O meme é da @lolita mas eu traduzi para o espanhol porque aí tem moças que ficam bravas comigo por causa do inglês e não quero nenhuma de vocês brava.
Ano: 2025. Objetivo: 1. Situação: cumprido. | ISABEL VALDES | |
|
|
|
| 🙋🏽
Coloquei aquele (👆🏽) alarme de calendário no domingo, depois de passar parte do fim de semana revisando minha cabeça, minha agenda, minha vida e minhas resoluções para 2025. Por quê? Porque eu iria trabalhar nesta segunda-feira depois das férias de Natal e precisava de organização.
Digo que aderi porque não o fiz e o alarme foi para avisar que ainda estava de férias e que isso se deveu a ter cumprido uma das minhas metas para 2025, aquela que tinha definido como 1, a mais urgente, o mais essencial, o mais importante para mim: o tempo, o meu, o que me pertence, para a saúde mental e por contrato.
Estou, como tantas outras vezes, propenso a não saber dizer não, a assumir tudo o que me pedem, a estar presente para quase todos e quase tudo, a precisar de muitas horas para fazer todas essas coisas por todas aquelas pessoas (mesmo às vezes tantas horas que não é razoável).
|
|
| |
|
| | Já pensei sobre isso muitas vezes. Já falamos sobre isso aqui antes: sobre como somos construídos, como estamos acostumados a fazer dois para que um seja reconhecido, a dobrar esforços e a dobrar punições pelos mesmos padrões. E o triplo da síndrome do impostor, mesmo que você saiba disso de imediato.
Aquela coisa de querer ser um pouco mais essencial, mesmo sabendo que não tem ninguém, mas porque sabemos que se falta alguém em algum lugar, a gente fica muito bem posicionado ali, na beira do trampolim, com as pernas balançando. Sobre agradar e assumir o controle e costurar e curar e consertar coisas e seres (literal e metaforicamente). Ter que ser , acreditar que sempre temos que ser .
Não quero dizer complacente ou prestativo, mas digo isso porque às vezes nos tornamos assim também. Tem um pouquinho de gênero tem isso (do feminino) e tem um pouquinho de classe também, os dois estão espremidos aqui: ser senhora e ser trabalhadora (ser trabalhadora porque não sou milionária e se você não é um milionário você é de classe média e a classe média de onde venho tem uma mentalidade de classe trabalhadora, cada um com suas coisas).
Com tudo isso, na minha ruminação no final de 2024 e início de 2025, disse para mim mesmo "olha, não, lindo. Pela primeira vez na vida você vai aproveitar os dias que lhe restam, você não vai para se sentir culpado, você vai descansar (do trabalho) e fará com seu tempo o que sua concha quiser."
É mais ou menos isso que estou fazendo, assumindo que amo profundamente o meu trabalho, mas que também amo muito a mim mesmo e a muitos outros seres com quem quero passar o tempo e que esse segundo amor não anula o primeiro e que temos estabelecer limites para as coisas e para si mesma também. E eu vim para te contar. E também desejar que neste 2025, na medida em que cada um puder, tenha tempo para fazer o que a sua concha quiser. |
|
| | |
|
| Aqui, seus pedidos | | [Ou sugestões, ou dúvidas, ou reclamações, ou o que você quiser. Para este e-mail ivaldes@elpais.es ]
PS Dito tudo isso, se eu não aparecer na próxima semana, não piore as coisas para mim, continuarei nos meus últimos dias de liberação. De qualquer forma, eu adoraria saber quais resoluções vocês tomaram para 2025. Realmente, sim, vá em frente e me conte sobre elas.
Eu te abraço ✨
|
|
| | |
|
| | | ISABEL VALDÉS
| Correspondente de gênero do EL PAÍS, trabalhou anteriormente na Saúde em Madrid, onde cobriu a pandemia. Especializou-se em feminismo e violência sexual e escreveu 'Raped or Dead', sobre o caso de La Manada e o movimento feminista. É licenciada em Jornalismo pela Universidade Complutense e mestre em Jornalismo pela UAM-EL PAÍS. Seu segundo sobrenome é Aragonés. |
|
|
|
|
|