11/12/1910 – Nascia um dos mais Geniais Compositores Brasileiros: Noel De Medeiros Rosa, no chalé da Rua Teodoro da Silva, Vila Isabel, RJ, de parto a fórceps, que provocou afundamento e fratura do maxilar, causando no queixo um defeito que o acompanhou pela Vida. Evitava comer em público pela dificuldade de mastigar. Uma curta, mas, talvez a mais Produtiva carreira da MPB. Em 8 anos, Noel Rosa influiu decisivamente na Cultura Brasileira. Compôs Mais de 250 Composições. Tudo era motivo para Compor. Seus Sambas foram Gravados pôr todos os Grandes Cantores e Cantoras Brasileiras. Segundo Almirante, Noel Escrevia para outros Compositores, sem fazer questão de aparecer como Autor. Começou no Bando Dos Tangarás. Formado por Carlos Braga – João De Barro – Braguinha E Henrique Fóreis Domingues – O Almirante. Seu 1o. Sucesso foi Com Que Roupa? /1930. Um compacto Vendeu 15 mil exemplares, um Recorde para época. Em 1931 Gravou Um Gago Apaixonado. Respeitado em todas as Emissoras e Programas de Rádios, chegou a ter um quadro no Programa Casé, da Rádio Philips. Fazia Improvisações e acumulava as funções de Cantor e contra-regra. Também era Caricaturista.
Gozador, frequentador de bordeis, mulherengo. O botequim era seu Verdadeiro e predileto bar: “Noel Rosa dormia pouco, comia pouco e bebia muito” Braguinha. Em 1934 casou-se com Lindaura Pereira da Mota. Ela com 13 ele com 23 anos. Mas teve Juraci Correia de Morais, a Ceci, Amante e Musa. Não era segredo para ninguém – nem para esposa. Para a Amante Compôs Pra Que Mentir E O Último Desejo – Gravado Por Aracy De Almeida, em julho/1937, quando ele já havia partido. Pela sua Vida Boêmia, sofreu muito com a tuberculose. Num desses tratamentos, deixou um bilhete para Almirante: “Tenho pena daqueles que estou incomodando com a minha merecida moléstia”. Partiu na mesma Casa que Nasceu, em 04/05/1937, aos 27 anos.
“Noel Rosa é uma Escola especial dentro das diversas Escolas que Compõem o universo do Samba. É o Pioneiro de uma forma, na qual a Poesia popular, altamente sofisticada, embora saindo de maneira simples, junta-se a uma Melodia inspirada, de Grande refinamento, dando as suas Composições uma dimensão poucas vezes atingida na história da nossa Música popular” Paulinho Da Viola.
Filosofia
O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia
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