Uma regra fisiológica fundamental é que os humanos suportam só 3 dias sem água. Porém, quando o governo de São Paulo discute sobre o inevitável racionamento, já se fala num possível rodízio 5 por 2.
Cinco dias sem abastecimento de água é um grande risco para quem não se
preparar minimamente. Cabe bem neste momento esclarecer que já não é
mais só uma questão de sustentabilidade, e sim de sobrevivência. Nesta
hora, tudo é válido e nem uma gota pode ser perdida ou ignorada .
Como já está sendo possível notar, o
governo não parece estar muito preocupado em tomar medidas drásticas
para ajudar a reverter essa situação caótica que estamos vivendo. Por
isso, quanto mais você conseguir garantir seu estoque de água, melhor.
Para poder atravessar este período de seca, existem algumas lições
valiosas – a primeira delas é que, com 3 litros de água por dia, você
não morre, mas vai ter uma existência miserável. A
conta dos especialistas em sobrevivência não leva em consideração a
higiene pessoal, descargas, plantas, animais de estimação, então você
tem de estar preparado para armazenar bem mais que 3 litros por pessoa
por dia, sendo o ideal mínimo de 15 litros por membro da família, 3 para animais e todo o possível que sobrar para as plantas e higiene.
A pior coisa que pode acontecer num
cenário de racionamento é você conseguir acesso a água e não ter onde
guardar. Em um primeiro momento vale tudo, panelas,
máquina de lavar, banheira, mas depois com o tempo você sentirá
necessidade de controlar melhor seu consumo, e nada é melhor para
armazenar água potável do que garrafas PET. Mas cuidado – se seu
suprimento ficar exposto a luz solar direta por muito tempo, você corre o
risco de encontrar uma garrafa com lodo.
Para água não potável, aquela que você usa pra banho, limpeza e higiene no geral, tente reutilizar e reaproveitar ao máximo.
Guarde toda a água usada que puder e dê um novo destino. Você pode usar
um filtro de carvão para retirar o sabonete da água do banho e regar as
plantas, usar água da máquina de lavar na privada e, melhor ainda,
aproveitar para coletar água da chuva. Neste caso a regra é a da piscina, água sem cloro estraga.
Não importa onde você está, ou onde
mora, mosquitos e outras criaturas que causam doenças vão morar em águas
não protegidas, então se você não quer compartilhar sua água com
mosquitos, feche bem as embalagens, cubra baldes e piscinas e tenha
sempre um pouco de água sanitária em casa.
Caso sua região esteja em um
racionamento severo, fique ligado em rádios e noticiários locais, amplie
sua rede de informação e procure se informar sobre o que parentes e
amigos pretendem fazer caso a coisa se torne feia demais.
Sou
editor de um canal de
sobrevivencialismo há alguns anos e tive contato com muitos relatos de
pessoas que foram gradativamente vendo a situação piorar e por
acreditarque “algo” ia mudar não tiveram iniciativa de se preparar. Quando perceberam, era tarde demais
e estavam encrencadas. Não é diferente com a água e esta pode sim se
tornar uma experiência de sobrevivência na civilização – se perceber que
a situação fugiu do controle, peça ajuda. Parece
extremo demais? Lembre-se: 3 dias sem água, ainda mais nesta época que
faz calor, é o limite que o organismo humano tolera e o governo já fala
de um racionamento de 5 dias.
Preparo prévio é sempre a melhor receita para enfrentar crises.