- 1917 - Dalva de Oliveira, cantora brasileira (m. 1972).
Imperatriz Leopoldinense 1987 - A Estrela Dalva
De: Zé Catimba, Guga, Niltinho Tristeza e Bil Amizade
Zum, zum, zum, zum, zum, zum...
A bateria (bis)
Zum, zum, zum, zum, zum, zum...
É harmonia
Hoje é dia de festa
Hoje é dia de folia
Oh! Saudade, ô
Hoje você é Carnaval
No palco do amor
O teu papel é o esplendor, ô ô
A Estrela Dalva brilha
E ilumina o meu cantar
É a luz, é a poesia
É a vontade de cantar
Lá, lá, lá, lauê
É carnaval, vou me perder
Lá, lá, lá, lauê
Vem, meu amor, quero você
Bandeira Branca
Meu amor, eu peço paz (bis)
Vamos sambar
Viver feliz e nada mais
Zum, zum, zum, zum, zum, zum...
A bateria (bis)
Zum, zum, zum, zum, zum, zum...
É harmonia
Hoje é dia de festa
Hoje é dia de folia
Oh! Saudade, ô
Hoje você é Carnaval
No palco do amor
O teu papel é o esplendor, ô ô
A Estrela Dalva brilha
E ilumina o meu cantar
É a luz, é a poesia
É a vontade de cantar
Lá, lá, lá, lauê
É carnaval, vou me perder
Lá, lá, lá, lauê
Vem, meu amor, quero você
Bandeira Branca
Meu amor, eu peço paz (bis)
Vamos sambar
Viver feliz e nada mais
Vicentina de Paula Oliveira, conhecida como Dalva de Oliveira, (Rio Claro, 5 de maio de 1917 — Rio de Janeiro, 30 de agosto de 1972 ) foi uma cantora brasileira.
Biografia
Filha de um carpinteiro
mulato, Mário de Paula Oliveira, conhecido como Mário Carioca, e da
portuguesa Alice do Espírito Santo Oliveira, Vicentina de Paula Oliveira
nasceu em 5 de maio de 1917 na cidade de Rio Claro, São Paulo. Em 1935, no Cine Pátria, Dalva conheceu Herivelto Martins
que formava ao lado de Francisco Sena o dueto Preto e Branco; foi
terminado o dueto e nascia o Trio de Ouro. Iniciaram um namoro e, no ano
seguinte, iniciaram uma convivência conjugal, oficializada em 1937 no civil e comemorada em um ritual de Umbanda na praia. A união gerou dois filhos: o cantor Pery Ribeiro e Ubiratan Oliveira Martins. A União durou até 1947,
quando as constantes brigas e traições por parte de Herivelto deram fim
ao casamento. Matérias mentirosas que difamavam a moral de Dalva foram
publicadas por Herivelto, com a ajuda do jornalista David Nasser no
"Diário da Noite" fizeram com que o conselho tutelar mandasse Pery e
Ubiratan para um internato, alegando que a mãe não possuía uma boa
conduta moral para criar os filhos, o que a fez entrar em desespero e
depressão. OS meninos só podiam visitar os pais em datas festivas e fins
de semana, e podendo sair de lá definitivamente com 18 anos. Dalva
lutou pela guarda dos filhos e sofreu muito por isso. Em 1949, Dalva e Herivelto oficializaram a separação, se divorciando. Em 1952,
depois de se consagrar mais uma vez na música mundial e ganhar o título
de Rainha do Rádio, Dalva de Oliveira resolve excursionar pela Argentina, para conhecer o país e cantar em Buenos Aires.
Nessa ocasião conhece Tito Climent, que se torna primeiro seu amigo,
depois seu empresário e mais tarde, seu segundo marido, quando Dalva se
muda para a Argentina. Dalva não queria mais ter filhos biológicos por
conta de sua carreira, que tomava muito seu tempo, mas sempre quis ter
uma menina. Por isto, adotou uma criança em um orfanato de Buenos Aires,
a quem batizou de Dalva Lúcia Oliveira Climent. Dalva e Tito casaram-se
oficialmente na Argentina, e viveram juntos por alguns anos. No começo,
a união era feliz e estável, e criavam a filha com muito amor e
dedicação. Após alguns anos, o casal passou a viver brigando, também por
conta da carreira de Dalva, que vivia viajando, e de seus filhos, a
quem constantemente visitava no Brasil.
Dalva era uma mulher simples e querida por todos, fazendo amizade com
facilidade, mas Tito queria uma mulher fina e cheia de requintes, sempre
pronta para atender a todos em cima do salto. Essa grande diferença de
temperamentos pois fim a união no início dos anos 60.
