Bom dia!
A China continua a anunciar pacotes bombásticos de estímulo à economia. O mais recente é o corte nas taxas dos financiamentos imobiliários, num esforço de retomar o setor de construção civil, cambaleante desde a crise da Evergrande, instalada em 2021.
A resposta do mercado financeiro foi da mesma magnitude. Só nesta segunda, o índice CSI 300, o mais importante da China, avançou 8,48%, a maior alta desde 2008. Desde 13 de setembro, o vale mais recente, as ações chinesas avançam 27%, colocando o mercado chinês em bull market – quando uma ação ou um índice acumulam valorização de mais de 20% desde a última cotação mínima registrada. O minério de ferro vai na mesma toada e dispara.
Isso num mês em que as ações do resto do mundo até avançam, na esteira do corte de juros do Fed, mas em ritmo controlado. O S&P 500 ganhou 1,59% até 27 de setembro, enquanto o Nasdaq avança 2,29%. O Ibovespa segue na contramão da tendência e registra queda de 2,43% no mês, um reflexo das preocupações com as contas públicas.
Apesar da euforia chinesa, o dia começa no negativo nas bolsas ocidentais. Os futuros americanos recuam, mesmo sinal registrado na Europa. Não há referência para o EWZ nesta manhã.
Investidores vão se dividir entre a euforia com commodities e o desempenho fiscal do país. Nesta segunda, o BC divulga os dados das contas públicas referentes a agosto e o governo anuncia quem serão os beneficiados pelo descongelamento de gastos, que assustou o mercado.
Há ainda o Boletim Focus, que vem mostrando uma piora nas projeções de inflação e alta da Selic. Bons negócios.