12 agosto, 2018

É CLARA Guerreira, lá vem trovoada..



Viva Clara Claridade!!! 
 
 
Arte, Cultura e Humor!



 
 
  
Se estivesse viva, Clara Nunes completaria hoje 76 anos de muita musicalidade e amor à Majestade do Samba. Um salve para essa nossa grande Guerreira que até hoje encanta e nos enche de saudade. Que venha o Carnaval!

Salve Clara Nunes!




É CLARA Guerreira, lá vem trovoada...

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Se viva estivesse, Clara Nunes completaria 76 anos

Viva Clara Claridade!!! 



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A primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil discos

Clara Nunes
Em 12 de agosto de 1942, nasceu Clara Francisca, uma mineira que depois se firmou como a quase baiana Clara Nunes. Foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil discos e tornou popular vários pontos de umbanda e sambas da escola Portela. Clara morreu em 2 abril de 1983, após complicação em uma cirurgia de varizes.
A Música do Dia é Nação, de seu último disco gravado em estúdio, lançado em 1982.
Produção e apresentação - Luiz Cláudio Canuto

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Brasília, domingo, 12 de agosto de 2018
A MÚSICA DO DIA





















Se viva estivesse, Clara Nunes completaria 76 anos

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Clara Nunes - Macunaíma - Portela 1975


Viva Clara Claridade!!! 


Arte, Cultura e Humor!

ClaraNunesVEVO Publicado em 17 de nov de 2009




Claro que seus sambas são antológicos David Correa Correa. É impossível uma coletânea de sambas que pelo menos Macunaíma e Das Maravilhas do Mar não sejam obrigatórios. Eu ainda considero Incrível Fantástico Extraordinário e Hoje tem Marmelada indispensáveis. Portela é um celeiro de poetas e todos tem lugar ao sol dos privilegiados, mas vc David pelos serviços prestados já tem seu lugar na sombra. És o compositor que marcou indelevelmente a Portela e seus componentes.



CLARA CLARIDADE, Candeia, David Correa - LP Canto das Três Raças, 1976

Foi brincar Carnaval, em 1975, o “herói de nossa gente”. Deitado em sua rede, viu a águia portelense voar entre as árvores da floresta brasileira. Sabemos de sua história por causa do papagaio que conhecia suas frases e seus feitos e tudo revelou ao homem que ficou para nos contar.
Mário de Andrade acocorou-se em cima de umas folhas, ponteou na violinha e botou a boca no mundo para cantar na fala impura o que viveu Macunaíma. E foram Davi Corrêa e Norival Reis que fizeram um samba de enredo para que ele saísse das páginas de um livro fechado para encantar sua gente a céu aberto.
O anti-herói, que desde cedo manifestou sua preguiça e passou a demonstrar sua personalidade travessa, foi abandonado pela mãe e engravidou Ci, que perdeu o filho e virou estrela, deixando um talismã com Macunaíma. Numa rapsódia cujo enredo se desenvolve em torno do “muiraquitã”, o talismã que lhe foi dado por Ci e que ele precisava resgatar por tê-lo perdido em uma briga, o “herói sem nenhum caráter” foi atrás de Piaimã, o gigante que ficou com seu amuleto, mas não obteve sucesso na recuperação do objeto.

Macunaíma reúne o folclore brasileiro e as ideias das vanguardas europeias, representação do Modernismo na literatura nacional. É, assim, identidade por muitos desconhecida, é encontro de raças e é símbolo de cultura.
Sendo a reunião disso tudo, o “filho do medo da noite” desemboca no carnaval carioca, essa enorme manifestação cultural, e, além de se tornar constelação, fica também sendo responsável por um dos nossos sambas mais bonitos – defendido, na Avenida, por Clara Nunes –, que rendeu à Portela o primeiro Estandarte de Ouro em samba de enredo, a segunda vitória do hoje recordista Davi Corrêa.
Por ele ter ido morar no infinito, por ter virado constelação, Mário de Andrade chorou, e confessou isso numa carta enviada a Álvaro Lins: “pouco importa, si muito sorri escrevendo certas páginas do livro: importa mais, pelo menos pra mim mesmo, lembrar que quando o herói desiste dos combates da terra e resolve ir viver ‘o brilho inútil das estrelas’, eu chorei”.
Foi com uma constelação que a Portela, quinta colocada naquele ano, encerrou o desfile, reafirmando tudo o que o autor do livro sentiu, principalmente, na criação dos últimos capítulos. A azul-e-branco mostrou que Macunaíma brilha e comove, assim como resplandecem e encantam as grandes miudezas das nossas gentes.
Blog Portela 1975
“Macunaíma, herói de nossa gente”
Autores: Davi Corrêa e Norival Reis

