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Mauro Cid volta a depor no STF e pode perder benefícios da delação premiada |
Carolina Juliano |
Ex-ajudante de ordem de Bolsonaro é intimado para explicar contradições. O ministro Alexandre de Moraes intimou o tenente-coronel Mauro Cid a ser ouvido pelo Supremo Tribunal Federal para esclarecer "contradições" entre seus depoimentos e investigações feitas pela Polícia Federal. O depoimento foi marcado após PF dizer a Moraes que Cid violou cláusulas de acordo de delação premiada omitindo e contradizendo depoimento prestado na terça sobre o plano de golpe de militares que incluiria o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Moraes. O ministro vai pedir um parecer à PGR sobre o relatório enviado pela PF e, dependendo da avaliação do procurador-geral, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro pode perder os benefícios da colaboração ou até voltar a ser preso. Mensagens recuperadas pela PF no celular de Cid indicam que ele atuou no monitoramento dos passos do ministro Alexandre de Moraes e, para a PF, esse era o passo inicial para o sequestro ou assassinato do ministro. PT pede a Lira que arquive PL da anistia após plano golpista vir a público. O partido entregou um documento de solicitação de arquivamento do projeto que tenta livrar da cadeia os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de Janeiro. O partido citou o atentado a bomba no STF e a revelação de um plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes para justificar o pedido. A decisão sobre o arquivamento cabe a Arthur Lira; O pedido menciona que o PL da Anistia concederia perdão a "comandantes da trama golpista" e estimularia extremistas. Militares aceitam exigências de Haddad e entram no ajuste fiscal. De acordo com a colunista do UOL Raquel Landim, os ministérios da Fazenda e da Defesa fecharam um acordo para fazer uma reforma na previdência dos militares e incluir as Forças Armadas no pacote de ajuste fiscal. Segundo a coluna, a Defesa aceitou as quatro exigências feitas pelo ministro da Fazenda: acabar com a morte ficta, que ocorre quando um oficial é expulso das Forças, mas sua família segue recebendo benefícios; encerrar a transferência de pensão para a viúva e extinguir o direito das filhas; instituir uma contribuição de 3,5% dos militares para os fundo de Previdência; e estabelecer uma idade mínima de aposentadoria de 55 anos. Brasil e China firmam 37 acordos bilaterais. Em visita oficial a Brasília após a reunião do G20, o presidente chinês Xi Jinping e o presidente Lula assinaram acordos que incluem diversos setores da economia, do agronegócio ao audiovisual. Entre eles, a participação de capital chinês em obras do PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento), abertura de quatro mercados para produtos agropecuários brasileiros, para exportação de toneladas de café, além de iniciativas para estimular o desenvolvimento sustentável, desenvolvimento tecnológico e a indústria audiovisual. Leia mais. Estudo mostra que 8 a cada 10 homens mortos por armas de fogo são negros. O relatório "Violência Armada e Racismo: o papel da arma de fogo na desigualdade racial" do Ministério da Saúde mostrou que homens negros têm três vezes mais chances de morrerem por disparos de armas de fogo do que os brancos. Em 10 anos, de 2012 a 2022, 79% das vítimas de homicídio do sexo masculino eram negras. O relatório aponta a desigualdade racial nos conflitos armados e mostra a região Nordeste como a mais violenta, com 57,9 mortes desse tipo por 100 mil homens. Segundo o estudo, os estados do Nordeste passaram por um aumento da violência na última década como resultado da expansão das facções criminosas e da violência armada para conquistar novos territórios. Veja todos os números. |
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Tribunal Penal Internacional pede prisão de Netanyahu, Gallant e líder do Hamas | |||||||||||||
O Tribunal Penal Internacional emite ordens de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoal Gallant e contra o comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, que Israel diz ter sido morto durante um ataque em agosto. Na decisão, os juízes afirmam que há "motivos razoáveis" para considerar os três "responsáveis criminalmente" por crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante a guerra entre Israel e o Hamas.
