Bom dia!
Investidores entram na sexta-feira tentando ignorar a nova rodada de retaliação da China contra os Estados Unidos, em mais uma etapa da guerra comercial desencadeada por Donald Trump. O noticiário do dia pode ajudar.
A sexta-feira será marcada pela abertura da temporada de divulgação de resultados das empresas americanas, com os números do setor financeiro. Os lucros corporativos funcionam como uma espécie de proxy da situação da economia do país, em um momento em que investidores têm tido ainda mais dificuldade de avaliar o nível de atividade dos EUA.
Há no setor financeiro quem diga que os EUA já estão entrando em recessão, isso antes dos efeitos da guerra comercial. No mês de março, o país registrou deflação de 0,1%, ainda que puxada pela queda nos preços da gasolina. Ainda assim, deflação é um sinal de desaceleração da demanda. Por outro lado, os pedidos de auxílio desemprego continuam dentro das expectativas, e mostram um mercado de trabalho sólido.
No Brasil, a principal divulgação é do IPCA, que vem sendo pressionado pela alta nos preços dos alimentos e dando munição para apostas de inflação acima da meta.
A manhã começa com os futuros das bolsas americanas em alta, enquanto os índices europeus operam majoritariamente no vermelho. Na China, a possibilidade de mais estímulos à economia para compensar os efeitos da guerra comercial tem impulsionado as ações. O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, também avança e aponta para uma possibilidade de recuperação do Ibovespa.
No acumulado da semana, o índice brasileiro recua 0,70%. Depois da montanha-russa registrada em Nova York, o S&P 500 acumula ganho de 3,8%, enquanto o Nasdaq sobe 5%. Bons negócios.