Dalva se muda para o Brasil com a filha, mas Tito entra na justiça
pedindo a guarda da menina, e Dalva volta para Buenos Aires, onde entra
em processo contra o marido. Os dois passam a brigar muito pela guarda
da criança, mas Tito acaba usando as mesmas provas que Herivelto
utilizou: As notícias mentirosas em jornais a respeito da moral duvidosa
da cantora. Muito triste e infeliz, perde a guarda de sua menina. Em 1963, Dalva de Oliveira e Tito Climent se divorciam. No mesmo ano, Dalva volta para o Brasil,
sozinha e triste, tendo pequenos momentos de felicidade quando seus
três filhos a visitam nas férias. Poucos anos depois, morando sozinha e
fazendo muito sucesso, ela conhece Manuel Nuno Carpinteiro, um homem
muitos anos mais jovem, e redescobre o amor: Eles se casam, e este fora
seu último marido.
Carreira
De voz afinada, e bela, considerada a Rainha da Voz ou o rouxinol brasileiro, sua extensão vocal ia do Contralto ao Soprano. Em 1937, a Dalva gravou, junto com a Dupla Preto e Branco, o batuque Itaquari e a marcha Ceci e Peri, ambas do Príncipe Pretinho. O disco foi um sucesso, rendendo várias apresentações nas Rádios. Foi César Ladeira, em seu programa na Rádio Mayrink Veiga, que pela primeira vez anunciou o Trio de Ouro. Em 1949 deixou o trio, quando excursionavam pela Venezuela com a Companhia de Dercy Gonçalves. Em 1950
retomou a carreira solo, lançando os sambas Tudo acabado (J. Piedade e
Osvaldo Martins) e Olhos verdes (Vicente Paiva) e o samba-canção Ave
Maria (Vicente Paiva e Jaime Redondo), sendo os dois últimos, grandes
sucessos da cantora. No ano seguinte foi eleita Rainha do Rádio, e excursionou pela Argentina, apresentando-se na Rádio El Mundo, de Buenos Aires,
na qual conheceu Tito Climent, que se tornou seu empresário e depois
marido, pai de sua filha, como mencionado anteriormente. Ainda em 1951,
filmou Maria da praia, dirigido por Paulo Wanderley, e Milagre de amor,
dirigido por Moacir Fenelon.
No dia 18 de agosto de 1965,
Dalva e seu último marido Manuel Nuno Carpinteiro, que na época era seu
namorado, que dirigia o veículo, saíam de mais um show da cantora, onde
haviam bebido, quando sofreram um acidente automobilístico na cidade do
Rio de Janeiro,
que resultou na morte por atropelamento de quatro pessoas. Manuel foi
preso e Dalva o visitava na prisão. Após um tempo, ele foi absolvido da
acusação, tendo que reverter a condenação em prestação de serviços a
comunidades carentes. No fim dos anos 60, após todos estes processos terminarem, Dalva e Manuel casam-se oficialmente e passam a viver juntos.
Morte
Três dias antes de morrer, Dalva pressentiu o fim e, pela primeira
vez, em sua longa agonia de quase três meses, lutando pela vida, falou
da morte. Ela tinha um recado para sua amiga, Dora Lopes, que a
acompanhou ao hospital: "Quero ser vestida e maquiada, como o povo se acostumou a me ver. Todos vão parar para me ver passando". Ela faleceu em 30 de agosto de 1972, vítima de uma hemorragia interna causada por varizes no esôfago. A cantora teve seu apogeu artístico nos anos 30, 40 e 50. Seu corpo está enterrado no Cemitério da Saudade na Cidade do Rio de Janeiro.
Mais informações
Dalva realizou mais de 400 gravações e usa voz está em vários coros
de discos de Carmen Miranda, Orlando Silva, Francisco Alves, Mário Reis
entre outros.
Na primeira versão do filme Branca de Neve e os Sete Anões produzida pelos estúdios Disney, em 1938, Dalva de Oliveira dublou os diálogos da personagem Branca de Neve.2 As canções foram interpretadas pela dubladora Maria Clara Tati Jacome.
Em 1974, Dalva foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz, com o enredo O Rouxinol da Canção Brasileira.3
Em 1976 a Escola de Samba Turunas do Riachuelo (4º escola de samba do
Brasil - Juiz de Fora - Minas Gerais) foi tri-campeã do carnaval da
cidade com o enredo "Estrela Dalva", que foi homenageada de forma não
biográfica, sendo o samba antológico na cidade.
Em 1987 a Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense levou para a Sapucaí o enredo "Estrela Dalva".