Ucrânia acusa Rússia de ataque com míssil intercontinentalA Ucrânia afirmou nesta quinta que a Rússia disparou um míssil balístico intercontinental (MBI) equipado com explosivos convencionais contra a cidade de Dnipro, no leste do país. A afirmação, porém, foi recebida com ceticismo por autoridades de países alinhados à Ucrânia. A Rússia não comentou. Produzidos em massa por EUA e União Soviética para eventual ataque nuclear durante a Guerra Fria, os MBIs nunca haviam sido usados em um conflito até agora. Se confirmado, o ataque com MBI é mais um passo na escalada do conflito após a eleição de Donald Trump nos EUA. Desde então, a Ucrânia já disparou pela primeira vez mísseis americanos e britânicos de longo alcance contra o território russo, e Putin assinou a nova doutrina nuclear, que amplia o leque de possibilidades de uso de armas atômicas. EUA pedem que Google venda ChromeO governo americano pediu à Justiça que obrigue o Google a vender o seu navegador de internet Chrome. O Departamento de Justiça também propõe que o Google venda seu sistema operacional para celulares Android ou elimine os acordos com fabricantes de smartphones que tornam o mecanismo de busca da marca padrão nos aparelhos. A empresa foi condenada em agosto por usar sua liderança de mercado para manter uma posição de monopólio no mercado de buscas online, impedindo ou dificultando ilegalmente a concorrência. O Google classificou o pedido do governo de "extremo". A empresa deve apresentar sua proposta de acordo no final de dezembro. Impasse na COP29A COP29 chega à véspera do encerramento, previsto para amanhã, com um impasse sobre os pontos fundamentais do texto da declaração final. No momento, há duas propostas na mesa. Uma delas, apoiada pelos países em desenvolvimento, prevê que a contribuição internacional para o combate às mudanças climáticas nos países mais pobres seja bancada exclusivamente pelos países mais ricos. Os países desenvolvidos querem que todas as contribuições, inclusive as realizadas entre países em desenvolvimento, o que incluiria a China, entrem na conta. Nenhuma das duas propostas, porém, estabelece um valor. Economistas que participaram da conferência, em Baku, no Azerbaijão, dizem que os países pobres precisam de US$ 1 trilhão até o final da década para enfrentar o aquecimento global. Os negociadores estão trabalhando em uma terceira proposta. Lula e Xi Jinping reforçam aliançaOs presidentes Lula e Xi Jinping reforçaram o discurso de aliança do Sul Global em encontro pós-G20 ontem em Brasília. Também foram assinados 37 acordos de cooperação, mas o Brasil não aderiu à Nova Rota da Seda - programa chinês que críticos dizem que pode aumentar a dependência de seus participantes em relação à China e sofre oposição dos EUA. Na terça, o governo brasileiro também assinou um protocolo com a empresa de conexão à internet por satélites SpaceSail, concorrente da Starlink, de Elon Musk. O acordo prevê um estudo do mercado brasileiro pela empresa chinesa e eventual parceria com a Telebrás a partir de 2026. EUA vetam proposta de cessar-fogo em GazaOs Estados Unidos vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um "cessar-fogo imediato, incondicional e permanente" na Faixa de Gaza, que deveria "ser respeitado por todas as partes", e "a libertação imediata e incondicional de todos os reféns". Todos os outros 14 membros do conselho, incluindo os membros permanentes França e Grã-Bretanha, votaram a favor da resolução. O vice-embaixador americano na ONU, Robert Wood, justificou o veto, dizendo que, para os EUA, "teria que haver um vínculo entre o cessar-fogo e a libertação dos reféns". Foi o quarto veto americano alinhado aos interesses israelenses a um pedido de cessar-fogo neste ano. Nobel de Paz ataca uso de minas pela UcrâniaA Campanha Internacional para a Proibição de Minas Antipessoais (ICBL) classificou de "terrível" a decisão dos EUA de fornecer minas antipessoais à Ucrânia, revelada na terça. A crítica da ICBL, ganhadora do Nobel da Paz de 1997, se baseia no risco que o armamento representa para os civis. O relatório anual do Observatório de Minas Antipessoais, divulgado ontem, mostra que em 2023 minas e resíduos explosivos de guerra mataram ou feriram pelo menos 5.757 pessoas (22% mais do que em 2022) em cerca de 50 países. Os civis representam 84% das vítimas. Os EUA afirmam que as minas destinadas à Ucrânia serão equipadas com um dispositivo de autodestruição ou autodesativação, o que teoricamente reduziria os riscos para os civis.
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