valor." |
|
| | |
|
|
Todos a bordo de um táxi maluco sem motorista | | Íñigo Domínguez centra-se no que liga a tentativa de compra da Gronelândia por Trump ao homem que ficou preso num veículo sem condutor: “Em todo este delírio se impõe algo típico da ficção, do teatro ou do cinema: a suspensão da descrença. seu bom senso, a noção de verdade e realidade, para acreditar no que lhe dizem, mesmo que sejam coisas impossíveis. |
|
|
|
|