10 novembro, 2024

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9/11/2024

WINDOWS 10

Pagar para ficar protegido

Quando esta notícia me passou pelos olhos pela primeira vez, nem queria acreditar. Se tem um computador com o sistema operativo Windows 10 – o que é muito provável –, então saiba que a Microsoft quer cobrar cerca de 27 euros por um ano extra de atualizações. Vamos a uma reflexão sobre o assunto. 
Sabemos, por um lado, que nada dura para sempre. E o fim do suporte do Windows 10 (lançado em julho de 2015) está marcado para 14 de outubro de 2025 (parece distante, mas falta menos de um ano para acontecer). Não é expectável que uma empresa como a Microsoft continue a suportar ad aeternum um sistema operativo, mesmo considerando que continua a ser usado por centenas de milhões de pessoas em todo o mundo. A tecnologia faz-se de avanços e as pessoas vão seguindo os novos desenvolvimentos à medida do que lhes é disponibilizado ou do que lhes é possível pagar. 
A questão é que até agora, no que aos utilizadores finais dizia respeito, a Microsoft traçava uma linha bem definida: só atualizamos o Windows até à data limite comunicada e a partir daí os utilizadores ficam por sua conta e risco. Aquilo que me desperta algum conflito lógico é quando uma empresa multimilionária decide que até tem a solução para impedir a proliferação de potenciais perigos, mas só a partilha com quem decidir pagar. Numa altura em que se fala cada vez mais da importância da segurança informática e de termos os nossos sistemas digitais todos em dia, esta vontade da Microsoft em capitalizar com a desproteção dos utilizadores deixa-me um amargo na boca. É, no limite, moralmente questionável. E atualizar para o Windows 11 não é, para muitas pessoas, uma opção, já que a nova versão do sistema operativo exige requisitos de hardware que muitos dos computadores com Windows 10 simplesmente não têm. 
‘Mas as pessoas também pagam por outros serviços de segurança…’, estará, e bem, a pensar. Mas esses são serviços que, na sua génese, já têm um pagamento subentendido. Está tudo certo em as pessoas quererem pagar para ter um sistema de videovigilância profissional em casa, mas já teria algumas reservas se o empreiteiro da casa lhes dissesse ‘a porta das traseiras fica sempre aberta, mas se quiser pagar mais 1000 euros eu dou-lhe a chave para fechá-la’. Sobretudo se este empreiteiro for o responsável por centenas de milhões de casas. 
O mais provável é, no final, os utilizadores não aderirem em grande número a esta opção – até porque, depois de pagar esse ano extra, voltam a ficar à sua sorte, portanto porque não arriscar logo de início poupando quase 30 euros? –, pelo que o problema está na premissa e não no resultado que a mesma vier a produzir. E apesar de o valor não ser significativo, também não é simbólico, o que faz com que utilizadores com orçamentos mais limitados fiquem em desvantagem face aos outros. Numa casa com três computadores já são quase 100 euros…  
Sim, existir a opção de um prolongamento de proteção dos utilizadores é, no global, positivo – quem quer e quem pode, pode fazê-lo. Mas saber que existem centenas de milhões de computadores que vão ficar desprotegidos e que há uma solução à distância de uma atualização que uma empresa tem, mas escolhe não fazer, deixa-me a pensar. 
Boas leituras!

 
 

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