09 abril, 2025

Negócio Fechado | 5 Fatos | CNN

 

Trump limita tarifas recíprocas em 10% por 90 dias; China tem taxa de 125%

presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (9) que limitará suas tarifas recíprocas a 10% por um prazo de 90 dias.

Ao mesmo tempo, ele anunciou que aumentaria as taxas de importação sobre a China para 125%, intensificando sua retaliação com Pequim.

Em postagem na sua rede social, Truth Social, o republicano afirmou que as medidas entram em vigor imediatamente.

BOLSA E DÓLAR NESTA QUARTA-FEIRA

O desempenho dos mercados hoje. Veja aqui

dólar inverteu o sinal e passou a cair abaixo dos R$ 6 nesta quarta-feira (9) e o Ibovespa subiu após anúncio de Donald Trump sobre pausa em algumas tarifas, além de subir as taxas contra a China para 125%.

dólar à vista caiu 2,53%, a R$ 5,8467 na venda. Na máxima, a moeda norte-americana atingiu R$ 6,095. Na terça-feira (8), o dólar à vista fechou em alta de 1,49%, a R$ 5,9985, maior valor de fechamento desde 21 de janeiro deste ano.

Já o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subiu 3,12%, a 127.795,93 pontos.

JUROS, TARIFAS, VAREJO
Macroeconomia

 

A presidente do Conselho do Magazine Luiza, Luiza Trajano, voltou a pedir a queda da taxa básica de juros no Brasil — atualmente em 14,25% ao ano — durante na cidade de São Paulo, neste quarta-feira (9).

As vendas no varejo ampliado avançaram 1,2% em março ante fevereiro, no segundo mês seguido de crescimento na comparação mensal, com destaques positivos para categorias que incluem móveis e eletrodomésticosveículos e materiais de construção, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela empresa de meios de pagamento Getnet, do Santander Brasil.

O secretário do Tesouro dos Estados UnidosScott Bessent, disse nesta quarta-feira acreditar que o governo Trump pode chegar a acordos tarifários com os aliados dos EUA, mas a China continua sendo um caso isolado devido à sua retaliação.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que os Estados Unidos aumentaram em 346,4% as importações de ovos (incluindo produtos in natura e processados) de janeiro a março deste ano, se comparado ao mesmo período em 2024.

Na reunião do mês passado, os formuladores de política monetária do Federal Reserve foram quase unânimes em afirmar que a economia dos EUA enfrentava riscos de inflação mais alta e crescimento mais lento, com algumas autoridades observando que “compensações difíceis” poderiam estar à frente do banco central dos EUA, de acordo com a ata da reunião.

Durante discurso em evento no National Republican Congressional Committee President’s Dinner nesta quarta-feira, o presidente dos Estados UnidosDonald Trumpse gabou e usou termo pejorativo para se referir à atual situação em que países tentam negociar tarifas impostas.

O Fundo Monetário Internacional (FMIaprovará um acordo de US$ 20 bilhões com a Argentina na sexta-feira (11) em uma reunião do conselho da entidade, disse o porta-voz da Presidência argentina, Manuel Adorni, em entrevista a uma estação de rádio nesta quarta-feira.

SABESP, APPLE, AZUL
Negócios

 

Sabesp informou nesta quarta-feira (9) que suas duas últimas propostas de acordos para liquidação de créditos de precatórios foram aprovadas pela Câmara de Conciliação de Precatórios da Procuradoria Geral do Município de São Paulo.

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou investigação sobre eventual monopólio da Apple no sistema de pagamento por aproximação na última sexta-feira, 4. A Apple já foi oficiada por e-mail e tem prazo até o dia 17 de abril para se manifestar.

Azul informou nesta quarta-feira que foram subscritas 1,2 bilhão de novas ações ordinárias e cerca de 153 mil novos papéis preferenciais, totalizando um montante de R$ 72,7 milhões no âmbito do seu aumento de capital.

NOS ESTADOS UNIDOS
Trump diz que pretende fazer “acordos justos para todos”

 

O presidente Donald Trump disse nesta quarta-feira (9) que pretende fazer “acordos justos para todos” após anunciar uma pausa completa de três meses em todas as tarifas “recíprocas”, com exceção da China.

Mais cedo, o secretário do Tesouro dos EUA afirmou que a decisão de Trump de suspender as tarifas permitirá tempo para negociar novos acordos comerciais.

“Um acordo será feito com a China. Esse acordo será feito com cada um deles, e serão acordos justos. Eu só quero justiça. Serão acordos justos para todos. Mas eles não eram justos com os Estados Unidos”, disse Trump a repórteres em frente à Casa Branca.

