Ambientalistas
atuais adoram lamentar o estado do meio ambiente. Mas verdade seja
dita, o meio ambiente humano nunca esteve tão bom.
A natureza selvagem é brutal, imunda, um
lugar perigoso para o ser humano. É repleto de sujeira, doenças, climas
não cooperativos, criaturas nada amigáveis, e ocasionais desastres
naturais.
Transformar a natureza em um local
habitável para a vida humana é um desafio assustador. E não é nenhum
acidente, que por maior parte da história humana, nossa qualidade de
vida pairou só levemente acima do nível de subsistência e maioria das
pessoas morriam antes dos seus trinta anos.
Foi o capitalismo, o responsável pela
revolução industrial, que mudou essa equação. Começando no final do
século 19, o ser humano melhorou o seu meio ambiente em incríveis
formas. Foram elas:
- Emprega energia em escala industrial para desenvolver a natureza em escala sem precedentes;
- Resolveu o problema de fome, produzindo alimentos em abundancia mesmo com a diminuição de pessoas trabalhando no setor alimentício;
- Criou a medicina moderna, exterminando muitas das doenças que afligiram o homem através da historia;
- Criou novos modelos de saneamento, incluindo plantas de tratamento de esgoto e água encanada, assim removendo resíduos que lotavam o meio ambiente humano;
- Inventou novos modelos de transporte, como trens e carros, que eliminou fezes de cavalos pelas ruas, enquanto expandia a facilidade de locação das pessoas;
- Criou ar-condicionado e aquecedores internos sem emissão de fumaça;
- E muito, muito mais.
Quais foram os resultados? A população
explodiu, a expectativa de vida mais que dobrou, e pela primeira vez na
historia cada geração vivia melhor que a sua anterior.
E agora sobre poluição no ar e na água?
Primeiro de tudo, a poluição deve ser olhada sobre o contexto maior da
nossa necessidade de desenvolver a natureza e de constantemente
aprimorar o nosso ambiente. Ambientalistas frequentemente apontam para
efeitos colaterais alegados ou reais do progresso industrial e
argumentam que a solução para qualquer problema é banir ou restringir o
desenvolvimento industrial. Mas isso seria tolo. Nenhuma atividade
humana é livre de riscos ou efeitos secundários não desejados. (Deveria o
homem pré-histórico banir o fogo por causa da fumaça danosa que
produz?) Desenvolvimento industrial nos mantem vivos – o objetivo deve
ser minimizar o seus efeitos menos desejados sem cortar os seus
benefícios.
Isso dito, algo como poluição aérea é
comumente vista como um problema criado pela industrialização
capitalista e resolvido somente através de intervenções governamentais.
Na verdade, o problema de poluição no ar é tão antigo quanto a historia
humana – e é um problema que o capitalismo resolveu quase completamente.
Os elementos mais perigosos de poluição no ar são partículas (fumaça e
fuligem) e dióxido de enxofre (S02). Em Londres, a área em que há melhor
base de dados, esses contaminadores começaram a aumentar ao redor do
século 16, alcançando o seu pico no final do século 19. Desde então,
contudo, a poluição atmosférica caiu bastante; ao final do século 20,
havia menos fumaça, fuligem, e dióxido de enxofre no ar de Londres que
em 1585.
O que explica esse declínio? Não poderia
ter sido o governo – o British Clean Air Act não foi promulgado até
1956, e estudos demonstram um declínio significativo antes e depois da
promulgação do ato. Ao invés, a explicação é a inovação tecnológica –
processos de produção mais eficientes produzem poluição cada vez menor.
Poluição não é primeiramente um problema politico, mas sim cientifico e
tecnológico.
Existe um papel para o governo quando o
assunto é poluição – não invadir direitos individuais, mas sim
protegê-los. A aplicação de direitos de propriedade para poluição não é
nenhuma questão simples, mas o ponto básico é claro: Ninguém tem o
direito de causar danos físicos à outra pessoa ou a sua propriedade. Se
as emissões de um individuo ou empresa específicos representam uma
ameaça genuína a você, um governo correto irá (sobre as circunstancias
corretas) promover uma solução (injunções, danos, etc.).
O capitalismo laissez-faire está
preocupado com o constante desenvolvimento do meio ambiente humano. Ele
não está, entretanto, preocupado com o meio ambiente não humano – ele
não está preocupado em preservar um deserto intocável à custa do ser
humano. Se, sob o capitalismo, alguém quiser proteger certo pedaço de
terra, ou certa espécie de animal, ele está livre para assim fazer em
sua propriedade. Mas ele não pode esperar que o governo sacrifique o bem
estar de outros seres humanos pelo bem estar de besouros e plantas.
O capitalismo melhora o meio ambiente by Libertarianismo
Saúde, Sorte e $uce$$o: Sempre.