08 abril, 2025

Congresso em Foco

 

Congresso em Foco

Ano 22 - Brasil, 08 de abril de 2025 - Nº 38


 
 
"É uma santa coisa a democracia, - não a democracia que faz viver os espertos, a democracia do papel e da palavra, - mas a democracia praticada honestamente, regularmente, sinceramente."

Machado de Assis

Justiça sem esquecimento

Relator da ONU cobra do Brasil a revisão da Lei da Anistia. Para ele, a impunidade do passado militar enfraquece o presente democrático. (Clique aqui)

PEC blindada

Com presença de Lewandowski e Gleisi, Hugo Motta tenta fechar acordo sobre a PEC da Segurança. A proposta eleva o Susp à Constituição e transforma a PRF em força multimodal. (Clique aqui)

Tributos e exceções

Hugo Motta defende três frentes: voto distrital mistoredução do IR para empresas e exceção fiscal para gastos no combate contra o crime organizado.

Louvar

Parafraseando o ditado: diga-me o que pautas, e te direi quem és. Nesse espírito, Hugo Motta vem se firmando como um presidente da Câmara de altíssimo nível - à altura dos desafios do cargo e atento às prioridades do país.

PSB uníssono contra anistia

Tabata Amaral afirma: o PSB rejeita qualquer perdão a Bolsonaro. Confira a entrevista exclusiva que a deputada concedeu ao Congresso em Foco, na qual foram tratados diversos assuntos. Veja, por exemplo, a resposta dela à nota que daria ao governo Lula. (Clique aqui)

O mundo sob tarifas

Anúncio de Trump derruba bolsas da Ásia à Europa. Mendonça de Barros vê colapso do multilateralismo pós-guerra. A ordem mundial pede socorro - e ninguém atende. (Clique aqui)

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Editorial

Ter figuras de sanidade duvidosa em cargos públicos não é, infelizmente, uma raridade na história política mundial. Há registros em todas as latitudes de líderes que flertaram com o absurdo - e levaram nações inteiras consigo. O que realmente preocupa, porém, é quando esse perfil se instala no comando de uma superpotência.

Exemplos não faltam: Napoleão, Mussolini, Hitler e, em tempos mais recentes, Vladimir Putin. Todos chegaram ao poder com promessas grandiosas e discursos inflamados, mas deixaram rastros de destruição, autoritarismo e desordem global. A história não perdoa - mas parece insistir em se repetir.

O mundo hoje assiste, entre perplexo e anestesiado, ao retorno de Donald Trump ao centro do tabuleiro. Desde que sentou-se no Salão Oval, sua visão de mundo, infantilmente dividida entre quem deve e quem paga, ameaça a arquitetura diplomática construída a duras penas após a Segunda Guerra Mundial. A imagem do ex-presidente diante de uma lousa, rabiscando cifras e exigindo "pagamentos" de países aliados, é quase cômica - não fosse trágica. Lembra, com inquietante precisão, a cena de O Grande Ditador, em que Charlie Chaplin satiriza um tirano brincando com o globo terrestre como se fosse um balão.

Mas a realidade não é cinema mudo. As consequências de decisões insensatas tomadas a partir de visões distorcidas do mundo são ruidosas - e custam caro. É preciso que a sociedade internacional, e em especial a democracia americana, compreendam a gravidade do momento. O que está em jogo não é apenas o futuro de uma nação, mas o equilíbrio global.

O alerta não é exagerado: a história já mostrou o que acontece quando o mundo fecha os olhos diante da ascensão de figuras messiânicas e descompensadas. Esperar que tudo se resolva por inércia é um risco que já custou caro demais no passado. É hora de atenção - e de ação.

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Zanin mantém réus do 8/1 presos

STF nega prisão domiciliar a envolvidos nos atos golpistas. (Clique aqui)

Palocci em compasso de espera

Com o empate no STF, Nunes Marques pediu vista e adiou o resultado do julgamento de Palocci. O processo, agora, entra em cartaz indefinido. Mas por trás do que parece ser apenas "mais um caso", se escondem interesses maiores. Na prática, trata-se de um teste: se a Corte validar essa anulação, abre-se caminho para a revisão de outros processos decididos monocraticamente. E ainda há um detalhe crucial - quase oculto. Palocci não briga por liberdade (ele está solto há tempos), mas por algo bem mais valioso: a chave do cofre. Com a cassação, ele recupera dezenas de milhões hoje bloqueados pela Justiça. (Clique aqui)



Código em obras

Senado abre audiências sobre o novo Código Eleitoral. Em discussão, cota de gênero e distribuição das sobras. A reserva de 20% das cadeiras para mulheres já provoca reações. (Clique aqui)

Água, esgoto e Constituição

Senado vota PEC que torna o saneamento básico um direito social. A Carta Magna ganha uma ducha de realidade. (Clique aqui)

Economia do desigual

É duro informar isso, mas mulheres ainda ganham 20% menos que homens no Brasil. A igualdade injetaria R$ 95 bilhões na economia. (Clique aqui)

Fomento em novo papel

ABDE e Frente Parlamentar lançam agenda de crédito para o desenvolvimento sustentável. (Clique aqui)

Consignado na berlinda

Nova regra que facilita crédito consignado acende alerta entre especialistas. Quando o dinheiro vem fácil, a dívida costuma chegar antes do carnê. (Clique aqui)

Energia menos inflamada

Aneel projeta reajuste das tarifas abaixo da inflação em 2025. (Clique aqui)



Dólar comediante

Boletim Focus reduz previsão do dólar para R$ 5,90. Respira-se aliviado, mas convém manter o hábito de converter até o cafezinho. (Clique aqui)

Esporte em campo contra as bets

Ministério do Esporte assume fiscalização das apostas. Um jogo que promete prorrogação. (Clique aqui)

Celebridade e jogo na CPI

CPI das Apostas recebe Deolane Bezerra e Galípolo. Dá-lhe espetáculo.  (Clique aqui)

Campanha vacinal a pleno vapor

Lula e Alckmin inauguram campanha contra a gripe. Doses aplicadas e câmeras ligadas. (Clique aqui)

Esplanada sob fumaça

Um incêndio no anexo do MEC exigiu evacuação em Brasília. Causa provável: falha no ar-condicionado. Na Esplanada, o calor não é só político. (Clique aqui)

Em foco

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