O clima festivo era contagiante. O voo de Santiago do Chile para o Rio de Janeiro nunca foi tão animado quanto naquele 18 de junho de 1962. A bordo de um avião DC-8, da Panair do Brasil, os bicampeões mundiais de futebol se embebedavam de alegria e champanhe. Traziam na bagagem a icônica Taça Jules Rimet. Os capitães Mauro (1962) e Bellini (1958) não se continham. Eram os mais animados. Pelé, aos 21 anos, era um jovem tímido ainda. Uma lesão na segunda partida do torneio abreviara sua participação naquele mundial. Mané Garrincha, o grande nome do Brasil na Copa, assistia ao espetáculo dos amigos atônito, agarrado literalmente à poltrona. “Ele tinha pânico de voar. Os olhos dele nos acompanhavam quando mexíamos os braços para cima”, conta Ingrid Fricke, uma das aeromoças daquele voo, ao Congresso em Foco. |