Marília Pêra interpretou a cantora no musical "A ESTRELA DALVA" em 1987 no Teatro João Caetano.
Em 2002 o teatrólogo mineiro Pedro Paulo Cava produziu e dirigiu o o
espetáculo teatral "Estrela Dalva", cujo sucesso rendeu ao elenco de 16
atores viagens por diversas capitais brasileiras e cidades do interior
de Minas Gerais após quase dois anos em cartaz na capital mineira. Dalva
foi interpretada por Rose Brant; Herivelto Martins por Léo Mendonza e
Nilo Chagas por Diógenes Carvalho. O espetáculo foi baseado no livro de
Renato Borghi e João Elísio Fonseca que foi adaptado por Pedro Paulo
Cava. O elenco tinha ainda Diorcélio Antônio, Freddy Mozart, Rui
Magalhães, Márcia Moreira, Leonardo Scarpelli, Felipe Vasconcelos,
Libéria Neves, Jai Baptista, Ivana Fernandes, Patrícia Rodrigues, Meibe
Rodrigues, Fabrizio Teixeira e Bianca Xavier. A produção executiva foi
de Cássia Cyrino e Luciana Tognolli. Todo o elenco passou por meses de
preparação vocal e corporal dando vida e emoção sempre aplaudidos de pé
pelo público que lotava as sessões.
A vida de Dalva de Oliveira foi retratada em janeiro de 2010 com a minissérie Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor, produzida pela Rede Globo. A atriz Adriana Esteves interpretou Dalva, enquanto o ator Fábio Assunção interpretou Herivelto Martins.
Sua vida foi em vários detalhes ficcionalizada além de ser omitida a
existência de sua filha Dalva Lúcia, que estava presente no hospital
quando a mãe entrou em coma, além da outra irmã, Margarida. Tito
Climenti, seu segundo marido também foi o omitido e no lugar deste, foi
criado o personagem Rick Valdez, assim como Nuno, seu último marido,
aparece com o nome de Dorival
Na cidade de Rio Claro tem uma praça em sua homenagem com nome de Dalva de Oliveira
Discografia
Álbuns de estúdio
|
Coletâneas
|
Sucessos
- Brasil, Aldo Cabral e Benedito Lacerda (com Francisco Alves) (1939)
- Pedro, Antônio e João, Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago (com Regional de Benedito Lacerda) (1939)
- Noites de junho, Alberto Ribeiro e João de Barro (1939)
- Valsa da despedida (Auld lang syne), Robert Burns, versão de Alberto Ribeiro e João de Barro (com Francisco Alves) (1941)
- Segredo, Herivelto Martins e Marino Pinto (1947)
- Errei, sim, Ataulfo Alves (1950)
- Que será?, Marino Pinto e Mário Rossi (1950)
- Sertão de Jequié, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1950)
- Tudo acabado, J. Piedade e Osvaldo Martins (1950)
- Ave Maria, Jaime Redondo e Vicente Paiva (com Osvaldo Borba e Sua Orquestra) (1951)
- Palhaço, Osvaldo Martins, Washington e Nelson Cavaquinho (1951)
- Zum-zum, Fernando Lobo e Paulo Soledade (1951)
- Estrela-do-mar, Marino Pinto e Paulo Soledade (1952)
- Fim de comédia, Ataulfo Alves (1952)
- Kalu, Humberto Teixeira (1952)
- Confesion, Luis César Amadori e Enrique Santos Discépolo, versão de Lourival Faissal (1956)
- Lencinho querido (El pañuelito), Juan de Dios Filiberto, Gabino Coria Peñaloza, versão de Maugéri Neto (1956)
- Neste mesmo lugar, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas (1956)
- Há um Deus (com Tom Jobim ao piano), Lupicínio Rodrigues (1957)
- Minha mãe, música de Lindolfo Gaya sobre poema de Casimiro de Abreu (1959)
- Rancho da Praça XI, Chico Anysio e João Roberto Kelly (1965)
- Máscara negra, Pereira Matos e Zé Kéti (1967)
- Bandeira branca, Laércio Alves e Max Nunes (1970)
- Biografia.
- Chega de ilariê. Revista Veja (14/10/1998). Página visitada em 18/05/2010.
- Nota do jornal O Globo.
- Revista Veja - A nação das cantoras
- Dicionário Houaiss Ilustrado [da] música popular brasileira / Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin; Ricardo Cravo Albin, criação e supervisão geral;[ilustrações, coordenação, Loredano] - Rio de Janeiro: Paracatu, 2006
Sabedoria, Saúde e $uce$$o: Sempre.