 | Dani Neves |
| RESTAURANTES | Novos restaurantes de SP para conhecer já! |
|  | Gabrielli Menezes |
| Nem toda abertura empolga. Há restaurantes que só fazem volume: surfam em tendências e assistem à porta fechar com o passar das ondas. Outros transformam histórias e referências em pratos tão deliciosos que fazem a gente até se esquecer que, no final, manter-se em funcionamento é questão matemática. É preciso coragem — e um tanto de paixão — para inaugurar um restaurante sabendo que 80% dos estabelecimentos encerram as operações antes de completar 2 anos, segundo a Abrasel. Por isso, defendo quem se agarra aos seus preferidos e repete, sem dó, lugares e pedidos. Se isso não faz seu tipo, vá com cuidado: o risco de se apegar a esses quatro aqui embaixo é real. |
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 | Dani Neves | Caco | Duvido você não se encantar pelas mesinhas na varanda. Ou pela parede branca de tijolinhos, com vinhos alinhados em prateleiras - cada rótulo mais bonito que o outro. O próximo passo é ser cativado pelas receitas do chef Victor Senna, que apresentam em comum o frescor das ervas. Na entrada, fique com a delicada tortinha de atum com creme azedo, bottarga, dill e cebolinha-francesa (R$ 56). Já de prato principal, o sacottini de pescoço de cordeiro produzido na casa ganha leveza pela combinação com queijo feta e hortelã (R$ 74). Vai lá: Rua Artur Azevedo, 496, Pinheiros. @caco.sp |
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|  | Divulgação | Cellar Cave | Esse bar de vinhos não é uma novidade na cidade, mas com licença poética o inclui na lista. O motivo é que a chef Giovanna Perrone assumiu a cozinha e mudou 100% do cardápio, transformando o que era antes em algo novo. Com mentores como Jefferson Rueda, Felipe Bronze e Alain Ducasse, com quem estagiou na França, ela desenvolveu receitas que valorizam o produto, a variedade de texturas e os preparos na brasa, como o pescado do dia com alho-poró tostado (R$ 115), ao molho meunière incrementado por missô. Vai lá: Rua Diogo Jácome, 372, Vila Nova Conceição. @cellar.cave |
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 | Gabrielli Menezes | Fresta Bar | Dois dos melhores cozinheiros da cidade, Carol Albuquerque e Willem Vandeven, são casados e abriram juntos um restaurante. É uma boa notícia para quem aprecia a alta gastronomia, mas não as formalidades. Dá para provar receitas da Carol, executadas com precisão, em ambiente com balcão e mesas na calçada. A massa folhada alia o dulçor da cebola caramelizada ao suco do tomate confitado e ao salgado da anchova (R$ 47). Só não é melhor que a pancetta, ultra macia, mergulhada em caldo rico em especiarias, e servida com legumes crus crocantes (R$ 56). Rua Simão Álvares, 447, Pinheiros. @fresta.bar |
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|  | Divulgação | Santokki | Tudo o que os chefs Gabriel Coelho e Júlia Tricate criam, explode. O tino que ajuda a viralizar os conteúdos nas redes sociais é o mesmo que capta tendências, transforma ao próprio modo e vira negócio. Nesse irmão caçula do DeSegunda e do DePrimeira, as referências asiáticas se misturam com as brasileiras em petiscos divertidos, como o temaki de atum temperadinho (R$ 42), que é o próprio cliente quem monta, e o bao de cupim (R$ 22) ao molho de carne, pimenta em óleo de gergelim e furikake de amendoim. Vai lá: Rua Aspicuelta, 153, Vila Madalena. @santokki.restaurante |
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 | Elvis Fernandes |
| BARES | O alto e o baixo na coquetelaria da moda |
|  | Sergio Crusco |
| Paulistanos (e turistas em São Paulo) adoram terraços, rooftops, coberturas... Tem quem não perca um programinha nas alturas - para beber, comer, paquerar, desfilar ou apenas curtir a vista da cidade. Tem a turma do porão também. Bares escondidos em prédios históricos ou no fundo de restaurantes ou em outros bares maiores (alô, SubAstor) já fazem parte de nossa cultura subterrânea há algum tempo. Dois desses pontos etílicos extremos ganharam carta nova recentemente. O Seen, bar e restaurante no topo do hotel Tivoli Mofarrej, renovou sua tradicional lista de coquetéis com base nos signos do zodíaco, sob a batuta do chefe de bar Amilcar Raider. Na caverna luminosa do Bar dos Arcos, a mixologista Mia Rossi inspirou-se em lendas e histórias do Theatro Municipal para reformular a carta, feita com a colaboração de sua equipe. Decida se prefere o alto ou o baixo (ou tem simpatia pelos dois) e conheça alguns motivos para brindar. Ah, não se esqueça de fazer reserva, Arcos e Seen vivem bombados. |
