O dia 19 de Janeiro de 1982 quando falecia a cantora considerada por
alguns críticos e músicos a melhor cantora brasileira de todos os
tempos, Elis Regina Carvalho Costa morreu em São Paulo. A causa de sua
morte gerou muitas controvérsias e laudos médicos da época apontaram que
uma mistura de álcool com cocaína teria matado a cantora. A notícia
chocou o país e também deixou muitos fãs de luto. Nascida no dia 17 de
março de 1945, em Porto Alegre, Elis Regina era conhecida por sua forte
personalidade, pela belíssima voz e também por sua presença de palco.
Ela transitou por vários gêneros musicais, interpretando músicas da MPB,
bossa nova, samba, rock e jazz. Ela surgiu em festivais de música nos
anos 60 e tornou-se a primeira estrela da canção popular brasileira da
época da televisão. Com seu sucesso, ajudou a lançar compositores até
então desconhecidos como Milton Nascimento, Ivan Lins, Aldir Blanc e
João Bosco. Entre suas parcerias mais célebres estão os duetos com Jair
Rodrigues, Tom Jobim, Simonal, Rita Lee e Chico Buarque. Entre seu
álbuns mais importantes (ao todo foram 27), destacam-se Em Pleno Verão
(1970), Elis & Tom (1974), Falso Brilhante (1976), Transversal do
Tempo (1978) e Saudade do Brasil (1980). Seu espetáculo Fino da Bossa,
no final dos anos 60, foi um grande sucesso. Em 1967, Elis se casou com
Ronaldo Bôscoli, diretor do Fino da Bossa, e ambos tiveram um filho,
João Marcelo Bôscoli (1970). Depois, Elis se casou com o pianista César
Camargo Mariano, com quem teve outros dois filhos Pedro Mariano (1975) e
Maria Rita (1977). Além de grande cantora, Elisa também sempre foi
engajada politicamente e criticava a ditadura brasileira em meio às
declarações de seus shows ou nas canções que interpretava. Ela foi voz
ativa da campanha pela Anistia de exilados brasileiros.