Para os inquilinos de baixa renda, será destinada uma entrada separada, numa rua lateral, batizada de ”porta dos pobres”
O edifício Riversidena Riverside Drive, em Manhattan, é um prédio ultramoderno de 33 andares, com 219 unidades de luxo
A diferença entre ricos e pobres
é um discussão que já vem de muitos anos. Embora haja quem diga que,
atualmente, não existe mais essa diferença, alguns detalhes e
comportamentos não dizem o mesmo.
Na grande e exemplar cidade de Nova York, a decisão dos administradores de um edifício de luxo não agradou a muitos nova-yorkinos. O edifíco Riversidena Riverside Drive, em Manhattan,
é um prédio ultramoderno de 33 andares, com 219 unidades de luxo, onde o
valor mais barato de três quartos é vendido por nada menos que US$ 3,6
milhões.
O edifício conta
ainda com mais 55 apartamentos disponíveis para locação de “inquilinos
de baixa renda”, que custa US$ 833, mensal, por um quarto conjugado.
No entanto, o problema começou quando os inquilinos de baixa renda
perceberam que não terão o mesmo acesso ao complexo, que os ricos.
Para os de baixa renda, será destinada uma entrada separada, numa rua
lateral, batizada de “porta dos pobres”. De acordo com o Globo, a rede
CNN constatou que esse não é o único prédio da cidade a aderir a essa
separação.
No prédio dos
ricos, a vista é bela, tem um fácil acesso a piscinas, ao boliche, ao
simulador de golfe e a uma sala de cinema particular.
Já os apartamentos dos pobres, a vista principal é a rua, e eles contam
com apenas uma sala comunitária e um bicicletário. Além disso, os menos
abastados não terão seus apartamentos com lava-louças ou máquinas de
lavar e secar. Mas poderão usar uma lavanderia comunitária. E, caso
queiram estacionar, devem alugar um espaço.
O complexo foi construído com o aval das autoridades municipais sob o
chamado “Programa de Moradia Inclusiva”, montado para oferecer opções
acessíveis em condomínios de luxo e diminuir a desigualdade nas áreas
mais afluentes da cidade.
O
programa foi iniciado em 2009, sob a gestão do ex-prefeito Michael
Bloomberg, e dá incentivos fiscais às construtoras que oferecerem
apartamentos acessíveis.