Em
1897, a advocacia abriu as portas para a primeira mulher ingressar na
Faculdade do Largo São Francisco. Aliás, o pioneirismo marcou a
trajetória de Maria Augusta Saraiva, que nasceu em 31 de janeiro de
1879, e também foi a primeira figura feminina a atuar no Tribunal do
Júri.
Destacou-se tanto nas Arcadas que, ao formar-se em 1902,
recebeu como prêmio uma viagem à Europa. De regresso, estreou na tribuna
judiciária. Primeiro, na capital. Depois, no interior, em Jaboticabal.
Nos dois casos, conseguiu a absolvição de réus homicidas.
Chegou a
ser nomeada Consultora Jurídica do Estado, uma espécie de cargo de
honra. Por fim, dela só se sabe que morreu a 28 de setembro de 1961.
Apesar
de a história da advocacia marcar a vida de Maria Augusta, seu nome não
aparece em nenhum registro da seccional paulista da OAB, pois quando
fundada a instituição, em 1932, ela não advogava mais.