MEDIDAS PROTECIONISTAS
▸Veja produtos exportados dos EUA para China que serão afetados por tarifas

Os EUA exportaram US$ 143,5 bilhões em mercadorias para a China no ano passado, de acordo com o representante comercial dos EUA.

As principais exportações, segundo a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos, foram de soja, aeronaves civis e microships. Confira a lista completa.

Quarta-feira, 9 de Abril de 2025

China promete contramedidas após tarifas de 104% de Trump entrarem em vigor; Presidente americano acrescentou mais 50% depois que Pequim não recuou tarifas retaliatórias

EUA x China


A China prometeu tomar “medidas resolutas e eficazes” para defender seus direitos e interesses após a entrada em vigor, nesta quarta-feira (9), das tarifas de 104% impostas por Donald Trump sobre as importações chinesas. “Se os EUA desconsiderarem os interesses de ambos os países e da comunidade internacional e insistirem em travar uma guerra tarifária e comercial, a China lutará até o fim”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. O patamar da taxa é uma resposta de Trump, que havia ameaçado Pequim com mais 50% em taxas caso não retirasse as medidas retaliatórias. Os Estados Unidos importaram US$ 439 bilhões em produtos da China em 2024, sendo esta a segunda maior fonte de importações, atrás somente do México. Além da China, outras dezenas de países também passam a ter seus produtos taxados para entrarem no mercado norte-americano a partir das primeiras horas desta quarta.

Juscelino Filho


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou para Juscelino Filho e pediu que ele se demitisse do comando do Ministério das Comunicações, segundo informe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) na noite de ontem. Na versão do Planalto, durante a conversa, o presidente solicitou que o ministro pedisse demissão. Isso para que Juscelino se defenda, já fora do governo, da denúncia contra ele apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por desvio de emendas parlamentares. Durante a tarde, Juscelino anunciou a demissão por meio de uma carta aberta. No documento, ele disse ter tomado “uma das decisões mais difíceis da minha trajetória pública” e que pediu a Lula sua demissão. Juscelino já havia sido indiciado pela Polícia Federal no ano passado. A denúncia foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e alocada sob relatoria do ministro Flávio Dino. Veja os crimes pelos quais Juscelino foi denunciado.

PEC da Segurança


O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), assumiu um compromisso de agilizar a tramitação da PEC da Segurança Pública no Congresso. Em uma declaração enfática, Motta garantiu que não haverá espaço para atrasos injustificados na discussão deste tema. Esta postura demonstra a intenção de evitar que a pauta seja prejudicada por disputas políticas polarizadas. Hugo ressaltou que, embora busque agilidade, o processo respeitará o regimento interno da Câmara. O presidente da Câmara deixou claro que melhorias, contestações, emendas e argumentações fazem parte do processo democrático e serão bem-vindas. No entanto, advertiu que não tolerará obstruções ou o uso do espaço de discussão como palanque político. 

Venezuela


O ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, assinou ontem um decreto de emergência econômica. A medida aguarda aprovação da Assembleia Nacional e vale para todo o território nacional por 60 dias. O chavista afirmou, em discurso transmitido pela TV estatal que o decreto visa preservar o equilíbrio econômico do país diante das tarifas impostas pelos EUA de 15% sobre os produtos venezuelanos e da “guerra comercial”, que segundo Maduro, a administração americana travou contra o mundo. O governo de Trump também ameaça países que compram petróleo da Venezuela com a aplicação de tarifas de 25% sobre produtos importados, e cancelou licenças para que empresas petrolíferas estrangeiras atuem na Venezuela. O decreto permite que Maduro tome medidas econômicas sem passar pelo Legislativo.

FMI e Argentina


O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou ontem que chegou a um acordo com a Argentina sobre uma linha de crédito estendida de 48 meses, totalizando US$ 20 bilhões. O FMI disse que o acordo, que está sujeito à aprovação de seu conselho executivo, “se baseia no impressionante progresso inicial das autoridades na estabilização da economia, sustentado por uma forte âncora fiscal, que está proporcionando rápida desinflação e uma recuperação na atividade e nos indicadores sociais”. A Argentina depende do acordo de US$ 20 bilhões para desbloquear os controles de capital que bloqueiam os investimentos, reforçar suas reservas cambiais esgotadas e sair de uma crise inflacionária. O conselho executivo do FMI analisará o acordo proposto nos próximos dias, segundo o comunicado. Javier Milei, parabenizou o ministro da Economia, Luis Caputo, após o anúncio do acordo por meio da rede social X.
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