Israel intensificou ao longo do domingo e da madrugada desta segunda-feira seu ataques ao Líbano no conflito com a milícia xiita Hezbollah, mas esta não foi o único alvo. O Hamas, que controlava a Faixa de Gaza e realizou os atentados de 7 de outubro do ano passado, confirmou na manhã de hoje a morte de seu representante no Líbano. Fateh Sherif Abu el-Amin, foi morto em um bombardeio no sul do país. Ao menos 105 pessoas morreram e outras 359 ficaram feridas em incursões aéreas por duas áreas diferentes, de acordo com o Ministério da Saúde libanês. A estimativa do governo é de que ao menos 100 mil pessoas tenham fugido do país em direção à vizinha Síria. O Irã, que financia tanto o Hamas quanto o Hezbollah, afirmou que as ações de Israel “não passarão impunes”, mas ainda não fez qualquer movimento. (BBC) Os ataques ocorreram após os militares terem matado na sexta-feira o líder da milícia apoiada pelo Irã, Hassan Nasrallah. Na ação, outros 20 líderes de diferentes patentes também teriam morrido, como Ibrahim Hussein Jazini, chefe da unidade de segurança de Nasrallah, e Samir Tawfiq Dib, que os israelenses descrevem como “confidente e conselheiro de longa data de Nasrallah”. (CNN) A morte de Nasrallah, que desempenhava múltiplos papéis na vida dos membros do Hezbollah, servindo simultaneamente como guia religioso, estrategista político e comandante-chefe, levou a guerra de Israel contra as forças apoiadas pelo Irã a um novo território. O Irã há muito tempo busca fazer com que o Hamas em Gaza, Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen sirvam como linha de frente em sua luta com Israel. (New York Times) As forças de Israel também lançaram ataques a alvos militares Houthis no Iêmen. A ofensiva ainda seria uma resposta aos “ataques recentes” dos Houthis contra Israel. Ao menos quatro pessoas morreram e outras 29 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde administrado pelos Houthis. Em uma publicação no X, Mohammed Abdulsalam, porta-voz dos Houthis, disse que os ataques israelenses de domingo não fariam o grupo “abandonar Gaza e o Líbano”. (Reuters) No sábado, o ministro da Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou com o chanceler libanês Abdallah Rashid Bou Habib para discutir uma eventual operação de repatriação de brasileiros no país. (g1) Thomas L. Friedman: “Para entender por que e como o golpe devastador de Israel contra o Hezbollah é uma ameaça tão impactante para Irã, Rússia, Coreia do Norte e até mesmo China, é preciso colocá-lo no contexto da luta mais ampla que substituiu a Guerra Fria como a estrutura das relações internacionais hoje.” (New York Times)
A extrema direita ganhou a maioria dos votos em uma eleição austríaca pela primeira vez desde a era nazista no domingo. O Partido da Liberdade da Áustria, pró-Kremlin e anti-Islã, ganhou 28,8% dos votos, superando o Partido Popular Austríaco do chanceler Karl Nehammer, que ficou em segundo lugar com 26,3%. O partido Social Democrata da oposição obteve seu pior resultado de todos os tempos – 21,1% – enquanto o NEOS liberal obteve cerca de 9%. Os Verdes, que integram a coalizão de governo, obtiveram apenas 8,3% dos votos, ficando em quinto lugar. (Guardian)
Há mais candidatos apoiados por Jair Bolsonaro (PL) na liderança das 103 maiores cidades do país — com mais de 200 mil eleitores — do que aliados do presidente Lula (PT). Bolsonaristas estão em primeiro lugar em pesquisas em 23 desses municípios, sendo em 11 deles de forma isolada. Já os preferidos de Lula lideram em 16 cidades, sendo cinco isoladamente. A vantagem de Bolsonaro se dá mesmo com o petista apoiando 81 postulantes, 17 a mais que o ex-presidente. (Folha)
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todos os procedimentos da Operação Lava Jato contra Leo Pinheiro, principal delator de Lula. A decisão anula as ações penais e os inquéritos contra o presidente da OAS, condenado a mais de 30 anos de prisão por corrupção. A decisão de Toffoli se baseou nas mensagens da Operação Spoofing, que mostraram um suposto conluio entre os procuradores da Lava Jato e Moro, demonstrando “parcialidade” e “uma verdadeira conspiração com objetivos políticos”. (Folha)
A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, foi presa na manhã de sábado pela Polícia Federal. A prisão ocorreu em uma operação por aliciamento violento de eleitores e organização criminosa nas eleições municipais. Lauremília é casada com Cícero Lucena, atual prefeito de João Pessoa que tenta reeleição. Ele não é citado na operação. (g1) |