Mesmo com fila da endometriose zerada, SP não reativa serviço de aborto em hospital de referência [Folha de S.Paulo] A gestão Ricardo Nunes (MDB) acelerou o número de cirurgias de endometriose realizadas na rede municipal de São Paulo neste ano de eleições municipais. Em 2021, primeiro ano do governo Bruno Covas e Nunes, 87 cirurgias do tipo foram feitas na rede. Em 2022, foram 180. O número caiu para 89 em 2023 e saltou para 313 no período de janeiro a agosto deste ano. Os dados foram obtidos via LAI (Lei de Acesso à Informação) e, de acordo com a prefeitura, indicam que a fila pela cirurgia de endometriose foi zerada em São Paulo. Desse total de cirurgias desde 2021, mais de metade (342) foi realizada no Hospital Municipal e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, unidade de referência no serviço de aborto legal que encerrou os atendimentos de interrupção da gravidez com a justificativa de que era necessário dar espaço a uma demanda reprimida de cirurgias envolvendo a saúde da mulher. Mais » |
| [g1] Cerca de 40% dos 1.133 prontuários de vítimas de violência sexual atendidas no Hospital da Mulher da Unicamp (Caism), em Campinas (SP), entre 2011 e 2018, representavam meninas de até 17 anos. Dessas, 66% relataram não ter experiências sexuais anteriores ao estupro. Isso significa que, para quase sete em cada 10 adolescentes atendidas pelo serviço de saúde no período, o abuso sofrido foi o primeiro contato com o sexo – o que pode trazer consequências para o resto da vida, conforme ressalta a psiquiatra Maria Teresa Ferreira Côrtes. ’A iniciação sexual é um marco muito importante da sexualidade como um todo, mas tem um papel importante na formação da sexualidade, e uma iniciação por meio de uma violência pode se correlacionar com uma série de impactos de saúde mental, uma série de impactos de saúde física e sexual ao longo de uma vida toda’, explica. O levantamento faz parte da pesquisa de mestrado de Côrtes, orientada pela professora Renata Cruz Soares de Azevedo. Mais » |
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