Portela apresenta
Do folclore tradições
Milagres do sertão à mata virgem
Assombrada com mil tentações
Ci, a rainha mãe do mato, oi
Macunaíma fascinou
Ao luar se fez poema
Mas ao filho encarnado
Toda maldição legou
Macunaíma índio branco catimbeiro
Negro sonso feiticeiro
Mata a cobra e dá um nó
Ci, em forma de estrela
À Macunaíma dá
Um talismã que ele perde e sai a vagar
Canta o uirapuru e encanta
Liberta a mágoa do seu triste coração
Negrinho do pastoreio foi a sua salvação
E derrotando o gigante
Era uma vez Piaimã
Macunaíma volta com o muiraquitã
Marupiara na luta e no amor
Quando sua pedra para sempre o monstro levou
O nosso herói assim cantou
Vou-me embora, vou-me embora
Eu aqui volto mais não
Vou morar no infinito
E virar constelação






1975
"E o homem sou eu, minha gente, e eu fiquei pra vos contar a história. Por isso que vim aqui. Me acocorei em riba destas folhas, catei meus carrapatos, ponteei na violinha e em toque rasgado botei a boca no mundo cantando na fala impura as frases e os casos de Macunaíma, herói de nossa gente. Tem mais não".
Mário de Andrade, no epílogo de Macunaíma.
Assim como no ano anterior, o desfile das grandes escolas de samba do Rio de Janeiro estava marcado para a Avenida Presidente Antônio Carlos. Dessa vez, a única diferença seria a mão invertida do desfile, que deveria acontecer no sentido Avenida Beira-mar/Praça XV, ao contrário de 1974.
O vice-campeonato do ano anterior traz confiança ao departamento cultural dirigido por Hiram Araújo, que, segundo o próprio, começava a apresentar os resultados esperados. A obra de Mário de Andrade, que ainda colhia os frutos do filme, agora seria valorizada pelo samba, maior manifestação popular do Brasil.
Macunaíma era a própria imagem do Brasil, um auto-retrato de nossa sociedade, e é com o objetivo de mostrar essa relação que os 3.500 portelenses, um contingente espantoso, entram na avenida em busca do tão sonhado campeonato.
A história foi dividida em 10 quadros. Uma colorida águia abre o cortejo das 61 alas. Estandartes e alegorias de mão demonstram as diversas tribos, compondo o cenário descrito pelo famoso escritor paulista.
A alegoria do Gigante Piaimã, construída por Cícero Delnero, destaca-se pelos efeitos, causando sensação na platéia. No terceiro carro, a socialite Beki Klabin era destaque, tendo como companhia Clóvis Bornay e Evandro de Castro Lima.
O belo samba de David Correa e Norival Reis é responsável pelo primeiro Estandarte de Ouro em samba-enredo da história da Portela. No carro de som, Silvinho da Portela e Clara Nunes defendem o samba com bastante empenho, auxiliados por Candeia e pelo próprio compositor David Correa. A bateria, redimindo-se dos problemas dos últimos anos, faz uma grande apresentação, obtendo a nota máxima que fugira nos desfiles anteriores.
Uma grande constelação, representando o firmamento, fecha a apresentação da Portela, que deixa a avenida brigando pela conquista do campeonato.
O resultado, entretanto, não foi o esperado. A quinta colocação estava aquém do que o público e a Portela esperavam. A nota mais baixa que a escola obteve foi dada pela jurada de Mestre-sala e Porta-bandeira Tatiana Leskova, nota 7.
Notas obtidas pela Portela no carnaval de 1975:
Alegorias 10
Bateria 10
Comissão de Frente 10
Cronometragem e Concentração 10
Enredo 10
Evolução 9
Fantasias 8
Harmonia 10
Letra do Samba de Enredo 9
Melodia 10
Mestre-Sala e Porta-Bandeira 7
Ficha técnica:
Resultado: 5ª Colocada do Grupo 1, com 103 pontos
Data, Local e Ordem de Desfile: 6ª Escola de 09/02/75, Domingo, Av. Presidente Antônio Carlos
Carnavalesco(s): Hiran Araújo (departamento cultural)
Presidente: Carlos Teixeira Martins
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Irene e Bagdá
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Bateria:
Contigente: 3500 Componentes em 61 Alas
Samba enredo:
autores: David Corrêa e Norival Reis




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