27 fevereiro, 2025

Intercept Brasil

 

Os detalhes tristes e revoltantes sobre o que aconteceu com Thainara, a jovem de 18 anos morta ao tentar proteger o irmão durante uma abordagem policial, já foram contados algumas vezes aqui no Intercept.


Mas hoje é diferente, porque trazemos uma luz em meio a essa tragédia.


A Justiça decidiu que o Estado de Minas Gerais deve pagar uma pensão alimentícia para a filhinha de Thainara, que ficou órfã com apenas 4 anos.


Sabemos que nada vai trazê-la de volta e que a luta por justiça só começou , mas a pensão trouxe um pouco de alívio aos familiares que agora cuidam da menina, antes sustentada pelo trabalho da mãe.


Essa decisão judicial rara não veio do nada. Ela só aconteceu porque nossa reportagem revelou ao Brasil o que realmente aconteceu naquela noite.


O laudo, as imagens e os depoimentos que conseguimos expuseram as contradições da versão dada pelos vinte e três PMs envolvidos, provando que Thainara morreu por asfixia e apresentava hematomas.


O juiz responsável destacou ainda que a "vítima era de pequena estatura", "estava desarmada e os policiais se encontravam em maior número".


Juntos conseguimos um pouco de justiça, mas, como dissemos anteriormente, a luta só começou.


A pergunta "quem matou Thainara?" gritada nos protestos que tomaram as ruas e as redes sociais ainda está longe de ser respondida. Os responsáveis ainda não foram punidos. E é por isso que precisamos seguir pressionando. Você vem com a gente?


Doando R$ 20, R$ 30 ou R$ 50, você faz acontecer investigações como essa, que expõem abusos, indignam e causam mudanças reais na vida de pessoas normalmente ignoradas pela mídia tradicional.

Além da pensão paga à filha de Thainara, a decisão reconhece a responsabilidade do Estado de Minas Gerais na morte da jovem, o que é um passo importante na luta contra a violência policial como um todo.


Quando você apoia o jornalismo que revela as injustiças uma por uma, você está derrubando as estruturas opressoras. É disso que os poderosos têm medo, e é por isso que não podemos parar.


É indispensável ter alguém de olho nas instituições que perpetuam essas violências, pois elas não se corrigirão sem a nossa pressão.


Descobrimos, por exemplo, que a Polícia Militar de Minas Gerais sequer afastou os policiais que estavam na abordagem que ceifou a vida de Thainara, ao contrário do que haviam informado.


Você é parte dessa rede de transformação. Nos ajude a continuar desmascarando mentiras, cobrando as instituições e mobilizando a sociedade por mudanças profundas que salvam vidas.


Obrigada,

Equipe Intercept Brasil