- 1918 - Dino 7 Cordas, violonista brasileiro (m. 2006).
Horondino José da Silva, conhecido como Dino 7 Cordas, (Rio de Janeiro, 5 de maio de 1918 — Rio de Janeiro, 27 de maio de 2006) foi um violonista brasileiro reconhecido como maior influência do violão de 7 cordas, instrumento musical no qual desenvolveu sua linguagem e técnica. Foi também um dos maiores instrumentistas de choro.
Nasceu na rua Orestes, no bairro carioca do Santo Cristo.
Filho de Caetano José da Silva, fundidor do Lóide Brasileiro, e de
Cacemira Augusta da Silva, conhecida pelo apelido de Filhinha. Seu
registro de nascimento foi feito em agosto, motivo pelo qual em algumas
obras importantes está consignada a data de 5 de agosto como sendo a de
seu nascimento. Sua relação com o violão vem desde a infância. Seu pai
era violonista amador, assim como outros amigos que freqüentavam a casa.
Estava sempre atento ao movimento musical ao qual prestava enorme
atenção. Começou a praticar inicialmente o bandolim, que abandonou pouco
depois pelo violão.
Ao terminar o curso primário, empregou-se como operário em uma
confecção de calçados. Por essa época já participava de festas e saraus
familiares, onde revezava o violão com seu pai. Em uma dessas ocasiões,
conheceu o pandeirista Jacó Palmieri e o cantor Augusto Calheiros, figuras que teriam grande importância para seu ingresso na vida profissional.
Por volta de 1934, passou a acompanhar Calheiros em espetáculos de
circo, ganhando pequena remuneração que complementava a do trabalho na
fábrica de calçados.
Por essa época, já dominava o repertório musical de toadas, valsas e
sambas que aprendia através do rádio. Seu modelo de acompanhamento era
fornecido pela dupla Nei Orestes e Carlos Lentine, violonistas do Regional de Benedito Lacerda,
um dos mais sólidos regionais da época. Esse tipo de aprendizado foi
definitivo em sua carreira. Daí vieram o repertório e a capacidade de
acompanhar diversos gêneros, entre tantas outras peculiaridades.
Em 1943, quando o Regional de Benedito Lacerda exibia-se no programa
"Piadas do manduca" de Lauro Borges, conheceu aquela que seria sua
grande companheira, Dª Rosa, com quem teve um filho, Dininho, também
músico (contrabaixista) com grande atuação na MPB.
É o inventor do apelido "Lua", destinado a Luiz Gonzaga, devido ao rosto arredondado do cantor. A alcunha foi divulgada pelo radialista Paulo Gracindo na Rádio Nacional em 1944.
Em 1954, ao mandar fazer seu primeiro violão de sete cordas, o que o
fez um dos pioneiros do gênero no Brasil, passou a ser conhecido como
Dino Sete Cordas.
Em 1974 arranjou e gravou o primeiro disco do Cartola.
O maestro Horondino nunca fez questão de ter seu nome na capa de
nenhum disco, mas por insistência de um dos seus discípulos mais
famosos, em 1991 gravou o Raphael Rabello e Dino 7 Cordas.
Em seus últimos anos de vida dava aulas de violão.
Morreu de pneumonia em 27 de maio de 2006 no Hospital do Andaraí. O corpo foi velado e sepultado no cemitério de São João Batista, no bairro de Botafogo.
- Dicionário Cravo Alvim de MPB - verbete Horondino José da Silva
- Dino 7 Cordas no site CliqueMusic
- Violonistas de sete cordas falam sobre Dino
- Analise dos Acompanhamentos de Dino Sete Cordas em Samba e Choro
Gilson Freitas(Pandeiro); Canhoto (Cavaquinho); Altamiro Carrilho (Flauta) Meira (Violão); Orlando Silveira (Acordeão) e Dino 7 Cordas (Violão) Lado A: Viagem à lua [Altamiro Carrilho e Jaime Florence (Meira)] Canhoto e Seu Regional 1953 Batucada Lado B: Corridinho 1951 (João Gomes Figueiredo) Canhoto e Seu Regional 1953 Corrido
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