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Haddad fará pronunciamento; inflação nos EUA; veja os destaques do dia |
Diogo Rodriguez |
Bom dia, investidores, Veja quais são os destaques desta quarta (27):
Haddad planeja pronunciamento à nação para explicar cortes de gastos
Caged divulga dados de contratações formais em outubro
EUA: dia tem informações do PIB e da inflação
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na terça (26):
Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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Famílias começam a voltar para o sul do Líbano após cessar-fogo | |||
Um acordo de cessar-fogo entre o Hezbollah e Israel entrou em vigor às 23h de ontem (horário de Brasília), após a aprovação pelo gabinete de guerra de Israel da proposta negociada entre EUA, França e Líbano. Pelo tratado, o Hezbollah se compromete a retirar suas forças para o norte do rio Litani, a 30 km da fronteira, e a parar o lançamento de foguetes. Em contrapartida, Israel deve retirar suas tropas do Líbano e suspender o bombardeio do país. A área entre o rio Litani e a fronteira com Israel será patrulhada pelo Exército libanês e por forças da ONU. O confronto entre Israel e o Hezbollah deixou mais de 3,7 mil mortos no Líbano, a maioria depois do início da campanha de bombardeios quase diários e da invasão do território libanês pelo Exército israelense há dois meses. Caminho de voltaMilhares de famílias deslocadas pela ofensiva militar israelense começaram a voltar para o sul do Líbano nesta quarta-feira. Segundo reportagem da BBC, um trecho da viagem entre Beirute e a região de fronteira com Israel, que normalmente é feito em 20 minutos, está levando mais de quatro horas devido aos grandes congestionamentos. Alguns carros levam bandeiras do Hezbollah e fotos do líder Hassan Nasrallah, assassinado por Israel. O retorno dos deslocados é estimulado pelo governo libanês. "Eu os convido a voltar para casa. Voltem à sua terra", disse o porta-voz do Parlamento, Nabih Berri. Apesar do cessar-fogo em vigor desde a madrugada, Israel alertou que a volta de civis para algumas regiões do sul do Líbano ainda não é segura. G7 x VenezuelaOs ministros de Relações Exteriores dos países do G7, grupo de países industrializados liderados pelos EUA, afirmaram em comunicado conjunto nessa terça-feira que o povo venezuelano fez "escolha clara" por Edmundo González Urrutia, "de acordo com os registros eleitorais disponíveis publicamente". A nota afirma que o grupo continuará a apoiar os esforços de parceiros regionais por uma "transição pacífica que respeite a vontade dos eleitores". O governo da Venezuela classificou a declaração como fruto do "complexo colonialista e imperialista" e acusou o G7 de tentar criar um "Guaidó 2.0", em referência ao líder da oposição venezuelano que se autodeclarou presidente interino em 2019 e foi reconhecido pelos EUA e por vários de seus aliados. A resposta do MéxicoA presidente do México, Claudia Sheinbaum, ameaçou ontem impor tarifas sobre produtos americanos em retaliação à sobretaxa de 25% anunciada por Donald Trump a importações do México e do Canadá. "O fenômeno da migração ou o consumo de drogas nos Estados Unidos não será resolvido com ameaças ou tarifas", disse Sheinbaum, lendo trecho de um carta enviada por ela a Trump. Sob pressão do Parlamento para também retaliar, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, adotou uma postura mais cautelosa e disse que teve uma "conversa construtiva" com Trump por telefone. Além da tarifa de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses, Trump também anunciou uma sobretarifa de 10% para itens chineses, que já haviam sido penalizados pelo governo Biden. Rússia tem avanço inéditoAs forças russas estão avançando na Ucrânia no ritmo mais rápido desde o início da invasão, em fevereiro de 2022, segundo reportagem da agência de notícias Reuters. Há relatos de que, só em novembro, as tropas de Putin tomaram mais de 600 quilômetros quadrados do território de Zelensky e já controlam 18% da área do país. "Os avanços das forças russas no sudeste da Ucrânia são, em grande parte, o resultado da descoberta e da exploração tática de vulnerabilidades nas linhas da Ucrânia", disse o Instituto para o Estudo da Guerra, com sede em Washington. Nessa terça, porém, o governo russo admitiu pela primeira vez danos ao seu sistema de defesa antiaérea, provocados por mísseis de longo alcance americanos disparados pela Ucrânia. E hoje o Parlamento russo aprovou um aumento de 30% no orçamento militar.
