06 novembro, 2024

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Donald Trump e J. D. Vance durante discurso da vitória
Donald Trump e J. D. Vance durante discurso da vitória
AP Photo/Evan Vucci
 
  
Vitória de Trump, reunião do Copom e balanços movimentam o mercado hoje
Diogo Rodriguez

Bom dia, investidores,

Veja quais são os destaques desta quarta (6):

  • Vitória de Trump deve repercutir no mercado; Fed inicia reunião para discutir juros
  • Copom anuncia nova taxa Selic
  • Corte de gastos: reuniões do governo continuam em Brasília
  • Temporada de balanços: dia tem Casas Bahia, Eletrobrás e mais

Vitória de Trump deve repercutir no mercado; Fed inicia reunião para discutir juros

  • O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos deve gerar movimentos tanto no dólar quanto nas bolsas, refletindo a reconfiguração das expectativas globais e o impacto da política econômica americana.
  • Trump recebeu parabéns de líderes internacionais, como Emmanuel Macron, presidente da França, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel e Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia.
  • Enquanto isso, o Federal Reserve inicia hoje sua reunião de política monetária, que deve anunciar, na quinta-feira, com um esperado corte de 25 pontos-base na taxa de juros.

Copom anuncia nova taxa Selic

  • No Brasil, as atenções se voltam para o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que anuncia nesta quarta-feira, às 18h30, sua decisão sobre a taxa básica de juros, a Selic.
  • Segundo especialistas, o colegiado deve seguir com sua postura mais rígida, promovendo o segundo aumento consecutivo da Selic.
  • A expectativa é de um ajuste de 0,5 ponto percentual, elevando a taxa para 11,25% ao ano, com nova elevação aguardada para dezembro.

Corte de gastos: reuniões do governo continuam em Brasília

  • O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reuniu-se na tarde de terça (5) com ministros de áreas estratégicas, como Fazenda, Planejamento e Desenvolvimento Social.
  • O encontro faz parte do esforço para alinhar medidas fiscais para estabilizar o orçamento de 2026.
  • Apesar da expectativa, não houve anúncio após a reunião.
  • O presidente Lula deve se encontrar com o ministro Fernando Haddad ainda nesta quarta-feira para uma última avaliação, com a possibilidade de anúncio oficial até o fim da semana.
  • Uma ala do governo brasileiro está sugerindo adiar para a próxima semana o anúncio do pacote de corte de gastos, considerando que a eleição presidencial nos EUA e a reunião do Copom no Brasil podem impactar a repercussão das medidas.

Temporada de balanços: dia tem Casas Bahia, Eletrobrás e mais

  • A temporada de resultados segue intensa, com a penúltima semana da safra de balanços corporativos trazendo dados relevantes para o mercado brasileiro.
  • Hoje serão divulgados os resultados de Casas Bahia (BHIA3), C&A (CEAB3), Engie Brasil (EGIE3), Copel (CPLE6), Eletrobras (ELET3), Minerva (BEEF3), Braskem (BRKM5), Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3), Hypera (HYPE3) e Totvs (TOTS3).

Veja o fechamento de dólar e Bolsa na terça (5):

  • Dólar: -0,62%, a R$ 5,746.
  • B3 (Ibovespa): 0,11%, aos 130.660,75 pontos.

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Joe Raedle / Getty Images via AFP
 
  
Trump leva maioria dos estados-chave e vence eleição nos Estados Unidos

Donald Trump venceu a eleição presidencial desta terça-feira nos EUA e voltará a ocupar a Casa Branca a partir de janeiro. O ex-presidente já conquistou os 270 delegados necessários para obter a maioria dos 538 delegados do colégio eleitoral. A projeção não é oficial, mas é historicamente aceita. Ela é realizada por serviço elaborado por estatísticos a pedido de institutos e meios de comunicação. O republicano caminha para levar todos os estados-chaves, superando seu resultado de 2016. Trump venceu ou tem vitória projetada nos estados-chave Carolina do Norte, Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin. Ele também lidera no Arizona, em Nevada e em Michigan.

"Fim das divisões"

Donald Trump disse, na madrugada desta quarta, que inaugurará uma "era de ouro nos EUA" e que irá "recuperar os Estados Unidos". Ele discursou em um centro de convenções na Flórida logo após a emissora Fox News projetar sua vitória.

O republicano falou em "colocar um fim às divisões dos últimos quatro anos". Indicando que não vai começar nenhuma guerra, Trump ainda lembrou dos atentados e ameaças que sofreu. "Deus me salvou por um motivo", disse.

Republicanos retomam o Senado

Os republicanos retomaram o comando do Senado na eleição desta terça. O partido de Trump conquistou mais 13 cadeiras e, com as 38 que já detinha e não estavam em disputa, chegou a maioria de 51 senadores, em uma casa com 100 vagas.

Até o envio desta edição, os democratas somavam 41 cadeiras. A vitória no Senado torna mais fácil para Trump aprovar medidas importantes, como indicações para a Suprema Corte.

