O MBL, nesta quarta-feira, dia 13, fez um ataque vil contra nosso jornalista Giovanni Pannunzio — um ato similar, ou até pior, do que outras práticas de intimidação e violência que costumamos receber ao denunciar milicianos, políticos, assassinos, traficantes e corruptos de toda sorte.
Arthur do Val, um dos coordenadores do MBL, dedicou mais de uma hora para atacar o Intercept durante uma transmissão ao vivo, em que xingou nosso jornalista descontroladamente, expôs suas informações pessoais e instigou seus seguidores a fazerem ataques homofóbicos em massa ao seu perfil.
Mas o que poderia ter deixado o ex-deputado cassado tão sentido a ponto de causar esse show?
Foi uma reportagem investigativa publicada aqui no Intercept Brasil, em que apontamos possíveis irregularidades na coleta de assinaturas para o Partido Missão, do MBL.
Nessa investigação, localizamos 13 pessoas que relataram ter sido ludibriadas a assinar a ficha para a criação do partido, pensando estar assinando um manifesto por melhorias na saúde e educação. Os entrevistados nos contaram ainda que tentaram denunciar o caso ao Ministério Público e indicaram que o número de pessoas enganadas poderia ser muito maior.
Eles estavam certos.
Em menos de 24 horas após a publicação do texto no site e em nossas redes sociais, mais de 40 pessoas comentaram nas publicações afirmando que também haviam sido enganadas pelos coletores do partido. Fora as denúncias que recebemos por e-mail e mensagens.
Este é o impacto que apenas um jornalismo investigativo, independente e comprometido com seu papel social pode causar. E vamos seguir lutando por ele, mesmo sob ataques contra nossa segurança, integridade e liberdade de imprensa.
A agressão covarde de hoje faz parte da velha tática utilizada pelo MBL quando se sente ameaçado, mas serve para mostrar que estamos no caminho certo para expor os esquemas e segredos que eles querem esconder de você.
Devemos isso à nossa corajosa equipe editorial e aos nossos membros, que doam todos os meses para tornar nosso jornalismo possível.
