Publicado em janeiro 28, 2013 por Caio Hostilio
Como querem profissionais de alto nível no mercado de trabalho, se a corrupção começa pelos próprios concorrentes para ingressar nos cursos mais disputados? A resposta vem com advogados que não conseguem redigir uma simples petição inicial e médicos que não conseguem diagnosticar uma crise de apendicite.
Ontem (27), o Programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou uma quadrilha agia em seis estados brasileiros, que vende vagas para o curso de Medicina, a carreira mais concorrida do país. Os estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Piauí, Maranhão, Goiás e Rio de Janeiro. Por telefone, eles negociavam com pais e candidatos.
Não precisava nem estudar: era na base do pagou, passou. “A vaga numa faculdade de medicina custava entre R$ 60 mil e R$ 90 mil”, afirma o delegado da Polícia Federal Alexandre Braga.
Por outro lado, as universidades jamais conseguiram oferecer um ensino/aprendizagem correspondente as expectativas, haja vista que a maioria do corpo docente é formada por professores leigos, uma vez que esses corpos docentes são formados apenas por bacharéis em medicina, que não possuem licenciatura em medicina. Para isso seria necessário que fizessem especialização em metodologia do ensino superior, haja vista que são completamente desconhecedores de didáticas e métodos pedagógicos.
Aí está a falácia do ensino universitário no Brasil.
No dia 20 de julho 2011 publiquei o artigo “Para reflexão dos alunos do péssimo curso de medicina da UFMA!!!”.
O curso de medicina da UFMA não aparece entre os 55 indicados no Brasil, conforme texto postado nesse blog.
Não poderia deixar de fazer esse post, haja vista que o artigo que fiz “Afinal que tipo de médico a UFMA está formando?”, gerou um alvoroço tremendo entre os estudantes de medicina, cujo resultado foi mais de 170 comentários, alguns muito agressivos, chegando até a me chamarem de drogado e outras coisas.
Contudo, não pararam para analisar friamente que o curso de medicina da UFMA está longe de se uma referência para o Brasil, principalmente por não cumprir em sua essência a indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão, além do corpo docente não ter, em sua maioria, preparo didático para transmitir seus conhecimentos.
Portanto, vale ressaltar que é fundamental o preparo do estudante de medicina diante das reais condições de seu futuro trabalho, não estimulá-lo a utilizar idealizações onipotentes para enfrentar situações de difícil controle durante sua vida profissional.
Para o médico já em exercício da profissão, um programa de conscientização e orientação de que a informação técnica anteriormente adquirida não lhe dá imunidade aos conflitos emocionais. Por isso, seria providencial uma assistência psiquiátrica e psicoterápica para esses alunos de medicina e os médicos graduados nos últimos anos no curso de medicina da UFMA.
É necessário que tais alunos e os já profissionais aprendam a lidar com os pacientes desse imenso estado, uma vez que a maioria deles é excluída socialmente, com isso os sentimentos positivos e negativos da contratransferência se misturam, principalmente para aqueles que só pensam em lidar com pacientes milionários.
É necessário que a UFMA saiba condicionar no pensamento de seus alunos de medicina sua relação com o paciente-médico e enfatize a sua responsabilidade de cooperação, evitando privilégios especiais. Penso ser importante, pois pelos comentários… Os camaradas se acham o último biscoito do pacote, quando a avaliação do curso é muito baixa.
De: "Mensagens de blog de todos - Portal Luis Nassif" oscar.alarcon@gmail.com
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