"Maior retorno da história"

Líderes internacionais cumprimentaram Donald Trump logo após a projeção de sua vitória pela imprensa americana.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, reforçou o discurso de Trump sobre o "maior retorno da história". Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, fez referência ao que chamou de "grande encontro" com Trump em setembro, quando discutiram "a parceria estratégica Ucrânia-EUA, o Plano de Vitória e maneiras de pôr fim à agressão russa contra a Ucrânia".

Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, disse estar "ansioso" para trabalhar com o republicano. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse que os EUA e a Itália são nações "irmãs".

Eleição estadual

O partido de Donald Trump também manteve a maioria dos governadores de Estado. Os republicanos mantiveram os oito estados que já governavam e estavam em disputa e continuaram com um total de 27. Em Montana, Vermont e Utah houve reeleição.

Os democratas também obtiveram vitória nos três estados da disputa que já governavam e mantêm o total de 23. A disputa mais apertada foi em New Hampshire, a única onde as pesquisas mostravam diferença pequena entre as candidatas. No final, Kelly Ayotte manterá os republicanos no poder.

Dólar sobe

O dólar se valorizou em relação às principais moedas internacionais e os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram assim que a vitória de Donald Trump ficou clara. Na Ásia, as bolsas subiram, e o bitcoin disparou para máximas recordes.

Há uma expectativa de que as políticas antimigração e de redução de impostos, propostas por Trump, pressionem a inflação. O mercado também está otimista em relação a uma nova rodada de cortes nos juros pelo Fed.

Na Europa, a reação das bolsas foi mais modesta pelo temor de que as políticas tarifárias de Trump desencadeiem uma guerra comercial global e ameacem as exportações da União Europeia.

Jim WATSON / AFP
 
  
Trump vence na Pensilvânia e na Geórgia e está muito perto da vitória nos EUA
Carolina Juliano

Após triunfar em estados decisivos, Trump declara vitória. O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos fez um discurso nesta madrugada após projeções da Fox News indicarem que ele derrotou a democrata Kamala Harris. Trump disse que inaugurará uma "era de ouro nos EUA" e que vai ajudar o país a "se recuperar". Ressaltou ainda a vitória do Partido Republicano no Senado e defendeu que Elon Musk, dono do X, seja "protegido". Confirmado o resultado, ele voltará ao comando do país quatro anos após ter deixado a Casa Branca. Às 5h50 (horário de Brasília), o partido Republicano já tinha garantido 266, dos 270 delegados necessários, para eleger Trump. Acompanhe a apuração.

Jogador Bruno Henrique é alvo da operação da PF. A Polícia Federal foi à casa do jogador do Flamengo na manhã de ontem e apreendeu documentos e eletrônicos do atleta. Ele é suspeito na investigação que apura "possível manipulação do mercado de cartões", em um jogo do Flamengo válido pelo Campeonato Brasileiro, em novembro de 2023. O jogo sob suspeita foi entre Flamengo e Santos, disputado em Brasília. Bruno Henrique levou amarelo por falta em Soteldo aos 50 minutos do segundo tempo. Ele reclamou muito com o árbitro Rafael Klein e imediatamente foi expulso. O Flamengo perdia por 2 a 1 e Gerson já havia recebido cartão vermelho. Não houve mandado de prisão contra o jogador. Saiba mais.

PF indicia fuzileiro naval e irmão que ameaçaram família de Alexandre de Moraes. Eles foram presos em junho por ordem do próprio Moraes e agora foram indiciados, acusados de perseguir e ameaçar integrantes da família do ministro do STF. Os dois foram indiciados por crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. A investigação começou com uma série de e-mails ameaçadores enviados à esposa do ministro a partir de abril. A PF concluiu que os irmãos foram os autores de 41 mensagens, que foram enviadas de duas contas criadas especialmente para esse fim, para encobrir os autores. Entenda.

Bolsonaro presta depoimento à CGU e nega que pediu ação da PRF em eleição. O ex-presidente falou por cerca de meia hora à Controladoria-Geral da União e disse que não fez nenhum pedido para algum tipo de atuação de favorecimento ao ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, durante as eleições de 2022. Bolsonaro ainda citou fala de Alexandre de Moraes, então presidente do TSE, que declarou que as eleições tinham ocorrido dentro da normalidade. O depoimento ocorre no âmbito de um processo administrativo que investiga a atuação de Vasques, que chegou a ser preso por supostamente liderar ações que impediram eleitores de votar. Leia mais.

Netanyahu demite ministro da Defesa de Israel. O primeiro-ministro anunciou a saída de Yoav Gallant do posto, que agora será ocupado pelo atual ministro das Relações Exteriores do país, Israel Katz. Ele alegou "falta de confiança" em Gallant para continuar à frente da Defesa de Israel durante esse período de guerra. Netanyahu disse que há divergências entre ele e Gallant na gestão das guerras travadas por Israel contra o Hamas, em Gaza, e o Hezbollah, no Líbano, criticou decisões e declarações feitas por ele e disse ainda que "inimigos de Israel" foram ajudados indiretamente por Gallant.


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