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1936 – Wilhelm Gustlof, líder do partido nazi suíço, assassinado pelo estudante judeu David Frankfurter em Davos.
"Gosto que me leiam e saibam o que acho das coisas. É uma forma de existir. Trabalho é a melhor maneira de escapar da realidade" Paulo Francis
Paulo Francis, 66 anos, morreu na manhã de uma terça-feira, estendido no chão da sala de seu duplex em Nova York, após sofrer um ataque cardíaco fulminante. Uma equipe de paramédicos presente no local, chamada por sua esposa, tentou reanimá-lo, sem sucesso. Chegava ao fim a polêmica trajetória do mais amado e odiado jornalista brasileiro.
A notícia foi recebida com surpresa pela imprensa e pelo público. Seu médico particular chegou a cogitar que a causa da morte de Francis estava associada ao stress decorrente de problemas jurídicos que o jornalista estava enfrentando. Francis fizera graves acusações aos diretores da Petrobras, o que lhe rendeu um processo judicial em Nova York, no qual ele teria que arcar com uma indenização na ordem de 100 milhões de dólares por danos morais. Daí, o desespero.
Nascido em 2 de setembro de 1930, numa família classe média carioca, Franz Paulo Trannin da Matta Heilnorn estudou em tradicionais colégios católicos do Rio de Janeiro. Nos anos 50, chegou a frequentar a Faculdade Nacional de Filosofia, curso que acabou por abandonar pouco tempo depois. Mas foi da sua formação autodidata, incentivada desde sempre pelo hábito de leitura, que vieram suas duas características decisivas: o ecletismo e a opinião.
Em quase 4 décadas de vida pública, colecionou uma série de títulos que oscilavam desde a admiração até o desafeto extremo e habitavam sob o mesmo teto: grosso, ranzinza, destemperado, moleque, irreverente, divertido...
Em 2009, a Comunicação Alternativa lançou o documentário Caro Francis, de Nelson Hoineff, premiado como Melhor Direção de Documentário, Júri Popular, no II Festival Paulínia de Cinema, 2009.
Em quase 4 décadas de vida pública, colecionou uma série de títulos que oscilavam desde a admiração até o desafeto extremo e habitavam sob o mesmo teto: grosso, ranzinza, destemperado, moleque, irreverente, divertido...
Em 2009, a Comunicação Alternativa lançou o documentário Caro Francis, de Nelson Hoineff, premiado como Melhor Direção de Documentário, Júri Popular, no II Festival Paulínia de Cinema, 2009.