A China elevou hoje as tarifas de importação sobre bens americanos de 84% para 125%.
A medida foi tomada um dia após a Casa Branca esclarecer que a tarifa americana sobre produtos chineses é de 145%: os 125% anunciados por Trump anteontem mais 20% impostos no começo do governo.
O governo chinês também disse que não irá promover novos aumentos e classificou a política comercial dos EUA de "uma piada na história da economia global".
"Com as tarifas no nível atual, não há mais mercado para produtos dos EUA importados pela China, se o governo dos EUA continuar a aumentar as tarifas sobre a China, Pequim irá ignorar".
As Bolsas chinesas fecharam em alta nesta sexta, mas o índice Nikkei, do mercado de Tóquio, caiu quase 3%.
Na Europa, os principais mercados também operavam em queda no meio da manhã. A exceção era a Bolsa de Londres, que subia, após a divulgação de que a economia britânica cresceu 0,5% em fevereiro.
Ontem, as Bolsas americanas e o Ibovespa fecharam o dia em forte queda.
Europa ameaça big techs americanas
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o bloco analisa medidas de retaliação na guerra comercial com os EUA que podem atingir as big techs americanas, como Meta (Facebook e Instagram) e Google.
"Um exemplo [de medida retaliatória em estudo] é impor uma taxa sobre as receitas de publicidade dos serviços digitais", afirmou von der Leyen, se as negociações com os EUA "não forem satisfatórias".
Segundo ela, a taxa sobre serviços seria imposta no âmbito da Comissão Europeia, para todos os países do bloco.
As declarações foram feitas em entrevista ao jornal Financial Times. Von der Leyen classificou a guerra comercial iniciada por Trump de "uma completa inflexão no comércio mundial" e na relação com os EUA. "Nós nunca mais vamos voltar ao status quo [anterior]."
Eleição no Equador: pesquisas mostram empate
Os equatorianos irão às urnas neste domingo para o segundo turno da eleição presidencial. As pesquisas mostram um empate técnico entre Daniel Noboa, o atual presidente de centro-direita alinhado a Trump, e a oposicionista Luisa González, ligada ao ex-presidente de esquerda Rafael Correa.
No primeiro turno, a diferença entre eles foi de menos de um ponto percentual. Dois levantamentos recentes mostram Luisa à frente, e outro, coloca Noboa na liderança, mas nas três pesquisas a diferença está dentro da margem de erro.
O pleito ocorre em meio à maior crise de segurança da história do país, marcada por uma onda de violência, alta no número de homicídios e uma guerra entre gangues que dominam os presídios.
Europa avança discussão sobre acordo com Mercosul
A Comissão Europeia deve apresentar aos países do bloco a versão final do acordo com o Mercosul até o fim de setembro.
O anúncio foi feito ontem pelo porta-voz de Comércio da comissão, Olof Gill. Segundo ele, a partir de agora, a comissão discutirá "de forma contínua (...) as claríssimas vantagens do acordo de um ponto de vista econômico e geopolítico" com os países da União Europeia.
O acordo foi assinado entre os dois blocos no Rio de Janeiro, em dezembro.
O próximo e mais difícil passo é sua aprovação pelo Conselho da União Europeia, onde precisa do apoio de pelo menos 15 dos 27 países, representando 65% da população do bloco.
Os países que defendem a ratificação do acordo, Alemanha à frente, retomaram a ofensiva por sua aprovação depois do início da guerra comercial deflagrada por Trump.
França, Itália e Polônia continuam se opondo ao tratado, mas a Áustria recentemente retirou suas objeções e passou a apoiar o acordo.
Suprema Corte manda Trump trazer imigrante de volta
A Suprema Corte ordenou ao governo Trump que "facilite" o retorno de um imigrante salvadorenho deportado por engano em março e enviado para uma prisão em El Salvador. A decisão foi tomada por unanimidade pelos nove juízes do tribunal.
Na sentença, a Suprema Corte afirma que o governo deve "garantir que sua situação seja tratada como deveria, se ele não tivesse sido transferido indevidamente para El Salvador".
Ábrego García é casado com uma americana. Em 2019, um juiz decidiu que ele não deveria ser deportado porque poderia estar em perigo em El Salvador.
O governo admitiu o "erro administrativo", mas diz não ter como repatriar García, a quem acusa, sem exibir provas, de pertencer a uma gangue. García e sua esposa negam a acusação.
Seis mortos em queda de helicóptero nos EUA
Seis pessoas morreram na queda de um helicóptero ontem no rio Hudson, que separa Nova York do estado de Nova Jersey: o CEO espanhol da filial americana da Siemens, sua mulher, três filhos e o piloto.
Imagens postadas em redes sociais mostram o helicóptero caindo de cabeça para baixo.
Segundo a autoridade de aviação americana, a aeronave era um monomotor Bell 206L-4 LongRanger IV, de fabricação americana. O modelo é similar ao helicóptero cuja queda causou a morte do jornalista Ricardo Boechat, em 2019.
Ainda ontem, as asas de dois aviões da American Airlines se chocaram em uma pista no aeroporto Ronald Reagan, em Washington. Uma das aeronaves transportava seis congressistas. Não houve feridos.
Em janeiro, um avião da American Airlines que se aproximava do mesmo aeroporto colidiu no ar com um helicóptero militar, deixando 67 mortos.