| 20.01.2025 - O presidente Lula (PT) fala em reunião ministerial na Granja do Torto | Ricardo Stuckert/RP |
| A busca (desesperada) do governo Lula por uma marca |
| José Roberto de Toledo e Thais Bilenky |
| A reunião ministerial desta semana deflagrou uma busca acelerada do governo Lula por uma marca que embale a eleição de 2026. O lema "União e Reconstrução" envelheceu, na avaliação de ministros e assessores palacianos, e o governo pretende reagir à queda de popularidade. Há um problema existencial. Em seu terceiro mandato, Lula reabilitou antigas marcas como o Mais Médico, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o Bolsa Família. E agora sua equipe caça novidades bem-sucedidas para embalar a propaganda oficial. Os programas passados, quando lançados, foram todos objeto de polêmica e disputa política. Sobreviveram às críticas, deram vitórias ao governo, e as marcas colaram. As brigas compradas pelo governo ainda precisam ser testadas. O programa Pé-de-Meia teve bilhões bloqueados após denúncias de irregularidades feitas pelo UOL. O tema é um dos destaques do episódio desta semana do A Hora, podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo , disponível nas principais plataformas. |
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| Fernanda Torres em cena de "Ainda Estou Aqui" | Divulgação |
| 'Ainda Estou Aqui' no Oscar: A hora e a vez das famílias de desaparecidos |
| | Thais Bilenky |
| O sucesso do filme 'Ainda Estou Aqui', longa de Walter Salles triplamente indicado ao Oscar, baseado em livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, trouxe impacto direto para as famílias de desaparecidos na ditadura militar. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) determinou que os cartórios de todo o país mudem a certidão de óbito de gente que foi morta pela ditadura. No campo da causa mortis, antes se lia "Lei 9.140", aquela que reconhece a figura do morto em razão de atuação política na ditadura. Agora, o documento deverá informar que o óbito não decorreu de causa natural, mas sim de forma violenta, causada pelo Estado, no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política. |
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| O presidente Luiz Inácio Lula da Silva | 28.abr.2022-Evaristo Sá/AFP |
| Pior momento de Lula aumenta incerteza sobre sua sucessão |
| José Roberto de Toledo e Thais Bilenky |
| Nunca antes na história dos governos Lula o momento foi tão ruim. Não é exclusivamente pelo inédito saldo negativo na avaliação da sua gestão - pior até do que no auge do mensalão, 20 anos atrás. Tampouco é só pela perda de apoio entre os mais pobres. Nem é por causa da recente crise do Pix ou pelo desastrado anúncio de intervenção no preço dos alimentos apenas. O pior momento de Lula é fruto da falta de rumo do governo. Se há direção, não está dando para ver qual é. Dentro do barco - à mercê das correntes de desinformação, das ondas algorítmicas e das marés do mercado - o pessimismo cresce entre os passageiros. E vira preocupação quando veem a tripulação batendo cabeça. Enquanto o Ministério da Fazenda rema para um lado, a Casa Civil vira o leme para o outro. A área econômica diz, corretamente, que a inflação de alimentos é reflexo do dólar sobrevalorizado; enquanto isso, o Palácio do Planalto anuncia que vai colher sugestões do mercado para intervir nos preços. Depois recua. De novo (como já recuara na fiscalização do Pix). |
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| Ano começa com ameaças de Trump, mas respira com cinema |
| | Simone Freire |
| Licença pra chegar! Depois de um breve recesso, Nós Negros está de volta. Aqui, você confere tudo que ronda o debate (da política ao entretenimento) sobre a população negra no Brasil e no mundo. Bom 2025 para nós. *** A primeira newsletter do ano não poderia começar com outro tema: com a retomada de Donald Trump à Presidência dos EUA, o que deve respingar na população negra de lá e do mundo? As expectativas não são as melhores. Trump foi eleito com discurso - e prática - que nitidamente vão na contramão de propostas e políticas de inclusão social e reparação histórica pelos anos de escravização de africanos no país. O advogado e professor de direito internacional Thiago Amparo relembrou esta semana em sua coluna a conclusão do escritor Ta-Nehisi Coates sobre Trump: de que ele é o primeiro presidente branco da história dos Estados Unidos - não no sentido étnico-racial em si, mas pelo fato dele considerar Trump o 1º presidente cuja ideologia política é explicitamente a supremacia branca. Certo ou não, o fato é que Trump também se elegeu tendo o apoio de negros, principalmente da ala conservadora norte-americana. Em seu discurso de posse, Trump prometeu "forjar uma sociedade que não veja cor de pele e seja baseada no mérito", alavancando uma ideologia meritocrática e negando os aspectos sociais e econômicos aos quais negros e imigrantes são submetidos no país. O novo presidente também concedeu, recentemente, perdão a policiais condenados por matar um homem negro em Washington. Se fosse um xadrez, poderíamos dizer que o destaque dado aos CEOs de big techs em posse de Trump os confirmam no papel da rainha no tabuleiro. A primeira jogada da partida poderia ter vindo de Elon Musk, mas veio por Mark Zuckerberg, com quem Trump se encontrou em novembro do ano passado. CEO da Meta, dona do Facebook e do Instagram, Zuckerberg anunciou o fim dos programas de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) nas empresas, além do fim do sistema de checagem de fatos por profissionais. Nas redes, houve rebuliço diante da dúvida se haverá ou não a possibilidade de termos e expressões racistas não serem mais filtrados pela plataforma. |
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| | | Cynthia Erivo, Zoe Saldaña e Colman Domingo, indicados ao Oscar 2025. | Reprodução |
| Os espaços continuam sendo ocupados |
| Os olhos do mundo estão voltados para o que tem sido o retorno de Trump à Casa Branca, mas janeiro também deu espaço para o cinema. A organização do Oscar 2025 divulgou os indicados à premiação, e temos Fernanda Torres concorrendo como Melhor Atriz, além do filme "Ainda Estou Aqui" concorrendo como Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro. O que pode ter passado batido foram as indicações de artistas negros, em número menor que o ano passado, vale dizer. Foram indicados Cynthia Erivo, por Wicked; Zoe Saldaña, por Emilia Pérez, e Colman Domingo, por Sing Sing. Este último, aliás, também é diretor e escritor, e foi indicado no ano passado. Vale assistir qualquer filme com ele. Fica a dica! |
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| Expectativas foram atualizadas |
| Indicada quatro vezes ao Oscar, e vencedora de um deles, Viola Davis não está na lista deste ano, mas divulgou em suas redes uma lista também pra lá de especial com o elenco do longa "Filhos de Sangue de Osso", dirigido por Gina Prince -Bythewood ('A Mulher Rei'). O filme é uma adaptação do livro "Legacy of Orïsha", de Tomi Adeyemi, sobre fantasia e mitologia africana. Além de Davis, estão no elenco Thuso Mbedu ('A Mulher Rei'), Amandla Stenberg ('O Ódio Que Você Semeia'), Damson Idris ('Enxame'), Tosin Cole ('Supacell'), entre outros. A previsão de estreia é em janeiro de 2027. |
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| | Desde que foi anunciado como tema do enredo da Portela, os fãs aguardam ansiosos para ver Milton Nascimento na Sapucaí. Ano passado, a escola de samba divulgou um vídeo emocionante de homenagem a ele e seus integrantes. Mas um vídeo curto divulgado poucos dias atrás reanimou as expectativas, com Milton vestindo as cores da escola em uma visita antes do desfile oficial. Vale conferir a elegância do senhor Bituca.
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