A Disney anunciou na última quinta-feira (29) um reforço para seu time de princesas: Elena de Avalor, a primeira latina de seu casting.
Elena
fará sua primeira aparição somente em 2016 em um episódio da animação
"Princesinha Sofia" (Sofia the First), exibida pelo canal Disney Junior.
Na série, a latina estará presa em um amuleto amaldiçoado e contará com
a ajuda de Sofia, que destruirá o objeto e reverterá o feitiço da
bruxa, ajudando a nova amiga a voltar para seu reino encantado.
Após essa participação especial no universo de Sofia, Elena ganhará, também em 2016, uma série independente para que o público conheça melhor sua história.
O objetivo do nascimento da princesa é atrair - ainda mais! - a
audiência latina que vive nos Estados Unidos. A animação será exibida em
154 países, e em 25 diferentes idiomas.
Como a maioria das
princesas, espera-se que Elena de Avalor também tenha seu príncipe,
embora a Disney não tenha divulgado quem será seu par romântico. Para
sua história, também foram anunciados os personagens Tito e Cici (avô e
avó), a irmã Isabel, o amigo Mateo e o duque Esteban.
E, se cair
nas graças do público, Elena de Avalor deverá chegar às telonas, aos
parques temáticos e às prateleiras das lojas nos mais variados tipos de
brinquedos e produtos que a Disney exporta pelo mundo.
Mas não é bem assim...
De imediato, a maioria das pessoas endossaram a
nova personagem. Mas os que defendem um conjunto mais diversificado, de
fato, de princesas da Disney afirmam: Elena de Avalor pode não ser tão latina quanto imaginam.
Até o momento não foi divulgado o país de origem de Elena.
A única informação é que a personagem terá 16 anos e que tem algumas
características: "Elena é uma adolescente segura de si, do bem,
corajosa, engraçada e inteligente".
Mas o ponto que gerou discussão é: segundo a blogueira Carolina Moreno, do HuffPost Latin Voices,
o comunicado não especifica se Elena é, de fato, latina. Em vez disso, o
texto diz que a princesa "vem de um reino encantado de conto de fadas
inspirado no folclore e nas culturas latinas".
Nancy Katner, vice-presidente executiva da Disney Júnior, divulgou, em defesa da marca, que: "nossa
equipe criativa tem produzido uma história universal, com temas que
refletem sonhos e esperanças para um público diversificado". E acrescenta: Como resultado, esperamos que muitas famílias hispânicas e latinas ao redor do mundo se sintam representadas".
Segundo dados oficiais, nos Estados Unidos vivem cerca de 55 milhões de hispânicos e estimativas apontam que, em 2060, este número chegará a 128 millhões.
Esta
não é a primeira vez que a Disney busca dar um passo à frente inserindo
personagens em universos que fogem da cultura norte-americano: Mulan
(Mulan), Esmeralda (O Corcunda de Notredame), Tiana (A Princesa e o
Sapo) e Jasmine (Aladin) foram representantes fiéis da diversidade ao
redor do mundo.
via Brasil Post