Bom dia!
As ações da Nvidia despencam mais de 5% no pré-mercado em Nova York, isso após o governo de Donald Trump bloquear a venda de chips da companhia para a China. O modelo em questão é um semicondutor ligado à inteligência artificial.
Não é a primeira vez que a companhia é alvo de restrições baseadas em política. Antes mesmo da guerra comercial de Trump, os EUA já travavam uma disputa tecnológica com a China. De um lado, há o receio de que os produtos exportados para o país de Xi Jinping sejam copiados, desrespeitando patentes. De outro, a China mostrou, no começo do ano, que não precisa de superchips para produzir seu próprio “ChatGPT”.
Os papéis da Nvidia recuam 16,5% em 2025, mas ainda sobem mais de 30% no acumulado em doze meses. Em uma janela de cinco anos, a valorização foi de 1.500%, tudo porque a companhia foi aclamada a líder de mercado na produção dos processadores para atender a demanda de IA.
A ASML, empresa holandesa do setor de processadores, também foi alvo dos americanos, ao ser pressionada a interromper suas vendas para a China. As ações da companhia recuam mais de 4% nesta quarta, após a companhia divulgar estimativas fracas de venda para o próximo ciclo. Os executivos da empresa disseram que não conseguem fazer projeções com convicção, dadas as incertezas ligadas à guerra comercial.
As bolsas globais compraram o pessimismo tech e recuam neste começo de manhã, com destaque para a baixa de mais de 1% dos futuros do Nasdaq. Os mercados europeus também cedem, enquanto o EWZ, fundo que representa a bolsa brasileira em Nova York, fica perto do zero a zero.
Na agenda econômica, investidores acompanham as vendas do varejo nos Estados Unidos, em busca de novos sinais sobre a solidez da economia americana. Além disso, o presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, discursa em evento.
Por aqui, a agenda é fraca, com destaque para a participação do ministro Fernando Haddad (Fazenda) em programa de TV. Bons negócios.