🔍 QUEM ESCAPOU DA PF?
Coronel Elcio Franco: alocado no Palácio do Planalto depois de sair do Ministério da Saúde, foi flagrado em áudio defendendo a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e incitando pressão contra os comandantes das Forças Armadas para que recusassem o resultado das urnas. Ele era um dos integrantes escalados para o gabinete de crise que governaria o país após o golpe de estado.
Coronel André Costa: chefe da Secom de Bolsonaro, o policial militar do Distrito Federal esteve na reunião ministerial golpista de junho de 2023 e também era um dos integrantes escalados para o gabinete golpista. Costa recebeu os chefes da PM do DF, réus no STF por erros e omissões no dia 8 de Janeiro, para pelo menos três reuniões dentro da Presidência da República depois da derrota de Bolsonaro nas urnas.
Michelle Bolsonaro: em delação premiada à Polícia Federal, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, disse que Michelle Bolsonaro integrava um grupo de conselheiros que incitava o ex-chefe do Executivo a dar um golpe de Estado depois das eleições de 2022.
Eduardo Bolsonaro: outro familiar implicado na delação de Mauro Cid, o deputado federal pelo PL de São Paulo, segundo o ex-ajudante de ordens, dizia ao ex-presidente que ele teria o apoio da população e de atiradores esportivos, conhecidos como CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), para operar um golpe de estado.
Wagner Rosário: o ex-controlador geral da União de Bolsonaro foi um dos mais exaltados em uma das reuniões ministeriais de teor golpista promovidas por Jair Bolsonaro. Além de duvidar da correição das urnas, propôs uma união inédita e ilegal da Polícia Federal, das Forças Armadas e da própria CGU para questionar a integridade das eleições.
General Heber Portella: o ex-chefe do Comando de Defesa Cibernética foi o representante das Forças Armadas na comissão de fiscalização do processo eleitoral coordenada pelo TSE. No cargo, espalhou desinformação sobre as urnas, contestou o processo de votação brasileiro e ainda indicou militares com inclinações golpistas para inspecionar o código-fonte na sede da Corte Eleitoral.
General Ramos: chefe do general Mário Fernandes na Secretaria-Geral da Presidência da República, foi um dos militares que permaneceram no Palácio do Planalto do início ao fim do governo Bolsonaro. A fama de "fofoqueiro" , segundo a imprensa, fez com que ele fosse excluído de algumas articulações. Mas, desde 2020, fazia ameaças golpistas. Em entrevista à Veja naquele ano, ele exigiu que o STF "não esticasse a corda".