China verdeAs emissões de gás carbônico da China devem atingir seu pico neste ano ou no que vem e então começar a cair, na visão de um crescente números de especialistas, segundo o site de notícias americano Semafor. Desde 2015, o país é responsável por 90% do crescimento das emissões de gases do efeito estufa. A tendência de reversão dessa situação é resultado do boom na produção de equipamentos de energia sustentável pelo país. De acordo com o Global Energy Monitor, a China tem projetos de energia solar e eólica em andamento que totalizam 339 GW, o dobro da capacidade do restante do mundo. Na opinião do professor Jeffrey Frankel, da Universidade de Harvard, porém, tarifas alfandegárias sobre produtos chineses impostas pela Europa e pelos EUA podem atrasar o avanço em países do Ocidente. |
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PF diz que Bolsonaro planejou, atuou e teve domínio de plano de golpe |
Carolina Juliano |
Provas colocam ex-presidente no centro a trama golpista. O relatório da Polícia Federal sobre a investigação da tentativa de golpe de Estado afirma que Jair Bolsonaro "planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva" em várias frentes. O documento também diz que o ex-presidente tinha conhecimento do plano para assassinar o presidente Lula, o vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo a PF, o golpe só não ocorreu por fatos "alheios à vontade" do ex-presidente. A investigação elenca oito episódios para apontar o papel de Bolsonaro na tentativa golpista que só não se consolidou, segundo a PF, por causa da negativa dos comandantes do Exército e da Aeronáutica na época. Além disso, a maioria do Alto Comando do Exército não teria aderido ao golpe. Após o indiciamento, Bolsonaro negou os crimes e disse que não se pode punir o que chamou de "crime de opinião", ao tratar do plano de assassinato de Lula. Leia a íntegra do relatório. PF suspeita que Mauro Cid vazou delação a Braga Netto. Documentos encontrados pela Polícia Federal na mesa do coronel Flávio Peregrino, braço direito de Braga Netto, descrevia perguntas e respostas relacionadas ao acordo de delação premiada. O texto não tem assinatura, mas as respostas dadas na primeira pessoa do singular fizeram os investigadores suspeitarem que foram redigidas por Cid. O relatório da PF acrescenta que o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro é suspeito de blindar Braga Netto. O documento tem um tópico chamado de "outras informações" no qual o general é apresentado como um democrata. Outro general citado é Mario Fernandes. O texto diz: "Perguntaram muito do gen Mario". O militar é suspeito de liderar o grupo de oficiais do Exército que planejou os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. Leia trechos do texto. Haddad avalia fazer pronunciamento à nação para justificar cortes. Na mensagem dirigida à população, o ministro defenderia a política econômica do governo, incluindo a adoção de medidas para frear o ritmo de crescimento das despesas. A ideia de um pronunciamento foi proposta por integrantes do Palácio do Planalto e a expectativa era que a mensagem fosse gravada ontem. O ministro deve se reunir hoje e amanhã com líderes partidários da Câmara e do Senado e com os presidentes das duas Casas e anunciar o pacote até quinta-feira. As medidas devem ter um impacto de cerca de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões em 2025, e de R$ 40 bilhões em 2026. Prévia da inflação acelera em novembro e fura teto da meta. O IPCA-15 divulgado ontem pelo IBGE subiu 0,62% em novembro, ante alta de 0,54% do mês anterior. O avanço é 0,14 ponto percentual maior do que as projeções do mercado financeiro e, com essa aceleração, o índice supera o teto da meta de inflação no acumulado em 12 meses. A inflação do Brasil aparece agora acima da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual da alta de 3% idealizada pelo Conselho Monetário Nacional para 2024. Os preços subiram em oito dos nove grupos pesquisados e o principal vilão foi o de alimentos e bebidas, com alta de 1,34%. Veja os números. Israel aprova cessar-fogo de dois meses com o Hezbollah. O acordo foi mediado pelo governo dos Estados Unidos. O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu disse em um pronunciamento que Israel está pronto "para devolver os cidadãos [deslocados pela guerra] para o norte" e prometeu voltar ao ataque se o Hezbollah violar o acordo. O premiê disse que o cessar-fogo é necessário para reforçar suas tropas com armamentos, depois de mais de um ano de conflito em várias frentes. O acordo deve começar a valer a partir hoje e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que espera que ele seja permanente e dê início a um processo de paz na região. Leia mais. Botafogo vence Palmeiras e fica perto do título brasileiro. Líder e vice-líder do Campeonato Brasileiro se enfrentaram na noite de ontem no Allianz Parque, em São Paulo. O Botafogo venceu por 3 a 1 e se isolou no topo da tabela com 73 pontos, três a mais que o Palmeiras. O título botafoguense pode ser definido já na próxima rodada, na quarta que vem, caso o clube vença o Internacional e o Palmeiras não supere o Cruzeiro. Antes disso, o clube carioca encara, no sábado, o Atlético-MG na final da Copa Libertadores da América. Saiba como foi a partida. Deputado francês compara carne brasileira a lixo em votação contra acordo. A Assembleia Nacional da França rejeitou por 484 a 70 votos o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. A votação foi simbólica, pois os parlamentos nacionais não têm poder na negociação entre os blocos, mas sinaliza a unidade dos partidos políticos franceses, da extrema-esquerda à ultradireita, contra o texto. A carne brasileira foi a mais atacada em discursos da sessão. O deputado de direita Vincent Trébuchet disse que os agricultores franceses "não querem morrer" e que seus pratos "não são latas de lixo". Para rejeitar o acordo, a França precisa reunir pelo menos quatro países europeus que, juntos, representem pelo menos 35% da população da União Europeia. Entenda a crise. |