Há
muito tempo se discute na rede o que fazer com o legado digital de quem
falece. Será que todas as músicas digitais da pessoa são parte dos bens
que passam aos seus herdeiros? Aquela conta do Netflix pode ser
repassada a um ente querido?
Enquanto não se chega a um consenso sobre o que fazer da vida digital de quem se foi desse mundo, o Facebook se adiantou um tantinho e apresenta agora a opção de apontar um responsável pelo seu “legado digital”.
A intenção é que os usuários possam apontar ainda em vida quem deverá
tomar conta do seu perfil no Facebook depois do próprio óbito, quando o
perfil se transforma em uma página memorial.
“Assim que alguém nos notificar que a pessoa faleceu [geralmente
feito com um atestado de óbito], nós transformamos o perfil em um
memorial”, explica o Facebook.
A partir de então, o responsável pelo legado daquela pessoa poderá
escreve um post para ficar no topo da timeline (para avisar sobre o
velório, ou compartilhar alguma homenagem), responder a pedidos de
amizade de familiares que não estavam ainda conectados ao Facebook e
atualizar fotos de capa e de perfil da pessoa.
A rede social garante que o responsável pelo legado poderá tomar
apenas essas providências, e ressalta que esse ‘procurador’ não poderá
logar na sua conta, remover posts, fotos ou atualizações de status
antigas, ler mensagens privadas trocadas com os amigos do falecido ou
remover alguma amizade. Ou seja, a intenção é que a pessoa realmente se
torne um guardião da sua memória digital, e não um fuçador do passado
social do falecido.
A opção de apontar alguém para tomar conta do seu legado digital no
Facebook está sendo liberada aos poucos, e irá aparecer na aba
“Segurança” das configurações da rede social.