Diariamente, somos rodeados por notícias tristes na televisão e nos jornais. A história da fisioterapeuta Maria de Las Gracias Franceschini é
um exemplo de que ainda existem muitas almas boas por aí e de que
podemos transformar nosso espaço no mundo em um lugar melhor – basta
cada um fazer sua pequena, mas decisiva, parte.
Maria é uma fisioterapeuta de 55 anos
que decidiu unir sua profissão com o desejo de ajudar outras pessoas e
investiu R$150 mil para reformar um ônibus e fazer dele
uma clínica móvel. Para isso, a brasileira precisou vender um carro, um
terreno e abrir mão de suas poupanças, mas o projeto estava há muito
tempo na sua cabeça.
O veículo faz parte do projeto Fisioterapia Itnerante que atende pessoas de baixa renda. É cobrado um valor simbólico dos pacientes, R$ 28 por meia hora, no caso de Maria, para manutenção do veículo,
desde gasolina a pneus, mecânica e outros reparos, e pagamento a
profissionais que passam pela clínica. Mas quem não puder pagar é
atendimento gratuitamente ou pode pagar mais tarde. Maria
não tem patrocínio e nem ajuda do governo, trabalhando também em sua
residência e gastando muito do dinheiro que ganha em investimentos para a
clínica móvel.
Para que tudo dê certo, Maria começa seu
dia bem cedo e atende nesta clínica nas segundas, terças e quintas,
deixando o resto dos dias para trabalho em sua casa. O ônibus estaciona
na região do Grajaú e de Interlagos (SP) e atende cerca de 50 pacientes
por dia, desde crianças a idosos.
Segundo a profissional, é muito difícil
depender do SUS, pois a pessoa precisa esperar meses para ser atendida
ou tem que atravessar toda a cidade, o que não compensa, pois o paciente
volta mais cansado e com mais dores ainda. “O projeto é minha fonte de conhecimento, de riqueza. Aprendo todo dia.
Há um desafio que me faz correr para os livros. Sem contar o que
aprendo com o exemplo de vida dessas pessoas. É tanta riqueza de
histórias. Uma fonte de energia sem fim” diz
Maria, que garante ainda que gostaria de atender em mais bairros, mas
que é realmente difícil manter o ônibus, principalmente por conta dos
gastos com combustível.
Todas as imagens: Divulgação
Fisioterapeuta cria clíni ca móvel dentro de um ônib us para atender pessoas de baixa renda via Hypeness.
Saúde, Sorte e $uce$$o: Sempre.