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 | Elvis Fernandes | Seen São Paulo Restaurant & Bar | No Seen predominam drinques leves, frutados e com boa dose de acidez. Assim é capricórnio (R$ 59), que leva gim, xaropes cítrico e de amêndoa, laranja e espumante. Quem quer um tiquinho de amargor pode dar match com sagitário (R$ 79), com gim, grapefruit, xarope de mel e o amaro italiano fernet. Escorpião (R$ 79) é mistura ousada de uísque, Aperol, limão, açúcar, bitters aromático e de laranja e tintura de pimenta preta. A picância é leve, apesar do animal que dá nome ao signo. Vai lá: Al. Santos, 1437, Jardins. @seensaopaulo |
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|  | Brajo.co | Bar dos Arcos | Katherine (R$ 41) é uma mistura para quem quer elegância, com tequila lavada no óleo de abacate, jerez fino, vermute seco e água de tomate com pimenta e coentro. Discretamente salino. Paulicéia (R$ 36) é uma aventura refrescante e gasosa com cachaça branca, xarope de azeitonas pretas e cítricos. Seu resultado é acridoce. Da prateleira cringe, os Arcos revitalizam o singapore sling (R$ 48), com gim, licor de cereja, licor de ervas, cítricos, soda de abacaxi e bitters. Vai lá: Pça. Ramos de Azevedo, s/n, República. @bardosarcos |
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 | A olivícola da Sabiá: aberta a visitação | Divulgação |
| BELISQUETES | Azeites brasileiros, premiados e turísticos |
|  | Gabrielli Menezes |
| Igual a vários brasileiros, rompi com o azeite assim que ele saiu do lado do vinagre, do aceto balsâmico e do molho pronto de salada para habitar a prateleira de acesso restrito, logo atrás do caixa do supermercado — um indício claro de que havia uma incompatibilidade financeira entre nós. No momento, estou tentando ressignificar a relação. Levar essa história para outro lugar, talvez dando mais atenção à qualidade de quando ele aparece do que à certeza da presença constante, seja sobre a mesa ou lambuzando cada frigideira. Nesse processo, abri a carteira — e um espaço de luxo entre os vinhos — para receber azeites produzidos aqui no Brasil. Com sabor e perfume que exaltam variedades específicas de azeitona, ou a junção de algumas delas, esses produtos são completamente diferentes das opções comuns de supermercado e se equiparam aos melhores do mundo — as premiações internacionais comprovam. Conheça duas marcas e saiba como visitar suas fazendas, localizadas na Serra da Mantiqueira, pertinho de São Paulo. |
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 | Divulgação | Sabiá | Premiados em concursos estrangeiros, entre eles o espanhol EVOOLEUM, os azeites da Sabiá são produzidos em Santo Antônio do Pinhal e no município gaúcho Encruzilhada do Sul. A fazenda mais próxima, na Serra da Mantiqueira, recebe turistas para um passeio pelas oliveiras com duração de uma hora. Um especialista ensina sobre a história da olivicultura no Brasil e no mundo, além de mostrar o processo de extração e oferecer uma degustação sensorial guiada. Custa R$ 69 e o agendamento é realizado via WhatsApp (12 3666 2282). |
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|  | Divulgação | Oliq | Os olivais da Oliq também estão em São Bento do Sapucaí. A depender da época do ano, é possível acompanhar o processo em diferentes fases: floração, frutificação, colheita ou extração. A visita de uma hora custa R$ 64 e inclui degustação dos azeites da safra mais explicações sobre cultivo, colheita e fabricação. Oferecidas de quinta a segunda, às 10h30, 13h30 ou 15h30, exigem agendamento prévio pelo site oliq.com.br/reservas. Quem adora uma lojinha vai gostar de saber que, no empório, há venda de outros produtos da fazenda e região, como doce de leite e bananinha. |
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RECEITAS DA SEMANA | |  | Aline Guedes | Torta de castanha-do-pará com queijo | A chef Aline Quedes ensina o preparo desta torta fácil e com cara de fim de semana. | |
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|  | Laura Miranda | Salada de quinoa | Laura Miranda ensina como deixa a quinoa soltinha e saborosa e transformá-la em uma salada espetacular. | |
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