08 julho, 2024

Em reviravolta, esquerda vence eleições na França e impede avanço da ultradireita.

 





Não consegue visualizar esse email? Clique aqui
resumo-do-dia
Segunda-feira, 8/07/2024
 
Olympia de Maismont / AFP
 
  
Frente de esquerda vence eleições na França e impede avanço da ultradireita
Carolina Juliano

* Frente de esquerda e centro impede vitória da ultradireita na França. A coalizão de esquerda Nova Frente Popular surpreendeu no segundo turno das eleições legislativas francesas e tornou-se o maior bloco parlamentar do país. O pleito foi marcado pela ascensão da ultradireita e pelo forte comparecimento de 67% dos franceses às urnas, o maior desde 1981. A NFP conquistou 181 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela coalizão Juntos, do presidente Emmanuel Macron, com 166 cadeiras, e pela antes favorita Reunião Nacional, de ultradireita, com 143 deputados. Mesmo chegando em terceiro, o grupo ligado a Marine Le Pen dobrou seu número de assentos no Parlamento. Nenhum dos grupos, no entanto, conquistou maioria absoluta de 289 dos 577 deputados, o que implica a necessidade de alianças para governar. Leia mais.
**
Primeiro-ministro francês diz que vai entregar o cargo. Diante dos resultados das urnas, o atual premiê da França, Gabriel Attal, disse que apresentará hoje seu pedido de demissão ao presidente Emmanuel Macron. Attal está no cargo desde o início deste ano e é do mesmo partido que Macron. O líder de esquerda Jean-Luc Mélenchon, que saiu vitorioso das urnas, fez um apelo para que Macron convoque seu grupo a formar um novo governo. Saiba quem é Mélenchon.

* Cúpula do Mercosul sem Milei vai oficializar adesão da Bolívia. Lula participa hoje do encontro de chefes de Estado dos países-membro o Mercosul, em Assunção, no Paraguai. A cúpula está envolta em polêmicas pela ausência do presidente da Argentina, Javier Milei, que vem atuando nos bastidores para desmontar instituições e projetos sociais no Mercosul. Após oito anos de negociações, o bloco deve oficializar nesta reunião a entrada da Bolívia no bloco. O presidente boliviano, Luís Arce, informou que aderiu formalmente ao Mercosul após promulgar uma lei aprovada pelo Congresso. Ao final do encontro, a presidência do bloco será passada do Paraguai para o Uruguai. Leia mais.

* Presidente da Argentina participa de encontro com Bolsonaro. Javier Milei esteve ontem do congresso conservador CPAC, versão brasileira do encontro americano Conservative Political Action Conference, que foi realizado no Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Ao lado da família Bolsonaro, o argentino disse que o ex-presidente sofreu "perseguição judicial", criticou governos de esquerda, citando a Bolívia e a Venezuela, e fez um discurso sobre o que chamou de "fracasso do socialismo". Em sua fala de quase 30 minutos, no entanto, Milei não fez nenhuma citação a Lula. Veja como foi o encontro.

* Brasil termina Copa América atrás do Canadá e sem solução para 2026. A seleção brasileira foi eliminada da Copa América sábado, pelo Uruguai, em partida que terminou empatada em 0 a 0 no tempo regulamentar e foi decidida nos pênaltis. Com o resultado, o Brasil terminou a competição atrás do Canadá, que se classificou e vai disputar uma vaga na final com a Argentina. A outra vaga será decidida entre Uruguai e Colômbia. Segundo críticos, a seleção formada por Dorival Júnior não empolgou em nenhum momento, não impôs um jogo coletivo bem definido nem teve protagonistas, e volta dos Estados Unidos sem deixar nenhum legado para a continuação dos trabalhos. Leia a análise completa.

* Deputados usam 'emenda Pix' para turbinar prefeituras de parentes. Reportagem da Folha mostra que os parlamentares engordaram os caixas de prefeituras comandadas por familiares com o envio de transferências especiais. Cerca de R$ 4,4 bilhões foram enviados por meio desse tipo de repasse, que tem baixa transparência e não aponta a área em que será aplicado, neste ano eleitoral. Em 2022, ano das últimas eleições, o valor das 'emendas pix' foi de R$ 1,5 bilhão. O valor destinado a emendas tem crescido substancialmente nos últimos anos e analistas atribuem isso 

à dificuldade dos últimos governos em formar uma maioria no Congresso Nacional. Em 2014, as emendas representavam cerca de R$ 10 bilhões do Orçamento, agora subiram para mais de R$ 50 bilhões. Veja os municípios que mais receberam.

