Bom dia! Melhor combinar com os chineses. Depois de o governo americano sinalizar que estaria disposto a tirar o pé da guerra comercial com a China, Pequim mandou avisar que primeiro os EUA precisam retirar as tarifas unilaterais impostas sobre o país asiático. E que, apesar das declarações de Donald Trump, nenhuma negociação bilateral foi conduzida. Ou seja, não dá para dizer que a guerra comercial vai arrefecer no curto prazo. Não à toa, os futuros das bolsas americanas operam em queda nesta quinta-feira, mesma direção seguida pelos principais índices europeus. O EWZ, ETF que representa ações brasileiras em Nova York, opera estável, depois de o Ibovespa ter recuperado, na véspera, os 132 mil pontos. O resumo da ópera é que investidores estão cansados da incerteza e nem de perto conseguem recuperar o otimismo. Um exemplo é o petróleo, que se distanciou das mínimas recentes, mas segue negociado ao redor de US$ 65 por barril do tipo brent. No começo do mês, a cotação estava em US$ 75. O minério de ferro na China é negociado abaixo de US$ 100 a tonelada. As commodities, afinal de contas, funcionam como um termômetro para a expansão da economia mundial. Com as tarifas em vigor, todas as projeções apontam para um crescimento menor. Isso deve ter implicações também para o Brasil, dependente da exportação de matérias-primas. Ainda sem os efeitos pesados da guerra comercial, a Vale divulga hoje, após o fechamento do mercado, os resultados financeiros do primeiro trimestre. Nos EUA, o principal balanço será o da Alphabet, também no final do dia. Assim como no caso da Tesla, mais importante do que os resultados passados, o que investidores querem ouvir são as projeções feitas pela companhia para o futuro – e como eles devem colocar na conta a guerra comercial. Bons negócios. |