Não consegue visualizar esse email? Clique aqui
de-olho-no-mundo
Segunda-feira, 8/07/2024
 
Emmanuel Dunand / AFP
 
  
Em reviravolta, frente de esquerda vence eleição na França, mas sem obter maioria
Daniela Fernandes

1. Em guinada surpreendente, esquerda vence eleições na França. A Nova Frente Popular com os principais partidos de esquerda elegeu 182 deputados, bem distante dos 289 necessários. A frente republicana para barrar a extrema direita de Marine Le Pen também favoreceu o movimento do presidente Emmanuel Macron, que chegou em 2° lugar, com 168 cadeiras. A direita radical, que estava à frente no primeiro turno, terminou em 3°. O Reunião Nacional de Le Pen e seus aliados conquistaram 143 cadeiras, um avanço na comparação com as legislativas 2022. Os resultados criam um impasse político e não é certeza que a esquerda fará uma coalizão para conseguir aprovar seu programa. O primeiro-ministro Gabriel Attal apresentou pedido de demissão, mas o presidente Emmanuel Macron pediu que ele fique no cargo "no momento" para assegurar a estabilidade do país. Estima-se que Attal deva permanecer na função até o fim das Olimpíadas.

2. Hamas aceita negociar libertação de reféns sem cessar-fogo permanente. Um representante do movimento palestino disse à agência AFP que a exigência de uma trégua total e permanente antes de negociar um acordo "foi superada." Israel enviará uma delegação a Doha nos próximos dias para conversar com mediadores do Catar. O premiê Benjamin Netanyahu descartou o fim da guerra e declarou que o acordo de cessar-fogo deve permitir que Israel retome os combates até que seus objetivos - entre eles a destruição do Hamas - sejam alcançados. Protestos no domingo em Israel contra o governo de Netanyahu exigiram novas eleições e um acordo para a libertação dos reféns.

3. Biden retoma campanha em meio a pressão para que desista. O presidente dos EUA participou de eventos na Pensilvânia no domingo e assegurou que estava pronto para mais uma disputa. Mas quatro democratas de alto escalão disseram em uma ligação com figuras-chave do partido que é hora de Biden encerrar sua campanha, diz o The New York Times, acrescentando que isso reflete o pânico crescente entre os principais democratas sobre a viabilidade da candidatura de Biden após sua desastrosa performance no debate contra Donald Trump.

4. Temperaturas recordes atingem o oeste dos EUA. Cerca de 36 milhões de americanos enfrentam um domo de calor na Califórnia, que também paira sobre o Arizona, Utah e Nevada. As temperaturas estão bem acima do normal para esta época do ano e a onda de calor deve persistir durante a semana. Os termômetros chegaram a 53°C no Vale da Morte, deserto no leste da Califórnia. No Texas, mais de um milhão de pessoas estão em alerta após a chegada do furacão Beryl nesta segunda. Ele destruiu áreas no Caribe e matou pelo menos 11 pessoas, mas perdeu intensidade nos últimos dias. O mês de junho foi o mais quente da história, segundo o observatório europeu Copernicus.

5. Pistolas de Napoleão Bonaparte são leiloadas por quase 1,7 milhão de euros. As duas armas com ornamentos de ouro e prata são classificadas de "tesouros nacionais" e foram utilizadas pelo imperador em uma tentativa de suicídio após sua primeira abdicação, em 1814. A venda, realizada no domingo, ocorre após o ministério francês da Cultura classificar as pistolas como patrimônio histórico e proibir sua exportação. O governo francês terá 30 dias para fazer uma oferta de compra ao novo proprietário, que não foi identificado. Um bem cultural classificado como tesouro nacional só pode sair da França temporariamente. No ano passado, o célebre chapéu de duas pontas de Napoleão I foi vendido por 1,9 milhão de euros, um recorde mundial.

Deu no Financial Times: "O novo presidente reformista do Irã conseguirá cumprir suas promessas?" O jornal escreve que Masoud Pezeshkian, cirurgião cardíaco eleito na votação de sexta-feira, promete reformar um sistema que milhões de iranianos acreditam ser impossível de mudar. Após sua vitória, ele reconheceu que o caminho não será fácil. O Irã é uma das economias que mais sofrem sanções no mundo, a população está desiludida e o poder está concentrado nas mãos do guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei. Durante a campanha, Pezeshkian prometeu a retomada do diálogo com os EUA para atenuar as sanções e o fim da repressão contra mulheres que se recusam a usar o véu islâmico. Mas, ao mesmo tempo, ele claramente expressou sua obediência a Khamenei. Leia mais.

Cidad3: Imprensa Livre!!!